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Libra e Forte Futebol se reúnem em São Paulo por consenso, mas discordância por dinheiro continua




Reforçada com a entrada do Grêmio


, a Libra (Liga Brasileira de Clubes) se reuniu nesta segunda-feira (18) em São Paulo (SP) com representante do


Forte Futebol

.

Esta última é uma dissidência com 25 integrantes das séries A e B, que discorda de pontos principalmente financeiros do grupo que luta para organizar o


Campeonato Brasileiro


a partir de 2025.




+ GALERIA: Veja quais clubes já aderiram à Libra e quem está à espera

O encontro, mantido em sigilo pelos dirigentes, foi o primeiro passo entre os dois grupos para que haja um consenso no passo de formalizar a passagem da organização do Brasileirão para os clubes.

Segundo o

LANCE!

apurou, dirigentes de Bragantino, Corinthians e Santos, que representaram a Libra, colocaram na mesa os nomes escolhidos dos gerentes da futura Liga. Há aprovação por parte do Forte Futebol, principalmente pelo fato de serem executivos “isentos”, sem histórico em clubes e virem da iniciativa privada.

O ponto de discordância continua sendo o dinheiro. Os porta-vozes da Libra apontaram novamente a proposta da Codajas Sports Kapital (CSK), empresa com quem o grupo já tem engatilhada junto ao banco BTG o acordo para assumir as rédeas do negócio em 2025. Neste ano em questão, os atuais contratos da CBF envolvendo o Brasileirão se encerram.

Na tentativa de acerto, a Libra define a manutenção de 40% da receita igualmente entre todos os participantes da competição, 30% de variável por performance e 30% por engajamento, mas só se as receitas se mantiverem até R$ 4 bilhões.



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Caso passe desse montante, a Libra admite adotar o modelo da inglesa Premier League, exigido pela Forte Futebol: 50% divididos igualmente, 25% por performance e 25% da receita nos critérios de engajamento.

– É o mais próximo do que eles (Forte Futebol) pediam que conseguimos. Importante lembrar que no próprio estatuto que eles receberam as projeções indicavam receita mínima de R$ 5,1 bilhões. Ou seja, será pelo menos R$ 1 bilhão divididos da forma que eles querem. Não é pouca coisa – disse um dirigente que preferiu não se identificar em contato com a reportagem do L!.

Para a Série B, a ideia da CSK é fixar o repasse de receitas em 20%, um meio termo entre os 15% iniciais e os 25% pedidos pelos clubes da Série B.

– A reunião foi muito boa, histórica na minha opinião. Teve muita convergência de ideias, os princípios estão muito próximos de serem os mesmos. O objetivo é que agora possamos levar isso para os demais clubes, para que tenhamos continuidade no processo de formação da Liga. Vejo tudo isso com muito otimismo, pois os clubes estão pensando de forma parecida. Aquilo que poderia ser distante em algum momento, agora está muito mais possível de fazer parte de uma proposta única de uma Liga única dos 40 clubes. O Internacional está trabalhando coletivamente com todas as agremiações para que isso se concretize – disse o presidente do Internacional, Alessandro Barcellos.

– Foi uma reunião muito positiva. Viemos propostos ao diálogo, os clubes também vieram com esse objetivo. Foi uma reunião em que todos buscaram o entendimento. Juntos podemos fazer do Campeonato Brasileiro uma liga ainda mais forte – destacou Marcelo Paz, presidente do Fortaleza.

Pelo estatuto da CBF, a implementação da Liga está garantida à Libra por ela cumprir a norma de possuir um terço dos 40 participantes das Séries A e B. Contra isso, o Forte Futebol respondeu com a criação de um estatuto próprio. O que na prática, lhe deu arma para protocolar sua própria Liga caso esse passo seja dado sem consentimento as partes.


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ENTENDA TUDO SOBRE A FORMAÇÃO DA LIGA BRASILEIRA DE CLUBES:

PODER

Quem vai mandar na Libra? Essa é uma pergunta essencial para parte dos 25 integrantes do Futebol Forte. Há consenso entre Athletico, Fortaleza e Fluminense, o trio de ferro do bloco, que paulistas e Flamengo querem enfiar a entidade na marra e que haverá pouco espaço para eles na cadeia de comando, mesmo sob uma hipotética gerência empresarial com profissionais de fora.

Há reclamação por parte dos times da Série B também, com o estatuto da Libra como foco. Isso porque o texto prevê que os 20 integrantes da Série B tenham poder de voto de peso um ante o peso dois dados aos da Série A.

O DINHEIRO

É importante ressaltar que o Brasileirão da Libra entraria em funcionamento’, digamos assim, apenas em 2025, quando vencem os atuais contratos da CBF com patrocinadores e, principalmente, a TV Globo.

Diante disso, a Liga já está acertada com a Codajas Sports Kapital (CSK), que tem o apoio do banco BTG e promete receitas na margem de até R$ 5,1 bilhões com patrocínios e direitos de transmissão.

TV

Nos bastidores, conforme o L! apurou, Amazon e Globo, dobradinha que já atua na Copa do Brasil, por exemplo, estariam de olho na Libra e demonstraram interesse na compra conjunta dos direitos.

Há ainda questões como direitos ao nome do torneio, publicidade estática nos campos de jogo, exploração da marca e TV no exterior, que aumentaria o faturamento. Segundo estudos da Liga, o Brasil tem potencial para pelo menos se igualar à França, o que deixaria o país entre as dez ligas mais valiosas do mundo.

O QUE A LIBRA DEFINIU

Em seu estatuto, a Libra definiu a divisão de 40% da receita igualmente entre todos os participantes da competição, 30% de variável por performance e 30% por engajamento.

Esse último item é definido por critérios como média de público no estádio, base de assinantes de pay-per-view, número de seguidores e engajamento em redes sociais, audiência na televisão aberta e tamanho da torcida.

FUTEBOL FORTE DISCORDA

O grupo inicialmente formado apenas pelos emergentes da Série A aponta os critérios como os principais motivos pelas suas insatisfações. Segundo eles, a própria Libra detalha que a diferença entre o campeão brasileiro e o lanterna da competição, por essa divisão, geraria um abismo de até 6,5 vezes na receita de cada um dos clubes.

O Futebol Forte quer uma cópia da divisão adotada na Premier League, da Inglaterra: 50% divididos igualmente, 25% por performance e 25% da receita nos critérios de engajamento, que poderia ser rediscutida adiante. Segundo eles, isso faria cair a diferença entre primeiro e último para 3,5 vezes, valor considerado mais justo.

SÉRIE B

A divergência atingiu a Série B. Isso porque a Libra definiu em seu estatuto o repasse de 15% das receitas para a competição, podendo chegar a 20% caso os grandes caiam. Mas os clubes querem mais.

A proposta dos integrantes da Série B é de repasse de 25%. A proposta teve o apoio do Futebol Forte, que com isso angariou a adesão de 12 participantes da competição.

CONCORDÂNCIA

Nem todos os pontos entre Libra e Futebol Forte são de discórdia. Ambos aprovam, por exemplo, cláusulas de fair play financeiro colocadas no estatuto.

O trecho, inclusive, determinará punição aos clubes que infringirem a regra. É possível que haja perda de pontos, rebaixamento, impedimento de registro de atletas e até sanções financeiras aos que gastarem mais do que o permitido pelo regulamento da competição.


TABELA


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QUEM JÁ É INTEGRANTE DA LIBRA

Corinthians

São Paulo

Palmeiras

Santos

Bragantino

Ponte Preta

Flamengo

Vasco

Botafogo

Cruzeiro

Novorizontino

Guarani

Ituano

Grêmio

QUEM INTEGRA O FUTEBOL FORTE

Athletico

América-MG

Atlético-GO

Avaí

Brusque

Ceará

Chapecoense

CSA

CRB

Coritiba

Criciúma

Cuiabá

Fluminense

Fortaleza

Goiás

Juventude

Londrina

Náutico

Operário

Sampaio Corrêa

Sport

Tombense

Vila Nova

Internacional

Atlético-MG

QUEM SÃO OS MODERADORES E AINDA NÃO APOIARAM NENHUM DOS LADOS

Bahia

Alessandro Barcellos - Internacional

Alessandro Barcellos,  presidente do Inter, representou Forte Futebol (Foto: Maina Garcia/Fluminense FC)

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