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Rocha: Flamengo irregular é responsabilidade de Paulo Sousa ou do elenco?


O Flamengo teve problemas de novo para furar as linhas defensivas de um

Vasco

preocupado apenas em evitar sofrer gols e tentar contragolpes esporádicos. Duas linhas de quatro compactas, mais Raniel e Nenê isolados, esperando a chegada dos meias abertos Weverton e Gabriel Pec.

A resposta de Paulo Sousa foi uma equipe mais com cara de Rogério Ceni, porém adicionando um jogo direto de lançamentos de David Luiz e Fabrício Bruno ou chutões do goleiro Hugo Souza que batiam no “muro” montado por Zé Ricardo.

Bruno Henrique não foi ala de um 3-4-2-1 atacando, mas um ponta em um 4-2-3-1 que variava apenas quando Filipe Luís recuava para auxiliar os zagueiros na saída de bola, como fazia com Ceni. Na escalação inicial, parecia que Everton Ribeiro atuaria novamente como ala esquerdo, mas foi o ponta armador pela direita, tentando articular com os volantes Willian Arão e Andreas Pereira, além de Arrascaeta com liberdade como meia central, atrás de Gabigol.

O resultado foi uma circulação de bola lenta e previsível, sem as tabelas e ultrapassagens dos melhores momentos das onze partidas na temporada. Uma marca de Paulo Sousa que ficou de lado na ida da semifinal do Carioca.

Era a camisa do Vasco do outro lado em uma disputa de vaga na decisão, mas continuava sendo o jogo entre um time que é forte candidato a todos os títulos da temporada, no Brasil e no continente, contra uma equipe de Série B que hoje não parece com muitas perspectivas de subir. Por maior que seja a mobilização no clássico, a distância é enorme. Provavelmente a maior da história da rivalidade centenária.

Responsabilidade do treinador? Em parte, porque as escolhas são dele. A menos que o vestiário já esteja engolindo silenciosamente Paulo Sousa e ele se veja “obrigado” pelo contexto a escalar Arão e Everton Ribeiro, lideranças importantes que não estão em um nítido ocaso, como os Diegos, Alves e Ribas.

Se for isso, o Flamengo estará andando em círculos e tanto faz se o técnico é Dome, Ceni, Renato ou Sousa. Será sempre o time com a maioria de 2019 à espera da “chama” dos tempos de Jorge Jesus, algo que não teria garantia nem se o ex-treinador do Benfica retornasse.

Porque o tempo passou e talvez a “fome” não seja mais a mesma, em um elenco pouco cobrado, com contratos longos e privilégios estabelecidos. Que, na prática, não entrega um desempenho consistente há tempos. Vive de lampejos que sempre são comparados com o

futebol

de quase três anos atrás.

Everton Ribeiro, De Arrascaeta,

Gabigol

e Bruno Henrique não produzem algo parecido mais nem de “memória”, ou do entrosamento adquirido em todo esse tempo. O status do quarteto fecha portas para mais oportunidades a Marinho, Pedro, Lázaro, Vitinho e não oferece uma resposta sólida no campo.

Sousa ainda carrega a responsabilidade de recuperar Andreas Pereira, que será mesmo contratado ao

Manchester United

em uma operação apressada e que agora não pode ser desfeita para não manchar a credibilidade do Flamengo no mercado europeu. Arão e Andreas, com Thiago Maia e João Gomes pedindo passagem…

E lá vai Paulo Sousa ser questionado, ou já fritado em fogo baixo. Tentando se equilibrar entre vestiário e resultados. Administrando um 1 a 0 que, a rigor, só aconteceu por um pênalti fortuito, uma bola que poderia não ter batido no braço do zagueiro Anderson Conceição.

É muito pouco para quem quer tanto na temporada. Mesmo em início de temporada, na competição menos importante. Pior é a sensação de “déja vu”, independentemente de quem está no comando técnico.

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