O Palmeiras venceu o Al Ahly por 2 a 0 e vai enfrentar o Chelsea na final do Mundial de Clubes, neste sábado (12), às 13h30 (horário de Brasília). No Campeonato Carioca, o Flamengo venceu mas Paulo Sousa escutou as primeiras vaias, enquanto o Fluminense venceu mais um clássico, agora contra o Botafogo, 2 a 1 de virada. Pelo Paulistão, o
Corinthians
engatou a segunda vitória seguida e o São Paulo, a primeira na competição.
No
Posse de Bola #201
, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam o embate Palmeiras e Chelsea na decisão do Mundial, a fase de testes de Paulo Sousa no Flamengo, a segundo vitória do Fluminense em dois clássicos disputados, a vitória sofrida do Corinthians contra o Mirassol e o desabafo de Rogério Ceni no São Paulo, que lembrou os tempos de Telê Santana no Morumbi.
Em relação ao Mundial, Juca Kfouri avalia que o Palmeiras chega muito forte para a partida e que não há franco favorito na decisão, mas diz que o time do Chelsea leva vantagem técnica sobre o rival.
“Em determinado momento do jogo do Chelsea, cheguei a achar que não daria para o Palmeiras, mas o Chelsea morre no segundo tempo. Se o Palmeiras jogar seu melhor
futebol
e o Chelsea também, o Chelsea será campeão. Jogador por jogador o Chelsea é bem melhor, mas o time e a segurança que o Palmeiras mostrou e os vacilos do Chelsea me levam a achar que não há favorito. É um jogo que parece igual, qualquer um dos dois pode ganhar”, afirma.
No que diz respeito à vitória do Flamengo por 2 a 1 contra Audax-RJ, na qual Paulo Sousa foi vaiado e chamado de “burro” por alguns poucos torcedores, Mauro Cezar afirma que a diretoria do clube precisa dar respaldo ao técnico português, que trata o Campeonato Estadual como laboratório para a temporada. O comentarista pondera, no entanto, que está na hora de começar a montar a espinha dorsal do time.
“Ele deveria definir uma espinha dorsal e trabalhar em cima disso, mas não tem tido alguns jogadores que sentiram o ritmo mais forte de treinamento no início da temporada, como Bruno Henrique, David Luiz e Diego Alves, que só ontem ficou no banco. É fase de teste, laboratório, e vai continuar sendo assim, a reconstrução do time vai levar tempo, não tem cabimento essa histeria. O Flamengo tem que ter muita frieza e os dirigentes darem suporte para a comissão técnica”, analisa.
Já sobre a primeira vitória do São Paulo no Paulistão, que ficou marcada pelo desabafo e pelas cobranças de Rogério Ceni, Arnaldo Ribeiro diz que pela primeira vez desde seu retorno ao Morumbi o técnico foi abraçado pela torcida. Segundo ele, as declarações de Ceni após a partida lembraram os tempos de Telê Santana, que soltava o verbo quando achava necessário.
“A voz da arquibancada é sagrada. Até essa partida existia uma certa guerra fria desde que ele voltou ao São Paulo, a torcida o recebeu com frieza e o desconforto do Ceni com isso era evidente. Antes do jogo contra o Santo André, ao saber de possíveis reclamações de jogadores e funcionários pelos métodos de cobrança do Ceni, a torcida organizada resolve abraçar o Rogério pela primeira vez desde a volta”, analisa.
“Pela primeira vez ele teve seu nome gritado no Morumbi e pela primeira vez foi o Ceni que estamos acostumados a ver, do conflito. Nas cobranças internas que ele fez ao São Paulo ele lembrou o Telê, de quem foi discípulo, e com quem aprendeu muita coisa, chegar antes, sair depois, olhar o buraco do campo, a água da piscina, que foi a imagem do discurso. Ao apontar o dedo, ele atingiu os alvos certeiros, que não são os jogadores, são os feudos no centro de treinamento”, acrescenta.
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