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Qual seria o placar justo entre Flamengo e Palmeiras? Entenda metodologia e confira


Se sempre houvesse justiça no futebol, o

Flamengo

teria saído com a vitória no confronto contra o

Palmeiras

no Maracanã. A análise do jogo abaixo se baseia somente no indicador de expectativa de gol (xG), onde cada finalização recebe um valor diferente (veja metodologia no final do texto). Entende-se que duas finalizações nem sempre fornecem o mesmo perigo para o adversário, como por exemplo uma feita do meio de campo e uma de pênalti.


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Apesar do placar não ter saído do zero, as duas equipes produziram o suficiente para marcar pelo menos um gol cada e o empate não foi o resultado mais justo, como o zagueiro

Gustavo Gómez comentou

no final da partida.

O

Flamengo

finalizou 16 vezes durante o jogo (uma de dentro da pequena área, sete vezes de dentro da grande área e oito de fora da área) e produziu o suficiente para marcar 1,59 gol. A melhor chance da equipe mandante foi justamente a finalização mais próxima ao gol de Weverton, com Arrascaeta acertando a trave dentro da pequena área direita aos 22 minutos do primeiro tempo. O uruguaio ainda acertou a trave de fora da área e somente outras duas finalizações exigiram defesas de Weverton.

Já o

Palmeiras

finalizou sete vezes na partida (quatro de dentro da grande área e outras três de fora da área) e produziu uma expectativa de gol de 0,87 xG. A finalização que gerou maior expectativa de gol (xG) foi o chute para fora de Raphael Veiga aos 16 minutos da primeira etapa, após lançamento do goleiro do

Palmeiras

que criou contra-ataque. Com Danilo, o

Palmeiras

exigiu duas intervenções de Hugo na partida.

Simulando 10 mil vezes cada finalização da partida, o

Flamengo

sairia com a vitória em 54% das vezes, o empate ocorreria 25% das vezes e o

Palmeiras

sairia do Maracanã com os três pontos em 21% das vezes.

Você poderá encontrar gráficos e análises de demais jogos no

Twitter do Espião Estatístico

.

O indicador de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG) é uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência mais de 83 mil finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em mais de 3,3 mil jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. São consideradas a distância e o ângulo da finalização em relação ao gol, a parte do corpo utilizada para concluir, se a finalização foi feita de primeira ou foi ajeitada , se o chute foi feito com a perna boa ou ruim do jogador, assim como a origem do lance (se a partir de um cruzamento, falta direta, de uma roubada de bola, etc). Também são levados em conta o valor de mercado das equipes em cada temporada a partir de dados do site Transfermarkt, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

Como exemplo, de cada cem finalizações da meia-lua, apenas sete viram gol. Então, considerando somente a distância do chute, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada finalização de cada equipe recebe um valor e é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

Sendo assim, conseguimos identificar quem são jogadores e equipes que acabam performando acima ou abaixo do que se esperava em uma partida ou até mesmo em um campeonato. Vale lembrar de que o futebol é o esporte em que o acerto é mais raro (neste caso o gol) e isso faz com que nem sempre o placar final de um jogo seja condizente com a performance das equipes em campo.

*Bruno Imaizumi é economista parceiro da equipe do Espião Estatístico, que é formada por: Felipe Tavares, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Mateus Pinheiro, Roberto Maleson e Valmir Storti.



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