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Rodrigo Dunshee deve ser o substituto de Landim no Flamengo


Rodolfo Landim e Rodrigo Dunshee no Flamengo – Foto: Divulgação

O GLOBO: Por Diogo Dantas

É junho de 2022, mas o cenário político no Flamengo dá sinais de uma disputa eleitoral programada apenas para o fim de 2024. Tudo por conta do mau momento da equipe dentro e fora de campo. O desmonte do Conselho do Futebol foi a ponta do iceberg de uma crise política que se avoluma na gestão do presidente Rodolfo Landim, reeleito no fim de 2021, mas que já sofre com dissidências.

A principal delas é sem dúvida a de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, que abandonou o Conselhinho e manteve apenas o cargo de presidente do Conselho de Administração. Como se sabe, Bap tem pretensões de suceder Landim na presidência do Flamengo, mas concorre internamente com o vice-geral Rodrigo Dunshee, que já seria o escolhido no primeiro mandato, mas cedeu para Landim voltar e pacificar a Gávea.

Procurado, Bap não se posicionou sobre as suas motivações para desembarcar da diretoria, mas a reportagem ouviu de fontes no Flamengo que a insatisfação com os rumos que Landim dá ao futebol foi o estopim. Ambos já haviam estremecido a relação nos últimos meses, tanto na condução do futebol quando dos temas institucionais.

Landim se vê cada vez mais isolado e procura se cercar de apoiadores fiéis. Nesse contexto, tem ainda a seu lado o vice de futebol Marcos Braz, que lhe dá blindagem contras as críticas sobre o principal departamento do clube, e o vice-geral e jurídico Rodrigo Dunshee, que se mantém como cão de guarda da direção nos temas institucionais e estratégicos do clube, como discussões com outras equipes no âmbito da CBF, do STJD e também em relação à Liga e à concessão do Maracanã. A última vitória foi em relação a dívidas do Banco Central, que evitou penhora que frearia investimentos no time.

Agora, a expectativa é pelo movimento de outros apoiadores. Entre eles, o vice de finanças, Rodrigo Tostes, crítico do modelo adotado para o futebol, e que tem demonstrado sua insatisfação em reuniões de diretoria semanais. Outro que se mantém alinhado a Landim, mas na verdade é mais próximo a Bap, é Gustavo Oliveira, vice de marketing, que internamente vive um desgaste crescente com a captação de patrocinadores mais por parte de outros dirigentes do que por sua pasta.

Landim afunila grupo e mantém base aliada
No meio do furacão, Landim ignora movimentos de oposição no Flamengo e que questionem o modelo de gestão adotado, e tenta remontar o conselho com outros apoiadores. Este mês, além de Bap, saíram Dekko Roisman, que integrava o grupo Fla Fut, e Fábio Palmer, do Ideologia Rubro-negra (IRN). A alegação foi a incapacidade de ajudar em meio a tomada de decisões cada vez mais centralizadas. O único conselheiro que permaneceu foi Diogo Lemos, do Sinergia Rubro-negra. A ideia do presidente do Flamengo é repor as saídas e não deixar o Conselhinho morrer. Nomes como o de Eduardo Olivieri, apoiador de Braz, e de Cacau Cotta, diretor de relações externas, foram cotados. Mas pessoas próximas a Landim descartaram essas opções.

Embora tenha havido baixas, Landim ainda tem apoio político da maioria dos grupos políticos que compõem o xadrez do clube. Mesmo com o desligamento de Fabio Palmer, o IRN manteve apoio ao presidente e se mantém na base aliada do governo. Diferentemente do Fla Fut, que rompeu com a diretoria e desligou alguns membros. Além de Dekko Roisman, saíram também Marcelo Chala (representante do grupo), Carlos Henrique (Presidente da Assembleia Geral) e Ricardo Campelo (VP de administração e responsabilidade social). Só que a base aliada ainda conta com grupos como Fat, URN, Sinergia, Ideologia e Fla+. Na oposição, estão SóFla, Frente Flamengo Maior e Flamengo sem Fronteiras, além do Fla Fut.

A grande virada com a saída de Bap é do Conselho do Futebol é saber como será seu comportamento no comando do Conselho de Administração. Até agora, Landim tinha o COAD e o Conselho Deliberativo (presidido por Antônio Alcides, da Chapa Roxa) com aliados. A carta assinada por sócios com apoio dos ex-presidentes Kleber Leite, Márcio Braga e Eduardo Bandeira de Mello nesta quinta-feira ainda abre a possibilidade de novas dissidências, pois vice-presidentes da gestão Landim como Maurício Gomes de Mattos, de Consulados e Embaixadas, e Adalberto Ribeiro, de Relações Externas, são do grupo de Braga.

Link do Artigo do FlaResenha

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