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Os problemas táticos do Flamengo contra o Ceará


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Utilizando uma equipe alternativa, o Flamengo perdeu dois pontos no Maracanã contra o Ceará. A partida do último domingo (4) foi marcada pela arbitragem, mas também por algumas opções de Dorival Jr.

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Flamengo sem profundidade tem dificuldades para atacar o Ceará

Sem Lázaro, vendido ao Almería, o técnico rubro-negro optou por utilizar Gabi centralizado no 4-3-3. Em tese, o camisa 9 entrou em campo para buscar emular os movimentos de apoio da joia vendida ao futebol espanhol. Na prática, a equipe teve problemas para gerar profundidade.

Gabigol não consegue fazer o pivô e afundar a zaga adversária como Pedro. Bem como também não gera apoio mais centralizado recuando como Lázaro. O “Príncipe da Gávea” sai bastante da área, mas com muito mais naturalidade partindo da esquerda, não do centro.

Além disso, a equipe teve dificuldades para realizar a saída de bola. O Ceará iniciou o jogo com Vina e Jô em pressão média nos zagueiros David Luiz e Léo Pereira. Pulgar recuou para gerar superioridade numérica na defesa, esvaziando o meio.

Nesse sentido, Diego tinha a responsabilidade de gerar opção de passe no meio, mas o camisa 10 não conseguiu ser eficiente. A demora para realizar os apoios e acelerar o jogo fazia a equipe ser previsível. Sem Pedro para sair com bolas longas, o Flamengo tinha o passe mascado.

Pelo lado, Varela chegou no início no jogo a gerar apoio pela direita, mas com o tempo passou a ser melhor marcado por Mendoza. Como resultado, o Mengão tinha uma posse inócua por muitos momentos.

Passes laterais, sem opções para usar com maior frequência para a bola longa. Sofrendo muitas vezes para sair com a bola e distante do gol do Ceará.

Flamengo chega a criar algumas chances, mas sofre o gol no fim da primeira etapa

Ainda assim, o Flamengo conseguiu agredir o Ceará no primeiro tempo. Em especial nas transições ofensivas. O pós-perda funcionou bem e condicionou bons ataques do Flamengo pela esquerda.

E em poucos lances também conseguiu construir pela esquerda, nos momentos em que Cebolinha e Diego conseguiram atacar um pouco. Todavia, pouco volume ofensivo para 45 minutos de primeira etapa no Maracanã.

O primeiro tempo terminou com uma ducha de água fria: no único contra-ataque do Ceará, Mendoza foi bem acionado e venceu seu duelo com Pulgar. Jô acompanhou o atacante colombiano e acertou no canto de Santos. 0x1.

Após o intervalo, Dorival Jr. fez um mudança quádrupla e colocou em campo quase toda equipe titular do meio para frente, com exceção de Arrascaeta. Com Vidal mais avançado, o Fla voltou a campo num 4-1-3-2 muito agressivo.

Pulgar se tornou um terceiro zagueiro de fato com bola, enquanto Vidal com muita dinâmica conseguia acionar os lados do campo. Além disso, com Pedro, o Mengão enfim tinha profundidade para afundar o Ceará no seu campo e ter mais facilidade para circular.

Assim, naturalmente, o Flamengo empatou o jogo. Em cobrança de escanteio de Cebolinha, Richard desviou para trás e Gabi completou de cabeça para o gol. 1×1. Após sete minutos de amplo domínio, a virada parecia se encaminhar com tranquilidade.

Expulsão de Jô enerva o jogo

Aos 16 minutos, Jô foi expulso e o jogo ganhou outra rotação. Apesar de ter um jogador a mais, o Flamengo passou a lidar com um adversário muito faltoso e que teve a condescendência da arbitragem para agir desta forma.

Contudo, o nervosismo rubro-negro foi o principal problema em campo. Execuções ruins para construção, que acarretaram muitos erros de passe e de decisão para encontrar o melhor companheiro em campo. O Mais Querido se perdia ofensivamente com um homem a mais.

Mesmo assim, o Flamengo seguiu gerando volume ofensivo. Sem a mesma organização que nas primeiros minutos da segunda etapa, mas forçou o goleiro João Ricardo a fazer boas defesas.

Enquanto Dorival Jr. tirou Pulgar para usar Matheus França como único volante, por outro lado o Ceará deu fôlego ao meio e o ataque com algumas trocas. David Luiz passou a ser um atacante nos minutos finais e o Mengão se expôs ainda mais em busca da vitória.

Gabi foi expulso no fim e praticamente encerrou as chances do Fla em conquistar três pontos. Antes de problemas táticos, o segundo tempo foi marcado por problemas técnicos da equipe.

Os problemas táticos do Flamengo contra o Ceará

Apesar de no segundo tempo o jogo ter entrado numa rotação muito favorável ao Ceará, picando o jogo com muitas faltas, o Flamengo se planejou mal inicialmente para o jogo. Independente da discussão em usar os titulares ou não.

A opção de Gabi como atacar centralizado desse esquema não funcionou. Assim como a dupla Pulgar e Diego também tiveram muitos problemas para sair para o jogo. A equipe precisava de opções de profundidade e apoio para ser mais agressivo nos 45 minutos iniciais.

Talvez a opção em Matheus França como meia centralizados fosse a melhor escolha para o cenário. Mas o fato é que Gabigol precisa de dinâmicas para gerar seu jogo pela esquerda para funcionar. Com Marinho aberto, o atacante fica limitado.

Por fim, a opção de Diego no lugar de Vidal é a mais discutível. O camisa 10 hoje não tem condições para atuar com e sem bola mais avançado. É atualmente a terceira ou quarta opção como primeiro volante, onde ainda é útil para a equipe.

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