O São Paulo não saiu do zero contra a Inter de Limeira no Morumbi e o Santos perdeu de 3 a 2 do Mirassol fora de casa pelo Paulistão. Já o
Corinthians
venceu a terceira seguida sob o comando do técnico interino Fernando Lázaro, mas segue à procura de um novo treinador. Na Supercopa do Brasil,
Atlético-MG
e Flamengo vão se enfrentar na Arena Pantanal em duelo envolvido de muita polêmica e reclamação.
No
Posse de Bola #203
, os jornalistas Eduardo Tironi, Arnaldo Ribeiro, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam a falta de criatividade do São Paulo de Rogério Ceni, o risco de demissão de Fábio Carille no Santos, a busca por um técnico estrangeiro no Corinthians e a disputa de bastidores entre Atlético-MG e Flamengo às vésperas da Supercopa do Brasil.
Em relação ao empate sem gols do São Paulo diante de sua torcida no Morumbi, Arnaldo Ribeiro destaca que o time marcou apenas um gol nas últimas três partidas em casa e afirma que o estilo de jogo adotado por Rogério Ceni lembra mais a passagem de Fernando Diniz pelo clube do que o modelo de Henán Crespo. Para o comentarista, o Tricolor tem muita posse de bola mas sofre com falta de criatividade.
“É previsível demais a forma do São Paulo jogar. O Rogério coloca o conceito acima da característica dos jogadores, eu discordo. Tem procurado fazer o time mais horizontal e menos vertical, é uma opção rodar a bola o tempo todo com paciência até criar uma situação. É uma opção do treinador, uma ideia que se aproxima muito mais do modelo do Fernando Diniz do que do Hernán Crespo, que procurou adaptar o time às características dos jogadores, que é a principal função do técnico”, avalia Arnaldo.
Já sobre a contratação do novo técnico do Corinthians, Juca Kfouri afirma que a busca da diretoria por um nome estrangeiro segue muito mais uma “modinha” do
futebol
brasileiro do que uma lógica de trabalho ou uma filosofia de jogo.
“Tem um nome, Luís Castro, fizeram uma entrevista e ficaram muito bem impressionados, parece que é um especialista em trabalhar a base. Mas se você olhar o currículo dele, não enche os olhos, sempre como treinador de clubes menos, com uma boa experiência internacional, rodado, mas virou uma modinha buscar o técnico fora, é uma loteria, a gente tem visto técnicos de fora não darem certo. Revela o deserto dos treinadores brasileiros, porque não ter nenhuma opção aqui no Brasil dá a medida. O presidente do Corinthians diz que mudou de ideia em relação a técnicos estrangeiros, mas o Luís Castro é uma incógnita”, diz Juca.
No que diz respeito ao embate entre Atlético-MG e Flamengo na Supercopa do Brasil, na Arena Pantanal, domingo às 16h, Mauro Cezar Pereira detona o clima que se criou nos bastidores do confronto. Segundo ele, os dirigentes do Galo exageraram nas reclamações nas últimas semanas e, como resultado, não se fala sobre o jogo e seus protagonistas, como Hulk e
Gabigol
.
“Toda essa celeuma começa por causa de reclamações ridículas dos dirigentes do Atlético-MG. São umas malas pesadas enchendo o saco, só reclamando. Ninguém fala do Turco Mohamed, Paulo Sousa, Hulk, Gabigol, Nacho, Arrascaeta. Não se fala do jogo, é muito chato. Nem tenho expectativa que seja um grande jogo, são dois times em formação, dois técnicos recém-chegados, o Flamengo troca toda hora de escalação, e o Atlético ganhou do Atlhetic essa semana com um pênalti esquisito, muito mal marcado”, critica Mauro.
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