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Rocha: Melhor São Paulo de Ceni é mais Muricy/Fortaleza e menos Flamengo


O são-paulino saiu molhado e contente do estádio com mais uma vitória sobre o

Corinthians

no Morumbi. Não perde no estádio desde 2017 para o maior rival.

Certamente ficou feliz ao ver o time de Rogério Ceni começar voando baixo na chuva e abrir o placar com menos de um minuto com Calleri e depois competir no limite durante mais de noventa minutos contra uma equipe tecnicamente superior, que estreava o treinador Vitor Pereira. Lutando por cada bola, com impressionante concentração defensiva e ainda ameaçando com força e velocidade na frente.

Com 31% de posse, mas 11 finalizações contra 13 e sete a dois no alvo. Tiago Volpi entrou na vaga de Jandrei, que testou positivo para Covid, e não teve sua meta vazada, nem precisou de uma defesa espetacular para salvar o time.

O São Paulo foi sólido, com Pablo Maia desarmando e interceptando no meio-campo e Rodrigo Nestor ganhando liberdade para se juntar a Igor Gomes e Gabriel Sara na criação e dar a assistência para o gol da vitória.

Outro triunfo em clássico, depois dos 3 a 0 sobre o Santos na Vila Belmiro. Sem contar os seis pontos fundamentais no Brasileiro contra Corinthians (1 a 0) e Palmeiras (2 a 0). Competindo, cedendo poucos espaços a aproveitando os deixados pelos rivais.

Um São Paulo mais parecido com o dos tempos vitoriosos de Muricy Ramalho no comando à beira do campo e Ceni na meta tricolor. Agora um é dirigente, outro treinador. Unidos na defesa de contratações, mesmo com o orçamento limitado, mas também na capacidade de adaptar a ideia de jogo ao contexto da partida.

Como Ceni fez no Fortaleza. Começou tentando impor suas ideias, depois ganhou a Série B 2018 com um jogo mais prático e direto, buscando “Gustagol”. Na Série A, proposta ofensiva quando era possível ou obrigatório e time mais reativo diante de equipes mais fortes e abastadas.

No Flamengo, foi campeão brasileiro tentando impor seu estilo em todas as partidas. Pagou caro quando viu o elenco desfalcado por seleções sul-americanas e foi teimoso ao não se adaptar à demanda do momento. Saiu por questões internas, mas também porque não havia respaldo de resultados recentes.

O São Paulo é gigante, mas a realidade é de um clube com problemas financeiros e aspirações dentro de um bloco intermediário. Abaixo de Atlétlico Mineiro, Palmeiras e Flamengo, mas com potencial para furar a bolha. O Paulista pode ser um bom “laboratório” para testar a fórmula de vencer os menores na marra, se preciso, e competir forte nos jogos grandes. É a melhor receita de momento.

Mesmo deixando a posse para o adversário, como fez no “Majestoso”. Com inteligência e maturidade para entender onde está e aonde pode chegar. Rogério Ceni já mostrou que é capaz, nos tempos de goleiro do time de Muricy e agora como técnico.

(Estatísticas:

SofaScore

)

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