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Sem aplicar a nova regra, Conmebol pune Universidad Católica por atos de racismo contra torcedores do Flamengo


Após três semanas, a Conmebol puniu a Universidad Católica pelos atos de racismo contra a torcida do Flamengo, no último dia 28. O time chileno recebeu uma multa de 30 mil dólares (ou seja, R$ 147 mil) pelos atos racistas. Além disso, a entidade também puniu a equipe em 40 mil dólares (R$197 mil) pela violência nas arquibancadas e interditou parte do estádio por três jogos. Torcedores dos donos da casa atiraram pedras e sinalizadores contra rubro-negros, ferindo uma criança de 10 anos.

Vale lembrar que a Conmebol intensificou a luta contra o racismo no último dia 9. Conforme divulgado em nota, a entidade garantiu promover “mudanças na regulamentação para aumentar e endurecer as penalidades em casos de racismo”. No caso, o órgão aumentou a multa mínima de 30 mil para 100 mil dólares em casos de atos racistas.

Entretanto, a entidade entendeu que essa regra só se aplica em jogos realizados após o dia da decisão, ou seja, dia 9 de maio. Sendo assim, a Universidad Católica recebeu uma multa de somente 30 mil dólares, 70 mil a menos do estabelecido no novo regulamento.

A Conmebol alterou as punições após cinco times brasileiros serem alvos de racismo. Além do Flamengo, outros casos de racismo aconteceram em jogos da Libertadores, quando os brasileiros se encontram com times e torcedores do resto do continente. Foi o caso do jogo do Corinthians contra o Boca, onde um argentino que imitava macaco chegou a sair do estádio com a polícia, mas pagou fiança e foi solto. O jogo do Palmeiras, contra o Emelec, também teve o caso onde equatorianos chamavam os brasileiros de “macacos”.

Relembre o episódio de violência contra o Flamengo no Chile

A vitória do Flamengo fora de casa contra a Universidad Católica se tornou algo secundário após alguns episódios lamentáveis de violência nas arquibancadas do Estádio San Carlos de Apoquindo. Já perdendo, houve torcedores chilenos imitando macaco, praticando racismo contra os brasileiros. Alguns torcedores ainda atiraram objetos em direção ao setor destinado aos rubro-negros e ainda acenderam um sinalizador. Um dos feridos foi a criança Thiago Carvalho, de 10 anos.

 “O Thiago está um pouquinho traumatizado, eu também. O que vimos ontem foi fort. (O Thiago) Está triste. Meu filho entrou no estádio feliz. Eu sou flamenguista, ele é chileno, eu sou mais fanática. Ele entrou feliz por ver o Isla, porque é chileno. Entrou rindo, feliz e saiu chorando com uma ferida no olho. O que ele viveu foi forte”, disse a mãe do Thiago.

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Link do Artigo do MundoRubroNegro

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