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Que o time das copas seja o time dos títulos


Seja para qual for o lado em que o Brasil caminhará a partir de 30 de outubro, o Flamengo e a Nação alinham para este mês suas expectativas também para suas alegrias “de vida-ou-morte” nas realizações futebolísticas.

Serão três datas – a começar por esta quarta-feira – que não apenas decidirão o sabor de nossa temporada, mas também poderão chancelar o destino de uma das gerações mais vitoriosas do clube.

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Por um lado, vencer a Copa do Brasil tem um significado para além do quarto título do segundo certame mais importante do país. Faturar este caneco terá um efeito anímico fundamental para a finalíssima da Libertadores, em Guayaquil, dez dias depois.

O vice-campeonato para o Corinthians poderá agravar a psique de um time que já não é tão regular. Além de tornar dramática a decisão continental como a única tábua de salvação para se garantir um título em 2022.

Por outro lado, vencer os dois campeonatos significaria o reconhecimento concreto de um elenco que terá superado a Era Zico em números. Além disso, também elevaria definitivamente craques como Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gabigol e Pedro ao panteão de ídolos supremos na história rubro-negra.

Afinal, de 2019 para cá, terão sido cinco títulos nacionais (dois Brasileiros, uma Copa do Brasil e duas Supercopas) e três títulos continentais (duas Libertadores e uma Recopa Sul- Americana). Além dos Estaduais e de outros vices que não contam tanto.

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Será bem possível, com estas conquistas, que haja melhor ambiente e mais tranquilidade para uma renovação de elenco. E não apenas com saída das figuras já carimbadas para tal, como Diego Ribas, Diego Alves e Rodinei, mas também com vendas importantes para nossos cofres, como João Gomes, Matheus França e talvez até Pedro ou Arrascaeta, dependendo da Copa que fizerem no Catar.

Entre as duas copas, o Fla na tênue linha entre o sucesso e o fracasso

Dois insucessos neste mês de outubro levarão a indeléveis questionamentos sobre o valor real de um Flamengo cujo êxito de 2019/20 se julgaria meramente acidental. Quiçá os resultados negativos também tornarão atrofiadas as mudanças no plantel, com a possível saída de Gabigol, Everton Ribeiro e outras citadas anteriormente. A segunda temporada sem títulos representaria uma terra arrasada, com medalhões possivelmente desmotivados em objetivos desportivos, corroborando a tese acima.

A oscilação do Flamengo atual não nos permite antecipar o que virá já a partir do duelo no Itaquerão. Como este Flamengo em algum declínio físico e técnico reagirá ao Corinthians em ascensão coletiva? Como a psique deste Flamengo se comportará na primeira das três datas que selarão o destino de um clube na temporada e talvez de uma geração em toda a história?

Conquistar apenas um dos títulos suavizaria a análise de matar-ou-morrer, mas vencer apenas a competição nacional nos deixaria mais perto de uma avaliação negativa na parte e no todo.

Por outro lado, a vitória na Libertadores, por si só, e por ser a segunda das duas decisões, penderia um pouco mais para o saldo positivo já que nos carimbaria a participação em um ainda indefinido Mundial de Clubes. É preciso encarar estes 270 minutos como se fossem os últimos. Que o time das Copas seja o time dos títulos.

Paulo Caruso de Lima é jornalista, trabalhou no Diário LANCE! e é funcionário da ONU em Bruxelas. Reside desde 2008 fora do Brasil e é militante das causa flamengas no exterior. Fundou o Consulado FlaBruxelas em 2019.

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