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Morte de Doval faz 30 anos hoje: leia 30 causos do ídolo da dupla Fla-Flu


Para a coluna, Carlitos Tevez, ”

Loco

” Doval e Andrés D’Alessandro são os três argentinos mais idolatrados da história do

futebol

brasileiro. O ”

Apache

” Tevez e o ”

Cabezón

” D’Alessandro seguem por aí. Chegou a hora de conhecer e relembrar quem foi Narciso ”

El Loco

” Doval, cujo apelido “louco” era pouco.

A pinta de galã e o futebol de craque marcaram o Rio de Janeiro nos anos 1970. Há exatos 30 anos, sua vida chegava ao fim, mas sua lenda atravessaria o tempo. Hoje (12) é o dia propício para homenageá-lo e apresentá-lo às novas gerações. Confira 30 episódios da sua breve e intensa trajetória:


1.

Revelado pelo San Lorenzo no famoso time chamado de ”

Los Carasucias

” pela irreverência, Doval foi trazido ao Flamengo por Tim, seu técnico em Buenos Aires. Daí para o Rio, um pulo, como ”

Loco

Doval” ou ”Diabo Loiro”.


2.

”Doval é para o Rio o que Pelé é para o restante do Brasil”, chegou a publicar o jornal ”Clarín”, o maior da Argentina, ilustrando sua idolatria.


3.

Os primeiros dias de Doval no Rio em 1969 foram vividos no apartamento de outro argentino famoso no Brasil dos anos 70: o goleiro Andrada, do

Vasco

.


4.

Teve problemas no Flamengo em 1970 com o autoritário técnico Yustrich que queria cortar seus cabelos e ditar suas roupas.


5.

Os conflitos resultaram em sua volta à Argentina, mesmo a contragosto. Jogou em 1971 no Huracán e foi treinado pelo histórico César Luis Menotti.


6.

Foi sob o comando de outro histórico – Zagallo – que retornou ao Flamengo em 1972 para fazer a inesquecível dupla com Zico.


7.

Foi sondado para jogar no Racing da França. ”Que França? O Rio é muito melhor. Nem louco vou morar no frio”. Ipanema era o seu lugar no mundo.


8.

Mudou para o Fluminense em 1975 e passou a ouvir a torcida do Flamengo o chamar de ”

chincheiro”

– “maconheiro”.


9.

Gozava com sua fama de maconheiro. Costuma responder ‘sou mesmo, e daí?’ só para encerrar o assunto. Dizia se cuidar. Suas atuações confirmavam.


10.

Brincava que não aceitaria jogar no Vasco ”porque ficava longe da praia”.

loco - Reprodução web - Reprodução web

Narciso ‘Loco’ Doval, argentino que fez sucesso no Flamengo e Fluminense dos anos 1970

Imagem: Reprodução web


11.

Dizia que usava a praia para treinar o físico jogando

vôlei

, futevôlei e fazer caminhadas. Era fanático por tênis.


12.

Tão ídolo, virou até

música

, de Marcos Valle: ”Parece que finalmente resolvemos o dilema, Dario e Doval jogando juntos sem problemas?”.


13.

Poucos sabem, mas Doval se naturalizou brasileiro: há exatos 40 anos, em 1976. Dava entrevistas dizendo ”Nós, brasileiros?”.


14.

No Flamengo, cavava faltas para Zico cobrar. No Fluminense, fazia o mesmo para Rivellino. Brigava, xingava, provocava. Enlouquecia a torcida.


15.

Fez um dos gols mais celebrados do Maracanã (127.052 pagantes), o que deu o Carioca 1976 ao Flu aos 13 minutos da prorrogação ante o Vasco.


16.

Média de público daquele quadrangular final? “Só” 91.140 por jogo.


17.

Não se intimidava com as entradas que levava dos zagueiros. Chegava perto deles e dizia: ”Hoje vou dar a primeira”. E metia o pontapé sem dó.


18.

Outra diversão: usar a mão, o braço e até o dedo para revidar a deslealdade de volantes e defensores.


19.

Chegou a ser cotado por Menotti para jogar a Copa de 1978, quando estava ainda no Fla, mas a pecha de indisciplinado tirou suas chances.


20.

A pinta de galã lhe rendeu vários convites para atuar em novelas. Dizia não ter tempo. Preferia curtir as praias de Ipanema.

loco - Reprodução Revista Gente - Reprodução Revista Gente

Doval acompanhado no mar, postal de uma época dourada do Rio

Imagem: Reprodução Revista Gente


21.

Viajou à Espanha na Copa de 1982 para torcer – na arquibancada – pela seleção brasileira, algo hoje impensado, ainda mais para um naturalizado.


22.

Vivia exaltando o futebol brasileiro e menosprezando o Campeonato Argentino: “Uma porcaria, por isso não tem brasileiro lá”.


23.

Idolatrava o zagueiro Brito: “Voltou campeão da Copa do Mundo do México e treinava como garoto. Humildade”.


24.

Era um notório mão de vaca. Tomava café e comia na rua e saía sem pagar nada: ”Ídolo não mexe no bolso”.


25.

Zico conheceu Sandra, sua esposa há 46 anos, porque ela era fã de Doval e ia aos treinos do Flamengo para suspirar pelo argentino.


26.

Outra famosa fã do ”

Loco

“? Ninguém

menos que Xuxa

.


27.

Doval era ”

muy amigo

” do argentino Héctor Veira, que foi jogar no

Corinthians

quase como pretexto para visitar Doval no Rio sempre que podia.


28.

Em 2001, ficou em terceiro em votação da revista ‘Placar’ como melhor gringo a jogar no Brasileirão, atrás de Figueroa e Pedro Rocha.


29.

Morreu aos 47 anos na saída de uma boate de Buenos Aires depois de comemorar uma vitória do Flamengo: parada cardíaca, causa da morte do pai.


30

. Ruy Castro, em sua enciclopédia de Ipanema, cravou certeiro: “Doval foi Flamengo até morrer”.

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