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Quem sobe e quem desce: veja balanço do Flamengo após Carioca abaixo da expectativa


Acostumado a ganhar os últimos estaduais, o

Flamengo

achou que repetiria a dose em 2022 e caiu do cavalo. Com atuações pobres e pouca criatividade, especialmente na final, não justificou a fama de estar em patamar diferente dos rivais. Aliás, apenas reforçou a enorme dificuldade de vencer o Fluminense nos últimos dois anos.



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A nova comissão técnica, comandada por Paulo Sousa, ainda não deu liga com o elenco, e os métodos trazidos por ela fizeram jogadores importantes perderem espaço. Alguns por atitude, outros por baixo rendimento.

Apesar do futebol comum demonstrado nesses três primeiros meses e da inferioridade em relação ao Fluminense nos três Fla-Flus do ano, também houve jogadores que corresponderam. Um manteve o nível de excelência, outro respondeu rapidamente ao primeiro grande desafio da carreira, enquanto um garoto reapareceu e floresceu pelas mãos do português.

Confira a análise abaixo:



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Sobe e desce do Flamengo — Foto: ge
1 de 7 Sobe e desce do Flamengo — Foto: ge

Sobe e desce do Flamengo — Foto: ge

Um dos pilares das recentes conquistas do

Flamengo

, Diego Alves foi de longe o jogador que teve mudança de status mais brusca. Saiu de titular absoluto do gol rubro-negro para o posto de terceiro goleiro.

Diego Alves teve desentendimentos com a comissão técnica de Paulo Sousa e foi pouco utilizado na temporada. Participou apenas dos jogos contra Madureira (2 a 1) e Resende (2 a 2). No primeiro, não comprometeu. No outro, falhou feio nos dois gols.

Embora o

Flamengo

inicialmente planejasse um último ano tranquilo para Diego com a contratação de um novo goleiro e mais oportunidades à promessa Hugo Sousa, há grande chance de que o ciclo se encerre antes do término do contrato do camisa 1, válido até dezembro deste ano.

Diego Alves contra o Resende: goleiro falhou nos dois gols do adversário — Foto: André Durão
2 de 7 Diego Alves contra o Resende: goleiro falhou nos dois gols do adversário — Foto: André Durão

Diego Alves contra o Resende: goleiro falhou nos dois gols do adversário — Foto: André Durão

Já em declínio técnico desde a temporada passada, Isla foi outro titular que andou duas casas para trás. A perda de espaço primeiramente deu-se por características antagônicas ao modelo de jogo proposto por Paulo Sousa.

Com Rodinei e Matheuzinho à frente, o chileno viu sua situação piorar após um ato de indisciplina. Na manhã do jogo com o Resende, disputado no domingo de Carnaval, apresentou-se no CT alegando quadro viral. À noite, postou vídeos dançando em festa.

Acabou multado e cortado da relação do jogo seguinte, contra o Vasco. Voltou a jogar contra o Bangu, partida na qual entrou no fim e deu assistência para Gabigol. Apesar de Matheuzinho e Rodinei estarem oscilando, Isla segue em desvantagem na briga por vaga na lateral direita.

Zagueiro que já não contava com o apoio da torcida por erros individuais e atos de indisciplina, Léo Pereira ganhou oportunidades com Paulo Sousa. No início da gestão do português, era um dos mais utilizados. Novos erros, porém, apareceram: falhou feio em gol do Audax, fez gol contra a favor do Botafogo e, para completar, veio a primeira partida da decisão estadual.

Léo enrolou-se sozinho com a bola e errou três vezes diante de Arias no primeiro gol de Cano. No segundo gol, cochilou diante de Yago e não conseguiu acompanhar Calegari.

Depois de propostas terem surgido nas últimas janelas e com o

Flamengo

tendo contratado dois jogadores para a posição (Fabrício Bruno e Pablo), Léo é um dos nomes que podem pintar nas próximas saídas rubro-negras.


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Sonho antigo do

Flamengo

, Marinho pintava como grande reforço principalmente após a boa estreia com o Boavista. Fez gol, criou bastante e chamou atenção pela constante movimentação. Não conseguiu repetir isso nos jogos seguintes e conviveu com críticas públicas de Paulo Sousa.

Teve oportunidade de iniciar a primeira final contra o Fluminense, mas jogou muito mal como ala-esquerdo. Mostrou-se desconfortável num setor ao qual não está acostumado e ainda levou cartão bobo. Ainda não conseguiu responder às expectativas.

Marinho dando passe no Fla x Flu — Foto: André Durão
3 de 7 Marinho dando passe no Fla x Flu — Foto: André Durão

Marinho dando passe no Fla x Flu — Foto: André Durão

David Luiz, Pedro e Everton Ribeiro são três dos medalhões que não entregaram o esperado nesses primeiros meses. David fez alguns jogos bem abaixo da média, sobretudo na finalíssima com o Fluminense, na qual abusou dos erros em lançamentos longos. Na questão comportamental, porém, consolidou-se como nova liderança rubro-negra.

Manoel e David Luiz disputam bola no Fla x Flu — Foto: André Durão
4 de 7 Manoel e David Luiz disputam bola no Fla x Flu — Foto: André Durão

Manoel e David Luiz disputam bola no Fla x Flu — Foto: André Durão

Mais uma vez com o nome intensamente vinculado a uma possível transferência para o Palmeiras, Pedro não teve a eficiência demonstrada nas duas temporadas anteriores. Perdeu muitos gols, mostrou impaciência em campo e entrou em outra sintonia nos últimos jogos. Vive jejum de seis partidas.

Ribeiro iniciou a temporada forçado a jogar em outra posição, a que começou a carreira. Como ala pela esquerda até começou bem, criando jogadas, mas logo mostrou não estar adaptado. Paulo Sousa o reposicionou para o meio-campo, mas desde então perdeu a posição de titular absoluto. A instabilidade provocada pela mudança de posicionamento o fez perder força na briga por vagas na Copa do Catar.

Com sobras o melhor do

Flamengo

na temporada até agora, Arrascaeta foi o protagonista dos poucos bons momentos do time na temporada. Foi o principal jogador na Supercopa, contra o Atlético-MG, iniciando a jogada dos dois gols. Liderou o time no clássico em que os rubro-negros venceram com maior autoridade, 3 a 1 no Botafogo, e também garantiu triunfo sobre o Vasco com golaço no fim.

Pouco utilizado no primeiro jogo da final por conta de problemas que teve para deixar o Chile, onde representou a seleção uruguaia, ainda conseguiu dar mais dinamismo ao time no segundo tempo da derrota por 2 a 0 para o Fluminense. Na finalíssima, fez linda jogada antes de passar para Gabigol abrir o placar.

Em 11 jogos, soma cinco gols e mesmo número de assistências.

Arrascaeta é o melhor jogador do Flamengo em 2022 até agora — Foto: André Durão/ge
5 de 7 Arrascaeta é o melhor jogador do Flamengo em 2022 até agora — Foto: André Durão/ge

Arrascaeta é o melhor jogador do Flamengo em 2022 até agora — Foto: André Durão/ge

Arrascaeta foi citado primeiramente pelo nível de excelência de suas atuações, mas João Gomes é o grande vitorioso do elenco rubro-negro no início desse Carioca. Encostado por Renato Gaúcho, impressionou Paulo Sousa por seu dinamismo.

Antes de o ano começar, o jovem estava decidido a sair e recebeu propostas de outras equipes. O treinador português chamou Gomes para conversas e o convenceu de que a permanência no clube o faria crescer. Dito e feito. Dos jogos com Paulo, só não enfrentou o Madureira, poupado.

Foi líder de desarmes, ajudou na construção de jogo e cada vez mais pinta como titular absoluto. Um ponto de atenção diz respeito a algumas faltas acima do tom, que rendem cartões evitáveis, mas é um jogador que sai dessa primeira parte da temporada muito fortalecido.

Arias, do Fluminense, e João Gomes, do Flamengo, na final do Carioca — Foto: André Durão
6 de 7 Arias, do Fluminense, e João Gomes, do Flamengo, na final do Carioca — Foto: André Durão

Arias, do Fluminense, e João Gomes, do Flamengo, na final do Carioca — Foto: André Durão

O menos badalado dos cinco reforços contratados pelo

Flamengo

para 2022 foi o melhor dos zagueiros neste início de temporada. Firme, rápido e de bom passe, mostrou que o time ganhou no mínimo um reserva de peso.

O bom início de Fabrício no clube ganha importância num momento em que os problemas físicos de Rodrigo Caio tornam-se cada vez mais frequentes.

Embora apagado na final, Lázaro foi outro que, a exemplo de João Gomes, mudou de prateleira em 2022. Foi titular em seis dos 13 jogos de Paulo Sousa. Deu quatro assistências, fez dois gols, e iniciou partidas importantes, como a segunda semifinal com o Vasco e a finalíssima contra o Fluminense. Passou à frente de Marinho, que foi contratado com pompas e circunstância.

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