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Rival do Flamengo, Medina supera fracasso no Inter e leva Vélez à semi da Libertadores após 11 anos


Quem diria… Alexander Medina, de passagem sem sucesso pelo Inter, comada um dos quatro melhores times da América. O técnico do Vélez Sarsfield recoloca os argentinos na semifinal da Libertadores após 11 anos e tenta derrubar o

Flamengo

na noite desta quarta-feira, a partir das 21h30, no José Amalfitani, para alcançar a decisão da competição.

Pouco mais de quatro meses separam a demissão de Medina do Inter à noite de Libertadores no El Fortín. O Vélez não chegava nesta fase desde 2011, quando caiu para o Peñarol que seria batido pelo Santos de Neymar na final.

O charrua aposta no oportunismo de Lucas Janson para manter o vivo o sonho do bicampeonato do clube de Liniers, campeão em 1994, e surpreender Gabigol e companhia. Janson é o vice-artilheiro do torneio com sete gols, um atrás de Pedro, e principal nome para superar os cariocas no jogo 150 dos argentinos pela Libertadores. Mas o fator local é citado como determinante para a campanha.

– A torcida é muito importante para a equipe, é um jogador a mais. Demonstraram assim contra River e Talleres, nos apoiaram desde a chegada ao estádio. O torcedor do Vélez é o bgrande responsável por termos passado de fase. Agradeço o apoio constante e nos encontraremos para um grande espetáculo – disse Medina durante a semana.

Alexander Medina tenta levar o Vélez ao bicampeonato da Libertadores — Foto: Getty Images
1 de 4 Alexander Medina tenta levar o Vélez ao bicampeonato da Libertadores — Foto: Getty Images

Alexander Medina tenta levar o Vélez ao bicampeonato da Libertadores — Foto: Getty Images

O técnico assumiu o Vélez nas oitavas de final. De cara, despachou nada menos que o River Plate de Marcelo Gallardo, de quem é

considerado um herdeiro

. Na sequência, passou pelo Talleres, último clube que comandou na Argentina antes de trabalhar no Brasil.

– O Vélez é um time aguerrido. Busca sair entre toques desde o goleiro. É um time intenso e gosta de pressionar. Aposta muito nos laterais e cruzamentos. Os meias e pontas fazem muitos gols, principalmente Janson – diz Valentín Mirarchi, setorista do clube no Olé.

Esta redenção de Medina ocorre menos de seis meses após a traumática queda logo na estreia da Copa do Brasil, em Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte. No dia 3 de março, o uruguaio protagonizou um dos considerados maiores fiascos dos colorados, a derrota por 2 a 0 para o Globo-RN, clube da Série D.

O

comandante resistiu ao fracasso

, mas viu o executivo Paulo Bracks ser demitido. O respaldo da direção não surtiu efeito. Dezesseis dias depois, acabou goleado pelo Grêmio, hoje na Série B, por 3 a 0 em pleno Beira-Rio no jogo de ida das semifinais do Gauchão. Uma vez mais, segurou o cargo, ao ganhar por 1 a 0 na Arena, apesar nova queda.

A passagem de Medina, todavia, se aproximava do fim. Depois da despedida do estadual, o treinador só esteve à frente do Inter em mais três oportunidades, até

ser demitido no dia 15 de abril

, um dia após o empate em 1 a 1 com o Guaireña pela Sul-Americana.

Comandou o time por apenas quatro meses. Foram 17 partidas, com seis vitórias, seis empates e cinco derrotas – aproveitamento de 47%. A “era Medina” ainda acaba com saldo negativo. O Inter balançou as redes em 17 oportunidades, mas acabou vazado 20 vezes.

Alexander Medina nutria boa relação com D'Alessandro — Foto: Tomás Hammes
2 de 4 Alexander Medina nutria boa relação com D’Alessandro — Foto: Tomás Hammes

Alexander Medina nutria boa relação com D’Alessandro — Foto: Tomás Hammes

Relação intensa no Vélez

A nova chance na Argentina apareceu em 28 de maio. O charrua já recebeu o time entre os 16 melhores da Libertadores e brilha no torneio. Recoloca o Vélez entre os quatro principais, algo que não ocorria desde 2011, quando o time foi eliminado pelo Peñarol.

São ligas distintas. Medina é muito trabalhador. Gosta dos detalhes. Não trai suas convicções por um ou dois resultados negativos.

— Valentín Mirarche, jornalista do Olé

Se é verdade que brilha na Libertadores, Medina sofre no Campeonato Argentino. O Vélez está em 27º lugar entre 28 com apenas 11 pontos em 15 rodadas. Só ganhou um jogo, mas não corre risco de rebaixamento em razão do promedio, a média que os hermanos realizam das três últimas edições para definir os dois clubes que caem.

2 clubes – Inter e Vélez

37 jogos

11 vitórias

15 empates

11 derrotas

43,24% de aproveitamento

39 Gols Pro

43 Gols Contra

Eliminado na estreia da Copa do Brasil e semifinal do Gauchão

Semifinal da Libertadores e penúltimo no Campeonato Argentino

Não ganha há três partidas no cômpito geral. Este é outro fator curioso. Apesar de invicto no torneio continental, os números seguem discutíveis. Em 21 jogos pelo Vélez, acumula cinco vitórias, 10 empates e seis derrotas. Nada que o faça cair em descrédito.

– Os torcedores estão felizes com Medina. O time está em penúltimo, mas na semifinal da Libertadores. A ligação com a torcida tem crescido – avalia Mirarchi.

Medina invade área de jogo e interrompe ataque do Godoy Cruz — Foto: Reprodução
3 de 4 Medina invade área de jogo e interrompe ataque do Godoy Cruz — Foto: Reprodução

Medina invade área de jogo e interrompe ataque do Godoy Cruz — Foto: Reprodução

No campeonato local, aliás, propiciou um momento inusitado. Medina foi expulso ao dar uma rasteira em Matías Ramírez, do Godoy Cruz, durante o empate em 1 a 1. O episódio é uma amostra do lado participativo. Assim como ocorria no Inter, o técnico nutre boa relação com o grupo.

– Medina tem uma relação muito forte, direta e intensa. Está em cima do jogador e dá importância à liderança e motivação. Trabalha sempre no intuito de mobilizar o grupo – completa Valentín.

Time-base: Lucas Hoyos; Leonardo Jara, Matías de los Santos, Francisco Ortega e Valentín Gómez; Nicolas Garayalde, Santiago Cáseres, Lucas Orellano, Lucas Janson e Walter Bou; Lucas Pratto

Cacique eliminou o River, de Gallardo, da Libertadores — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE
4 de 4 Cacique eliminou o River, de Gallardo, da Libertadores — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE

Cacique eliminou o River, de Gallardo, da Libertadores — Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE

O Vélez perdeu uma peça importante para o confronto com o Flamengo. Um dos protagonistas da equipe, Máximo Perrone, ficará afastado dos gramados por um mês em razão de um problema pulmonar.

Lucas Pratto, ex-jogador de Atlético-MG e São Paulo, é o nome mais conhecido dos brasileiros. O experiente centroavante encerrou um jejum de três meses no empate com o Independiente, no domingo.

Confiante no trabalho, Cacique leva a tribo do Vélez para desafiar o Flamengo. A partida diante dos comandados de Dorival Júnior será disputada nesta quarta-feira, às 21h30, no José Amalfitani.

Vélez x brasileiros na Libertadores

Vélez 0 x 1 Inter – 1980 – 2ª fase

Inter 3 x 1 Vélez – 1980 – 2ª fase

Cruzeiro 1 x 1 Vélez – 1994 – 1ª fase

Vélez 1 x 0 Palmeiras – 1994

Vélez 2 x 0 Cruzeiro – 1994

Palmeiras 4 x 1 Vélez – 1994

Vélez 1 x 0 São Paulo – 1994 – final

São Paulo 1 (3) x (5) 0 Vélez – 1994 – Vélez campeão

Vélez 3 x 0 Inter – 2007 – 1ª fase

Inter 0 x 0 Vélez – 2007 – 1ª fase

Vélez 2 x 0 Cruzeiro – 2010 – fase de grupos

Cruzeiro 3 x 0 Vélez – 2010 – fase de grupos

Vélez 1 x 0 Santos – 2012 – quartas

Santos 1 (4) x (2) 0 Vélez – 2012 – quartas

Vélez 2 x 0 Athletico-PR – PR – 2014 – fase de grupos

Athletico-PR 1 x 3 Vélez – 2014 – fase de grupos

Vélez 2 x 3 Flamengo – 2021 – fase de grupos

Flamengo 0 x 0 Vélez – 2021 – fase de grupos

Vélez 2 x 2 Bragantino – 2022 – fase de grupos

Bragantino 1 x 1 Vélez – 2022 – fase de grupos

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