O ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello deu entrevista ao podcast Flow Sport Clube na tarde desta segunda-feira. O dirigente abordou diversos temas sobre sua passagem pelo Flamengo, entre eles o último processo de expulsão de Bandeira do quadro associativo do clube.

Eduardo Bandeira foi absolvido no último dia 11 pelo Conselho Deliberativo do Flamengo (CoDe) por 281 votos contra a punição e 135 favoráveis. O ex-presidente criticou o movimento e classificou o processo como de “natureza política”.

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“Foi uma denúncia e um processo de natureza política. Não falei nada demais e tudo que eu falei, eu expliquei e demonstrei. Então, oque eu disse na época foi sobre o incêndio do Ninho. Eu estava sendo indiciado por homicídio doloso e era o único dirigente indiciado”, disse.

Bandeira foi acusado de ferir o estatuto do clube ao dar uma entrevista para a ‘ESPN’, em 2020. Na ocasião, o presidente declarou o seguinte: “Se eu ainda fosse presidente, tenho quase certeza que não teria acontecido o incêndio. O que aconteceu ali, eu já não estava mais lá, e sinceramente não sei qual foi a causa. Mas espero que o MP chegue à verdade. Porque é muito desagradável ter inocentes sendo acusados de maneira totalmente injusta. Um deles sou eu”, declarou.

O CoDe chegou a punir o presidente com 90 dias de suspensão. No entanto, o dirigente recorreu e o recurso foi aceito pelos conselheiros na votação do dia 11 deste mês. A acusação se baseia no artigo 49 do estatuto.

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“Art. 49. Veicular expressões desonrosas, por qualquer meio de comunicação, contra o FLAMENGO, ou os membros de seus Poderes, em campanha eleitoral, ou em razão de suas
funções. Penalidade: suspensão até trezentos e sessenta dias ou eliminação.”

Eduardo Bandeira de Mello falou sobre o incêndio

O presidente aproveitou a entrevista para explicar a declaração à ESPN. Bandeira falou sobre os feitos durante o seu mandato e garantiu novamente que não haveria incêndio no Ninho, caso seguissem o planejamento da sua gestão.

“O que falei foi que quando deixei o Flamengo, deixei os dois Centros de Treinamento prontos. O Centro de Treinamento destinado aos meninos da base já estava pronto. Existia o planejamento que a partir do primeiro mês seguinte a minha gestão, eles já estivessem lá. Então, não teria necessidade de ter os módulos provisórios que acabaram pegando fogo. Se o nosso planejamento tivesse sido cumprido, não teria acontecido incêndio”, disparou.

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Contudo, o ex-presidente voltou a afirmar que não acusou ninguém. Bandeira ainda revelou haver filmes e fotos dos garotos do Ninho, em que eles ocupam o novo módulo destinado à base antes do incêndio. Sendo assim, para o dirigente, não haveria motivos para os meninos voltaram a usar os contêineres.

“Não acusei ninguém, não acusei o Flamengo. Eu simplesmente disse que eu não poderia ser responsabilizado por isso. Tem inclusive filme e foto dos garotos já ocupando o Centro de Treinamento novo. Se eles voltaram depois, teve alguma decisão. Não sei exatamente qual foi. Mas não acusei ninguém. Seria irresponsabilidade minha acusar alguém. E aí pegaram isso para tentarem me expulsar do clube pela terceira vez”, finalizou.

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