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Renato Gaúcho elogia árbitro de Flamengo x Bahia, mas diz que ainda não reviu lance do pênalti


Depois da

vitória por 3 a 0 sobre o Bahia

na noite desta quinta-feira, em jogo marcado pelo 100º gol de Gabriel com a camisa do Flamengo e por erro de arbitragem no Maracanã, Renato Gaúcho respondeu a perguntas da imprensa. Ele reservou um bom pedaço da coletiva de imprensa para falar sobre a atuação da arbitragem, que, para o treinador, merece ser elogiada.


+ Atuações: Gabi chega ao gol 100, Vitinho dá mais uma assistência e David Luiz desfila

– Na minha opinião, o Vinícius Gonçalves teve uma excelente atuação. E vou falar por que. No pênalti, eu não vi o lance ainda, mas ele teve a convicção de marcar na hora. Depois, para tirar qualquer dúvida, ele foi no VAR. Ali tu não pode ter dúvidas, você vê todos os ângulos, vê se foi pênalti ou não. Ele continuou com a convicção dele, viu e deu o pênalti. As expulsões, no meu entender, foram justas. Falei com o Diego, ele falou que realmente ficou aborrecido – disse o treinador.

– Os outros gols foram jogadas normais. Não é porque o Flamengo venceu (que estou falando isso), não. Não quero ser beneficiado. Mas, hoje, o árbitro teve a convicção do pênalti na hora e teve tempo de ir no VAR, teve a convicção do lance. Ainda não vi o lance, nem tomei banho ainda, estou corrido. Mas acho engraçado que, lá em Chapecó, ninguém chamou o árbitro para ver se foi pênalti no Gabriel ou não, aí poderia ter tirado a dúvida. Lá ninguém chamou ele, foi um pênalti legítimo, o goleiro tinha que ser expulso. Hoje ele teve a convicção, foi no VAR, tirou a dúvida e marcou o pênalti. Ele foi bem. Depois disse para ele: se toda arbitragem fosse assim, o Campeonato Brasileiro seria diferente – completou o comandante rubro-negro.

Renato Gaúcho,  técnico do Flamengo, na partida contra o Bahia — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
1 de 2 Renato Gaúcho, técnico do Flamengo, na partida contra o Bahia — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Renato Gaúcho, técnico do Flamengo, na partida contra o Bahia — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Renato Gaúcho disse que, ao fim da partida, foi até o árbitro e elogiou sua atuação no Maracanã.

“No momento em que um jogador meu comete pênalti, tem que ser expulso. Dá o pênalti, mas tem que dar na minha área como tem que dar na área do adversário. O árbitro não tem que escolher jogo para dar, tem que seguir a regra, o protocolo. Hoje estou elogiando o árbitro porque ele teve uma grande atuação. Ponto final”, acredita ele.

Além da arbitragem confusa, a vitória sobre o Bahia foi marcada pelo centésimo gol de Gabigol – ele abriu o placar da partida cobrando pênalti no intervalo. Renato cobriu seu camisa 9 de elogios na coletiva.

– Ele está na galeria dos grandes jogadores que atuaram com a camisa do Flamengo. Ele é um jogador em destaque. É o centésimo gol dele, merecidamente porque ele faz muitos gols, fez gol inclusive na final da Libertadores. Tem conquistado títulos, como outros jogadores também já fizeram isso. Hoje, ele está nessa galeria. Mas não podemos esquecer dos jogadores do passado que também estão nessa galeria. Para a felicidade dele, ele está se juntando aos inúmeros jogadores que vestiram essa camisa e fizeram história no Flamengo.

O Flamengo volta a campo pelo Brasileirão no próximo domingo para enfrentar o São Paulo, às 16h (de Brasília), no Morumbi.

Veja outros pontos da coletiva de Renato Gaúcho:

– Eu volto a repetir, a atuação do Vinicius Gonçalves me agradou bastante hoje. não pelo resultado do jogo, eu gostei muito da atuação dele. Quanto ao Gaciba, as pessoas acham que eu tenho algo contra ele, mas eu não tenho nada contra o Gaciba. Eu só quero que tenhamos uma boa arbitragem em todos os jogos, principalmente com o VAR. A gente não pode é em toda rodada ter problema com arbitragem, com o VAR. Isso é inadmissível isso. Eu não tenho nada contra ele, pelo contrário, ele é meu conterrâneo. Com o VAR, é inadmissível você errar. Não é o VAR que tem que falar para o árbitro que não foi pênalti. O árbitro é o cara que manda no jogo, ele que decide se foi pênalti ou não. Se a gente está tendo problemas de arbitragem com uma ferramenta dessa é inadmissível. Não tenho nada contra o Gaciba, não. Temos que dar um jeito para que não tenhamos problema em todas as rodadas porque todo mundo reclama. Na mesma forma como eu não gosto de falar de arbitragem, porque eles erram. Muitas vezes o cara do VAR, nem arbitro ele é, como ele pode decidir isso? Daqui a pouco num lance desse, duvidoso, ele está decidindo um time pra Série a, Série B, um titulo. Com uma ferramenta dessa é inadmissível errar.

– O que eu posso falar para o torcedor é para ele ficar tranquilo. Nós somos pessoas competentes, inteligentes, e a gente faz praticamente todos os dias reuniões, e sempre vamos buscar o melhor para o clube. O torcedor pode ficar tranquilo pois essa preocupação eles não precisam ter. A gente sabe exatamente o que está fazendo. Então, torcedor, fique tranquilo pois vocês verão um time no próximo dia 27, aquele Flamengo que vocês estão acostumados a assistirem, a verem, podem ter certeza que o Flamengo estará pronto em todos os sentidos.

– Por isso que eu usei alguns jogadores que vão jogar no dia 27. Agora, o que eu falo, alguns jogadores estavam no limite deles. Se põe pra jogar, não vai jogar dia 27. Não desistimos do Brasileirao, estamos lutando. Eu falei para vocês que, enquanto tivermos chances matemáticas, a gente vai lutar pelo Brasileiro. Mas não vamos ser burros, nós vamos brigar pelo Brasileiro com inteligência. Não vamos desistir do campeonato, mas ao mesmo tempo temos que fazer as coisas que devem ser feitas para o dia 27 também. Lá atrás eu falei que três competições iriam complicar. Hoje estamos corrigindo algumas coisas que erramos lá atrás, mas não vamos errar. Temos uma decisão no dia 27 e estamos fazendo as coisas direito. Estamos cuidando dos jogadores que estão no limite, recuperando os que estamos no departamento médico para que no dia 2 possamos estar com 100% dos jogadores bem para que possamos fazer essa final contra o Palmeiras. Mas não desistimos do Brasileiro, não. Tanto é que vencemos o Bahia. Se tivessem desistido, colocaríamos uma equipe de garotos, o que não é o caso.

– Quando eu cheguei no Flamengo, tem uma mulher de um amigo meu que pediu a camisa do Flamengo. Eu dei a camisa a ela e ela me disse: “Renato, essa camisa não serviu porque ela é grande”, e eu falei assim,: “Olha só, para você, a única camisa que vai dar no teu corpo é a do Michael”. E o Michel quando chegou no Flamengo estava muito embaixo. Hoje ele está valorizadíssimo. Eu acho que o mais importante é que conseguimos valorizar mais um jogador, ele está sendo importante para nós, e tenho certeza que ele vai continuar nos ajudando muito. Então quanto mais jogadores nós tivermos em condições, mais dor de cabeça eu vou ter. Mas essa dor de cabeça eu já disse que gosto.

– Eu experimento, vejo se me agrada. Pode acontecer no final da Libertadores, pode não acontecer, eu tenho que mexer nas peças. Não posso ficar só no plano A. Às vezes o plano A não está dando certo, aí temos que ir para o plano B, C no jogo. Até porque é uma maneira do Bruno Henrique não se desgastar, mas é uma formação que me agrada bastante. O mais importante é colocar, fazer algumas experiências para eu tirar algumas dúvidas que eu tenho na cabeça para o dia 27.


Estratégia para o dia 27

– O torcedor pode ficar tranquilo que a gente sabe o que está fazendo. Os jogadores vão chegar com ritmo de jogo no próximo dia 27. Estamos fazendo exatamente o que eu falei, estamos recuperando jogadores, dando ritmo a jogadores. Temos pessoas inteligentes aqui dentro e sempre vamos buscar o melhor para o clube. Vamos fazer de tudo para que no dia 27 tenhamos todos os jogadores recuperados, em condições. Estamos dando a parada em alguns para que tenhamos todos 100% no dia 27.

– Quem sabe isso são os profissionais que trabalham dentro do clube, eu converso com os jogadores diariamente. Lá atrás eu falei, três competições… a palavra impossível é difícil de se falar. Mas é quase que impossível você vencer as três. A gente poderia brigar nas três desde que tivesse folga para eles se recuperarem, o que não é o caso do calendário do futebol brasileiro. Aqui no Flamengo, a cada três dias, o Flamengo tem decisão. E tem que ganhar, se não ganhar é critica. Ninguém quer saber do desgaste do jogador. Quando Jorge Jesus foi campeão, ele estava disputando duas competições, o Palmeiras até pouco tempo estava disputando duas competições. O Flamengo não teve. A única folga, desde que eu estou aqui, eu acho que foi de uma semana e dez dias que eu tive por causa de alguns jogos da Seleção. O que aconteceu? Eu tive quatro jogadores na seleção, seis no departamento medico. Outro dia estávamos fazendo as contas: o time ideal para o dia 27 jogou dez minutos. Algumas pessoas sabem dessa realidade, mas elas não gostam de falar, elas querem ver o circo pegando fogo. Mas eu sempre estive com a consciência tranquila. E vai continuar porque eu sempre procuro fazer o melhor para o clube. Infelizmente a gente sabe que não vaa ganhar tudo. O Flamengo é como a seleção brasileira, é muita cobrança, são muitas criticas, muita gente que torce contra, mas a nossa consciência está tranquila.

– O Thiago Maia não estava de lateral-esquerdo. Aí entra a inteligência ou burrice do treinador. Se eu estou com um jogador a mais, eu tenho que tirar proveito disso. Se eu tirei o Ramon, que estava desgastado, deixei o Thiago Maia por dentro, ele vinha cobrir uma jogada juntamente com o Michael pelo lado. No momento que eu tenho um homem a mais, eu tenho que tirar proveito disso. Eu não coloquei o Maia na lateral, ele continuou jogando por dentro, quando fomos atacados por ali, ele deu apoio ao Michael.

– O bom ambiente é necessário sempre, mas o bom ambiente nós temos desde a minha chegada no Flamengo. Eu sempre falei pra vocês que trabalho com um grupo maravilhoso, inteligente, trabalhador. Mas infelizmente algumas vitorias não vêm. O nosso ambiente sempre foi maravilhoso. Quando o torcedor fica bravo, triste, a gente entende, porque a gente também fica triste por não conseguir as vitórias. A gente trabalha para dar alegria ao torcedor. Nós não desistimos no Brasileiro e temos a decisão da Libertadores. Com essa energia e a força da nossa torcida, é algo a mais que vamos ter para dar de presente para o nosso torcedor. Nós todos queremos ser campeões, a gente trabalha para conquistar, sempre busca o melhor para dar alegria a eles. O nosso ambiente é muito bom. Mas o nosso torcedor pode saber que também ficamos tristes nas derrotas.

– O Diego é um excelente capitão, o grupo gosta muito dele. Ele tem uma participação muito boa, muito boa mesmo como capitão, mesmo quando ele não joga. Hoje na entrada do campo ele deu umas palavras muito boas. É muito difícil ele perder a cabeça como perdeu hoje. Ele já pediu desculpas ao jogador. Eu nunca tinha visto ele perder a cabeça dessa maneira. Ele não deveria ter feito aquilo, mas ele é um capitão que a gente respeita e eu acho que a melhor forma do ser humano sentir que ele errou é pedir desculpas. Ele é um jogador importante, está no grupo, enquanto ele esteve em campo nos ajudou.

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