Andreas Pereira se despediu do Flamengo nesta quinta-feira (30). O contrato de empréstimo de um ano junto ao Manchester United expirou e não houve acordo para renovação. Segundo o portal GE.Globo, a saída do brasileiro nascido na Bélgica é um efeito visível do caos interno que o Rubro-Negro vive.

Em matéria publicada hoje, o jornalista Cahê Mota afirma que a não concretização da compra de Andreas Pereira, acordada em fevereiro deste ano, foi resultado de uma intensa disputa interna com o Vice-Presidente de Futebol, Marcos Braz, e o Diretor Executivo, Bruno Spindel, de um lado e um grupo encabeçado pelo Vice-Presidente de Finanças, Rodrigo Tostes, do outro.

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O acordo feito em Londres com o Manchester United e os empresários de Andreas Pereira, Kia Joorabchian e Giuliano Bertolucci, determinava o pagamento de dez milhões de Euros a partir de 2023. Porém, de volta ao Brasil, Braz e Spindel enfrentaram feroz oposição.

Segundo Cahê, a proximidade entre o departamento de futebol e Bertolucci foi questionada, assim como a “pressa” para definir o negócio meses antes do final do empréstimo. Segundo a matéria do GE, Tostes disse que o contrato de compra de Andreas deveria ser “examinado com uma lupa”. Além disso, o Flamengo temia uma condenção no processo de penhora do Banco Central (Bacen).

Resolução do processo do Bacen não garantiu Andreas no Flamengo

O Flamengo conseguiu uma decisão favorável no processo do Bacen, onde poderia ter até R$ 127 milhões penhorados. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concordou com os argumentos do clube e manteve o valor em cerca de R$ 10 milhões, já pagos. Mesmo assim, a pressão para desfazer o negócio de Andreas seguiu.

Do lado de fora, parte da torcida do Flamengo pressionava contra a permanência de Andreas, ainda machucada com o erro na final da Libertadores, que custou o tricampeonato. Pressionado, Rodolfo Landim resolveu esperar.

Segundo Cahê Mota, o Presidente do Flamengo chegou a falar com Andreas, garantindo que o negócio seria honrado. Mas o tempo passou e nada foi feito. O Manchester esperou pacientemente até que chegou a proposta do Fulham, oferecendo até 13 milhões de Libras, entre principal e bônus.

O prazo terminou hoje e Andreas se despediu com o gol da vitória contra o Tolima, em Ibagué. Um gol que coloca o Rubro-Negro a um empate das quartas de final da Libertadores. Mas sem Andreas. Na guerra entre Gávea e Ninho do Urubu, o camisa 18 foi mais uma vítima. Só não foi uma vítima inocente, pelo que houve em Montevideo.

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