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Sem Bruno Henrique e Arrascaeta o Flamengo fica um time normal, diz Grafite


22/10/2021 14:04

Especialistas analisam tática de Renato Gaúcho: Sem Bruno Henrique e Arrascaeta o Flamengo fica um time normal, diz Grafite

A dificuldade tática do Flamengo na ausência de dois de seus principais jogadores ficou ainda mais evidente com o elenco desgastado pelo excesso de jogos. Mas quais soluções o técnico Renato Gaúcho pode encontrar sem tempo para treinamento ideal e sem Bruno Henrique e Arrascaeta, ao menos diante do Fluminense, neste sábado, pelo Campeonato Brasileiro?

Segundo o ex-jogador e comentarista do “SporTV” Grafite, a tarefa é árdua. E pode estar em lapidar ainda mais Michael para furar defesas e conseguir acertar o último passe.

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– Sem Bruno Henrique e Arrascaeta o Flamengo fica um time normal. Os caras são diferentes. Arrascaeta, mesmo que não mantenha o mesmo nível todo jogo, acha uma bola, transforma o jogo. Bruno Henrique é o melhor jogador disparado do time. O cara da bola aérea. Muito vertical, pisa na área, evoluiu muito – afirma ele, antes de entrar na questão tática.

Para o ex-centroavante, é preciso ser realista: Renato não tem tempo para treinar, e o calendário apertado de partidas prejudica a vida do Flamengo no fim de temporada. Grafite defende que o treinador aprimore as jogadas de ataque no último terço do campo, contra equipes fechadas, situação em que o time vive apuro constante.

– Renato poderia treinar variantes de jogada no último terço. Aperfeiçoar o Michael no último passe. As tomadas de decisão dele são precipitadas, erra mais que acerta. Poderia trabalhar jogadas com os laterais. Filipe Luís não tem chegado tanto, nem para fazer o passe para o meio. Falta isso para o Renato. Flamengo tem qualidade por natureza, ele não precisa colocar muita coisa, tem entrosamento e qualidade. Mas na ausência dos principais jogadores, falta o Renato ter variações ofensivas – analisa o comentarista.

O rubro-negro ainda pode ficar sem Gabigol para o Fla-Flu deste sábado. O atacante sofreu uma torção no tornozelo. A tendência é que Pedro forme o ataque com Michael e Everton Ribeiro. Mais uma formação diferente na sequência de jogos com desfalques e convocações. Para Grafite, a perda do entrosamento faz o Flamengo não ter uma organização ofensiva que flua com naturalidade quando tem todo o time titular já acostumado a movimentos automáticos.

– Quando as coisas não fluem naturalmente, tem dificuldades. O Flamengo precisa de variedade de jogada. Quando pega time encaixado, sem espaço, tem dificuldade. Como contra o Cuiabá, Athletico-PR. Mesmo sendo superior, não conseguiu demonstrar isso em termos táticos e técnicos – opina ele.

O analista tático Bruno Pet atenta para outro fator que depõe mais contra os jogadores do que contra o treinador, mas cabe a Renato observar. Na primeira partida contra o Juventude, jogou Pedro, com Andreas Pereira adiantado. Em seguida, Gabigol voltou contra Cuiabá e Athletico. E a combinação dos jogadores não gerou o efeito esperado de presença de área.

– Quando o Gabigol joga com Arrascaeta e Bruno Henrique, eles compensam o Gabigol sair para circular. Se o centroavante recuou, alguém tem que compensar, entrar em profundidade. Contra o Juventude, jogou o Pedro. E o Andreas não tem cacoete de entrar na área. Nem o Michael, que não tem jogada aérea. Quando joga o Andreas na vaga do Arrascaeta e o Michael na do Bruno Henrique, é importante ter o Pedro em campo. Ele baixa mais, faz mais pivô. Quando volta o Gabigol, a característica muda. Quando ele sai da área para receber o jogo por fora, ninguém compensa – avalia Pet.

No lance em que Michael dribla três jogadores pelo lado direito, não tem ninguém na área para receber o cruzamento, do primeiro ao terceiro drible. Ao fim do último, Gabigol aparece do outro lado da área. O analista diz que Renato precisa entender essa situação e fazer ajustes:

– Essas compensações não estão acontecendo. Isso dificulta criar chance de gol. Se não tem profundidade, não avança no campo. Pedro dá isso. Então, é uma questão de característica, mais que o trabalho do treinador. Ele tem a obrigação de entender e fazer modificações. E isso não aconteceu nem contra o Cuiabá nem contra o Athletico.

Diante das duas equipes, houve uma estratégia de fechar o centro da área e dar o lado do campo. Assim, o Flamengo rodava em volta do bloco de marcação e não acertava o passe final. Como não há tempo para treinar, os movimentos não foram coordenados, e por característica os atletas não desempenharam a função de forma a criar situações de gol.

– Dar os lados do campo para Gabigol, Michael, Andreas e Everton Ribeiro, nenhum deles é de área. Não vai encontrar oportunidade. Só em lances para trás, como no gol que o Thiago Maia perdeu. Esse mecanismo deve ser utilizado de forma que o treinador dê as ferramentas para que os jogadores façam funcionar. Só não jogo tudo nas costas do Renato. Sem tempo para treinar é difícil – afirma Pet.

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225 visitas – Fonte: Extra.globo

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