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Sem aportes, Galo tem desafio de enfrentar Flamengo com metade da receita


O Atlético-MG cresceu esportivamente nos últimos dois anos alavancado pelos empréstimos da família Menin. Para 2022, o Galo estabeleceu que viveria

sem aportes

e

teria de bater a meta de venda de atletas

. Será um desafio atingir essas metas e disputar contra um Flamengo que tem o dobro da receita de futebol prevista para o ano.

Galo e Flamengo decidem, neste domingo, a Supercopa na Arena Pantanal. O time atleticano foi campeão do Brasileiro e da Copa do Brasil, enquanto o time rubro-negro entrou apenas como vice do Nacional. É um ensaio do confronto pelo domínio da temporada, no trio que inclui o Palmeiras na elite do futebol do país.

Para 2022, o Galo prevê uma receita com o futebol de R$ 447,2 milhões. Há outros itens de renda como social e patrimionial, no caso,

R$ 350 milhões se for vendido parte restante do Diamond Mall

. Essa receita teria destinação amortizar a dívida de mais de R$ 1 bilhão.

Na temporada, o Flamengo estima uma receita de R$ 989 milhões para o futebol e esporte olímpico (a fatia deste item é pequena. Há ainda uma receita de R$ 44 milhões social, que é para despesas deste setor dentro do clube. Assim, a renda rubro-negra é mais do que o dobro da atleticana.

A questão é que a diferença na despesa com o futebol não é tão grande. O Flamengo estima um custo geral do clube de R$ 611 milhões. Não está discriminado qual o gasto com o futebol, mas, em geral, responde por mais de 90% desse total. O clube, portanto, mantém o futebol abaixo dos 60% de sua receita total, o que é o considerado um patamar saudável.

Enquanto isso, o Galo prevê um gasto com o futebol de R$ 447,3 milhões. Suas contas, portanto, são de gastar toda receita ganha sem sobra, sem geração de caixa significativo. Isso limita a possibilidade de pagar dívidas. As regras de Fair play na Europa, por exemplo, limitam os gastos com futebol a 70% da receita.

Essa diferença de renda entre os dois clubes explica-se pelos direitos de transmissão, patrocínios, sócio-torcedor e bilheteria. Em todos os itens, o Flamengo tem receita bem superior: em patrocínio, o valor é cinco vezes o do time mineiro. A bilheteria rubro-negra, as receitas de TV e prêmios previstas são o dobro das atleticanas. Há valores próximos em relação à venda de jogadores: Flamengo (R$ 185 milhões) e Atlético-MG (R$ 140 milhões). Por isso, a importância dada pela diretoria alvinegra a cumprir meta de negociações.

Essas contas têm reflexo na política de contratações do início do ano. O Galo manteve o elenco e contratou jogadores que estavam livres como Otávio e Godín, e já vendeu Junior Alonso. Enquanto isso, o clube carioca acelerou com algumas contratações como Fabrício Bruno e Thiago Maia (6,5 milhões de euros pelos dois) e está próximo de pagar alto por Andreas.

Terceiro no trio de times mais fortes do Brasil, o Palmeiras teve um orçamento na casa de R$ 600 milhões de receitas. É um clube que vem de um superávit acima de R$ 100 milhões na temporada de 2021, após dois títulos da Libertadores.

Os números mostram o tamanho do desafio do Atlético-MG de se manter no topo com Palmeiras e Flamengo sem novos aportes externos de dinheiro. Neste domingo, é apenas o primeiro passo da caminhada.

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