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semi da Libertadores vira Fla-Flu


30/8/2022 08:35

Felipe Melo torcedor e união de clubes: semi da Libertadores vira Fla-Flu

Muro próximo ao Maracanã com os nomes do Fluminense e Vélez Sarsfield
Imagem: Reprodução “Explosão Tricolor”

A briga por uma vaga na final da atual edição da Libertadores coloca em lados opostos Vélez Sarsfield e Flamengo. Porém, mais do que a famosa rivalidade entre Brasil e Argentina, o confronto tem ecos em um tradicional antagonismo carioca, a partir de uma amizade com tons verde, branco e grená. O primeiro jogo será em Buenos Aires, na noite de amanhã (31), no José Amalfitani, às 21h30 (de Brasília).

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Os laços entre Vélez e Fluminense podem ser vistos nas ruas de Buenos Aires e do Rio de Janeiro, além de, claro, nas arquibancadas. E tudo começou no fim da década de 60, em um amistoso do time argentino com o Santos de Pelé.

Hoje mais conhecido pelo azul e branco, o Vélez também tem uma camisa tricolor, e com cores idênticas à do Flu, em sua história. Em março de 1916, resolveu-se, através de um ato, o uso de um novo uniforme, que teria listras verticais verdes e vermelhas, separadas por uma fina linha branca. A “italiana” ou “tricolor”, como ficou conhecida, acompanhou o clube do bairro de Liniers em diversos episódios, em substituição à “V azulada” que o clube enverga hoje.

A “italiana” chegou a ser apontada como item “azarado” na virada do milênio, uma vez que, segundo alguns torcedores, era difícil ganhar quando o time a usava. Atualmente, porém, é símbolo de orgulho.

A relação com o clube carioca ganhou contornos em 1969, em um amistoso com o Santos por ocasião da inauguração do novo sistema de iluminação do estádio dos argentinos. À época, os donos da casa utilizaram o uniforme do Fluminense, que haviam sido comprados por um funcionário em uma passagem pelo Brasil.

“Era a noite de 6 de dezembro de 1969 e o Vélez voltou a usar a camisa tricolor, já que o Santos vestia um branco impecável. Como conta o livro da História do Vélez (pelo 70º Aniversário), eram as camisas do Fluminense, o clube do Rio de Janeiro, adereços que Ramón García [roupeiro do clube] havia comprado para um passeio por terras brasileiras”, conta o site oficial do clube argentino.

A união dos clubes se estendeu para a arquibancada de maneira mais incisiva em 2008, na campanha do Fluminense na Libertadores. Na ocasião, o time das Laranjeiras foi encarar o Boca Juniors no Cilindro de Avellaneda, estádio do Racing (a Bombonera estava interditada por uma agressão a um árbitro auxiliar). Jorge Alberto Trilles, integrante de “La Pandilla de Liniers”, organizada do Vélez, se encontrou com tricolores na capital argentina.

Daquele encontro, além de auxílio dentro e fora do estádio, surgiu uma amizade que cresceu nos últimos anos. Atualmente, não é difícil achar camisas do clube argentino nos jogos do Fluminense e vice-versa. Há até mesmo murais nas proximidades do estádio do Vélez com alusões ao coirmão carioca.

A ligação entre Vélez e Fluminense foi lembrada recentemente pelo volante Felipe Melo, que integra o elenco tricolor e é cria do Flamengo.

“Fluminense e Vélez Sarsfield são coirmãos. Contra o Flamengo, às vezes ganhamos e quebramos tudo (risos). Eu subi uma foto no Instagram de um torcedor do Vélez com a camisa do Fluminense e meus dois filhos disseram que querem um dia ver uma partida da grade no estádio. Eu não sei se vou estar aí, mas meus filhos estarão”, disse, em entrevista à DSports Rádio, da Argentina.

No embalo da amizade entre as torcidas, as diretorias dos dois clubes também chegaram a assinar um acordo de colaboração recíproca, em 2012. À época, o clube carioca era presidido por Peter Siemsen e o argentino por Miguel Pablo Calello. O convênio previa algumas gentilezas entre as partes, como a troca de conhecimentos para a capacitação de profissionais.

“É muito bom unir um clube vencedor na Argentina com um clube vencedor no Brasil. Os dois vivem um grande momento e costumam participar da Libertadores. Isso contribui para a internacionalização do Fluminense. É muito legal, pois convivendo com argentinos nós aprendemos e eles também. A gente desfruta do momento juntos e quando cada um estiver num campeonato diferente, torceremos um pelo outro”, disse Siemsen, na ocasião.

“Estou muito contente. Isso começou quando nos visitaram no Vélez e, na oportunidade, havíamos falado e pensando nessa possibilidade de um acordo entre as duas instituições. As duas torcidas estão bem ligadas por causa das cores e momentos. Acho que pode ser o início de uma relação futura de intercâmbio de jogadores, buscaremos uma maneira de cada vez mais ampliar o contato”, salientou o mandatário argentino.

Apesar da boa vontade conjunta, os argentinos de destaque que brilharam pelo Flu, como Horacio Doval, Darío Conca e o atual Germán Cano, não tiveram nenhuma passagem ou vínculo com o Vélez.

O Vélez lançou ontem a nova camisa tricolor ontem, com a hashtag “los colores de nuestra historia” (as cores de nossa história, em tradução livre). O uniforme, inclusive, gerou brincadeiras na internet, e muitos torcedores do Fluminense lembraram a relação entre os clubes


51 visitas – Fonte: Uol



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