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Por que seleção vira meta cada vez mais difícil para Gabigol e Pedro


Da carreira de Pedro ele próprio cuida,

parafraseando o atacante

. Mas enquanto não há mudança de cenário na disputa com

Gabigol

pela titularidade no

Flamengo

, a meta de uma vaga na

seleção brasileira

parece algo cada vez mais difícil. Para ambos. Isso acontece por causa do contexto que envolve convocações recentes, observações da comissão técnica e o bom desempenho de quem disputa vaga com eles e só cresce nos últimos meses.

Pedro e Gabigol até apareceram na pré-lista de Tite para os jogos contra Chile e Bolívia, na data Fifa de março, mas não entraram na convocação final. Gabigol foi chamado pela última vez para os jogos de janeiro deste ano, contra Paraguai e Equador. Pedro, por sua vez, apareceu na seleção em novembro de 2020 e só entrou em campo uma vez, por 22 minutos contra a Venezuela.

O contexto do Flamengo também pode ter seu preço.

O time vive um período de altos e baixos

sob o comando de Paulo Sousa, o que compromete o encanto ao redor dos atacantes.

A comparação Gabigol x Pedro na seleção


Gabigol —

São cinco convocações no ciclo da Copa do Mundo (Eliminatórias: Equador e Paraguai em junho de 2021; Copa América 2021; Eliminatórias: Chile, Argentina e Peru em setembro de 2021; Eliminatórias: Venezuela, Colômbia e Uruguai em outubro de 2021; Eliminatórias: Equador e Paraguai em janeiro de 2022). Não é convocado há 1 lista. Atuação: 13 jogos (7 como titular, 6 como reserva), 3 gols, 690 minutos, 2 cartões amarelos.


Pedro —

São duas convocações no ciclo da Copa do Mundo (amistosos El Salvador/EUA em setembro de 2018; Eliminatórias: Venezuela/Uruguai em novembro de 2020). Não é convocado há 7 listas. Atuação: 1 jogo (como reserva), 22 minutos.

Quem está na concorrência pesada?

A comissão técnica da seleção não incluiu Pedro e Gabigol nas convocações recentes simplesmente porque entendeu que eles não eram os melhores para estar ali. Chamá-los para os três amistosos de junho – contra Coreia do Sul, Japão e Argentina – demandaria uma mudança de visão a respeito da dupla. Não há sinal de que isso tenha ocorrido, embora Tite tenha dito que eles continuam no radar.

É que a ideia na seleção não é abrir uma temporada de testes deliberada a tão pouco tempo da Copa, e, sim, trabalhar o grupo para evoluir os conceitos ofensivos e defensivos no que Tite chama de três fases do campo – baixa, média e alta. Traduzindo o tatiquês: como a seleção constrói a jogada a partir da defesa, como faz a transição no meio-campo e como resolve as coisas no ataque. O mesmo vale para o comportamento defensivo (da pressão lá na frente a um bloco mais baixo, próximo à própria área).

Tite - Lucas Figueiredo/CBF - Lucas Figueiredo/CBF

Tite orienta jogadores durante treino da seleção na Granja Comary: fase de testes de jogadores já acabou

Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Nos jogos mais recentes da seleção, Matheus Cunha ganhou espaço – isso antes da lesão -, Richarlison reforçou a tese de que joga melhor com a Amarelinha do que no seu próprio clube e Tite testou até uma formação sem um centroavante de ofício.

Ao mesmo tempo, os candidatos a atuar pelas pontas do ataque da seleção parecem borbulhar diante de Tite – como Antony, Raphinha, Rodrygo e Gabriel Martinelli.

Assim, o espaço fica mais restrito para os atacantes do Flamengo

.

Gabigol e Tite - Lucas Figueiredo/CBF - Lucas Figueiredo/CBF

Gabigol comemora com Tite gol contra a Venezuela

Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Em termos de característica, Gabigol não é uma singularidade no leque que Tite tem à disposição. É um jogador de combinações (passes curtos) e ataque ao espaço, um perfil comparável ao de Richarlison, Gabriel Jesus e até Roberto Firmino.

Pedro, por sua vez, é um pivô mais raro. Ele não faz jogadas em velocidade, fica mais plantado na área e contra adversários que marcam muito próximos à área tem virtudes que podem ser importantes. O próprio treinador admite que pode precisar disso em jogos mais truncados que eventualmente tiver na Copa do Mundo. Mas a falta de minutos no Fla atrapalha muito, e não deve mudar tão cedo, porque o atacante afastou os rumores de transferência em busca de mais tempo de jogo fora do clube.

Ao mesmo tempo, Gabriel Jesus ressurgiu jogando centralizado e fazendo muitos gols no Manchester City, justamente em um período de observações in loco da comissão técnica. Foi o ele quem teve o melhor desempenho na passagem dos auxiliares Cleber Xavier e Matheus Bachi pelo Velho Continente.

No lado de cá do Atlântico, Tite até esteve no Flamengo x Palmeiras recente, pelo Brasileirão. Mas o jogo foi 0 a 0, com Gabigol passando em branco e Pedro entrando só nos minutos finais.

Gabriel Jesus - Abdullah Mulla/Divulgação - Abdullah Mulla/Divulgação

Gabriel Jesus marcou quatro gols pelo Manchester City contra o Watford sob os olhares da comissão técnica

Imagem: Abdullah Mulla/Divulgação

O que a comissão técnica da seleção viu in loco:


Gabriel Jesus

– 194 minutos em campo (três jogos, dois como titular): 5 gols, 1 assistência, 1 cartão amarelo


Vini Jr

– 178 minutos em campo (dois jogos, ambos como titular): 1 gol, 1 assistência


Gabigol

– 176 minutos em campo (dois jogos, ambos como titular): 1 gol, 2 cartões amarelos


Richarlison

– 90 minutos em campo (um jogo, como titular): 1 cartão amarelo


Raphinha

– 90 minutos em campo (um jogo, como titular)


Rodrygo

– 70 minutos em campo (um jogo, como titular)


Matheus Cunha

– 30 minutos em campo (um jogo, como reserva)


Gabriel Martinelli

– 26 minutos em campo (um jogo, como reserva)


Pedro

– 4 minutos em campo (um jogo, como reserva)

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