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Lázaro une gol decisivo pelo Flamengo ao de Carlos Eduardo em 2013 em uma palavra: “Esperança”


O dia seguinte à classificação do

Flamengo

às quartas de final da Copa do Brasil com vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG teve torcida, Arrascaeta e outros protagonistas como assuntos principais. Mas e o gol de Lázaro no primeiro jogo: alguém é capaz de esquecê-lo e ignorar sua importância?

– Foi um momento que vai ficar marcado para a minha vida esse gol, ainda mais por tudo que se tornou. Pela energia, pela atmosfera que esse jogo ganhou. Desde de o momento que entramos no Maracanã e vimos aquela torcida maravilhosa fazendo aquela festa incrível. E por tudo que se tornou, pelos cartazes que a torcida do

Flamengo

botou quando a equipe do Atlético chegou. Caraca, aquele foi o gol da classificação (risos) – afirmou Lázaro em sua primeira resposta em longa entrevista ao ge.


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Não, ninguém esqueceu, e logo surgiram comparações. Os mais otimistas e supersticiosos rubro-negros falavam ainda após o jogo de ida, disputado em 22 de junho, que Lázaro repetiria o que Carlos Eduardo fizera nove anos antes.

Há semelhanças e diferenças. O placar, o estádio e a fase da Copa do Brasil foram os mesmos: 2 a 1 para o mandante, Mineirão e oitavas de final.

Os adversários, porém, mudaram. E os cenários também. Em 2013, o Cruzeiro. Em 2022, o Atlético-MG. Na ocasião anterior, o rival era muito favorito. Na mais recente, equilíbrio total.


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Lázaro comemora gol em Atlético-MG x Flamengo no jogo de ida entre os times pela Copa do Brasil — Foto: Fernando Moreno/AGIF
1 de 6 Lázaro comemora gol em Atlético-MG x Flamengo no jogo de ida entre os times pela Copa do Brasil — Foto: Fernando Moreno/AGIF

Lázaro comemora gol em Atlético-MG x Flamengo no jogo de ida entre os times pela Copa do Brasil — Foto: Fernando Moreno/AGIF

Diferença também há em relação ao status dos atletas. Lázaro hoje é visto como uma das grandes joias, principalmente após Paulo Sousa lhe dar minutos e chances para mostrar um bom futebol em 2022. Carlos Eduardo, por sua vez, sofria com a impaciência da torcida por não conseguir justificar a credencial de principal reforço para a temporada.

No papo com o

ge

, Lázaro escolheu involuntariamente uma palavra para unir 2013, que terminou com o

Flamengo

campeão, e 2022:

esperança


.

– Foi o gol que ajudou para caramba, o gol que deu a

esperança


– disse Lázaro, ainda sobre o toque de primeira após cruzamento de Rodinei, há três semanas atrás.


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O atleta diz ter viajado no tempo imediatamente após vencer Éverson no Mineirão. E afirma que, embora tivesse apenas 11 anos, o gol de Carlos Eduardo ainda está fresco na memória.

– Lembro muito bem desse gol do Carlos Eduardo, que deu uma esperança gigantesca. Gigantesca (risos) nesse jogo aí, lutou e acreditou até o final. Dessa vez conosco não foi diferente.

Comparações à parte, Lázaro afirma que mais do que classificar como o “da classificação” ou não, o gol marcado aos 35 minutos da etapa final lá em junho

trouxe a certeza da reviravolta no Maracanã

.

– Quando fiz o gol lá todo mundo no vestiário ficou muito tranquilo e muito confiante porque sabíamos que íamos dar conta do recado no jogo aqui do Maracanã.

Confira o papo na íntegra com a joia do Ninho:


Talvez esse gol tenha sido o mais importante de sua trajetória profissional. Concorda com torcedores que você repetiu o Carlos Eduardo e fez o gol da classificação?

– Foi um momento que vai ficar marcado para a minha vida esse gol, ainda mais por tudo que se tornou. Pela energia, pela atmosfera que esse jogo ganhou. Desde de o momento que entramos no Maracanã e vimos aquela torcida maravilhosa fazendo aquela festa incrível. E por tudo que se tornou, pelos cartazes que a torcida do

Flamengo

botou quando a equipe do Atlético chegou. Caraca, aquele foi o gol da classificação (risos). Foi o gol que ajudou para caramba, o gol que deu a esperança.

– Mas também tenho que enaltecer a equipe, que está fazendo um trabalho fantástico. Ontem não foi diferente. A equipe jogou muito. Na verdade a gente amassou o Galo, não deu espaço para eles. E sem contar essa torcida maravilhosa. Mano, até agora estou desnorteado com o jogo de ontem (risos).


Quando você marcou o gol em BH, começaram as comparações ao gol do Carlos Eduardo. Essa conversa chegou ao seu ouvido?

– Sim, já (risos). Na hora que eu fiz o gol e quando acabou o jogo, eu comecei a pensar nesse gol do Carlos Eduardo. Falei: “Ah, irmão, não vai ter jeito”. Os caras deixaram esse gol acontecer, então no Rio a coisa vai ser bem diferente. Não à toa deu tudo certo aqui. E quando a torcida está junto com equipe, e a equipe está bem, não tem como.

Carlos Eduardo comemora o gol diante do Cruzeiro em 2013 — Foto: Pedro Vilela / Ag. Estado
2 de 6 Carlos Eduardo comemora o gol diante do Cruzeiro em 2013 — Foto: Pedro Vilela / Ag. Estado

Carlos Eduardo comemora o gol diante do Cruzeiro em 2013 — Foto: Pedro Vilela / Ag. Estado


Você lembra da diferença de cenários? O Cruzeiro era favoritaço, e o seu



Flamengo



de hoje chega como favorito a todos os confrontos ou pelo menos em condição de igualdade.

– Lembro não tão bem, mas lembro um pouco com a equipe do Cruzeiro muito favorita, estava muito bem no ano.

Flamengo

não estava muito bem e se reconstruindo. É aquilo, cara. Quem joga no

Flamengo

, se veste essa camisa, é porque tem algo para mostrar e é porque foi escolhido por Deus para fazer alguma coisa.

– Nesses momentos decisivos sempre alguém vai aparecer, e a coletividade vai se fortalecer mais para um companheiro possa fazer seu nome. Se um companheiro faz seu nome, todo mundo faz. Lembro muito bem desse gol do Carlos Eduardo, que deu uma esperança gigantesca. Gigantesca (risos) nesse jogo aí, lutou e acreditou até o final. Dessa vez conosco não foi diferente.

– Quando fiz o gol lá todo mundo no vestiário ficou muito tranquilo e muito confiante porque sabíamos que íamos dar conta do recado no jogo aqui do Maracanã.

Lázaro cerra os punhos para comemorar o gol do Flamengo contra o Galo no Mineirão — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
3 de 6 Lázaro cerra os punhos para comemorar o gol do Flamengo contra o Galo no Mineirão — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

Lázaro cerra os punhos para comemorar o gol do Flamengo contra o Galo no Mineirão — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo


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Como está sendo 2022 para você depois de poucas oportunidades a partir de 2020, quando se profissionalizou? Paulo Sousa lhe deu espaço, e agora, com o Dorival, as chances tornaram-se mais escassas. Qual o balanço da temporada até então?

– O ano de 2022 está sendo muito especial e abençoado para mim, tenho que agradecer muito a Deus. Claro que meu começo no profissional não foi muito bom e nem o que eu esperava. Estava naquela de querer fazer gol logo e mostrar meu futebol, mas as coisas não são bem assim. Temos que pensar um passo de cada vez.

– Se eu tive essa fase no comecinho do profissional, eu agradeço muito a Deus por ter passado por isso para aprender muita coisa. É tudo no tempo de Deus. Se estou vivendo esse momento incrível, tenho que agradecer muito a todos que me ajudaram para fortalecer tudo isso.

– Agradecer em especial ao mister (Paulo Sousa), que me deu esse apoio quando chegou ao

Flamengo

. Me deu tranquilidade para fazer apenas o meu trabalho, sempre me dando confiança.

– Um cara bastante especial que tem me ajudado muito, e talvez vocês não saibam, é o David Luiz, um cara fenomenal. Tenho que agradecer muito pela convivência com ele nesses dias e meses.

– David é um ser humano incrível. Quando ele veio para o

Flamengo

, eu falei: caraca, o David Luiz, com Champions League, Copa do Mundo… David deve ser quieto, fechadão, aquele cara marrento. Só que é totalmente diferente. Sou muito próximo dele, próximo real mesmo. Ficamos zoando todo o dia.

– Tenho muito que agradecer por tudo que ele está fazendo por mim e por toda a molecada. Victor Hugo, Matheus França. Ele passa várias informações para nós em questão de jogo e de vida mesmo. Está sempre pontuando as coisas nas quais temos que melhorar. Sou muito novo, tenho muito que aprender e nada melhor do que aprender com o David Luiz.


Menos oportunidades com Dorival

– Claro que o Dorival chegou agora, a equipe está muito bem e jogando muito bem. Respeito a opinião do professor, mas a gente sabe muito bem como é o Dorival, um excelente treinador. Estou torcendo bastante para poder ajudar cada vez mais nosso grupo e para que possamos conquistar muitos títulos esse ano. O que vale no final é todo mundo estar alegre e comemorando.

– O importante é vir para somar, e eu estou quieto, fazendo meu trabalho. A oportunidade vai aparecer na hora certa. Com muita paciência e perseverança para aproveitar quando tiver oportunidade e para todo mundo estar abraçado e festejando que nem ontem (quarta).


Virada da chave no



Flamengo



após duas classificações com vitórias convincentes

– A confiança que esse jogo nos deu foi tremenda. Tremenda. Ainda mais por tudo que se tornou, como falei. Tenho certeza que esse jogo nos ajudou bastante a dar essa virada de chave. A equipe vem trabalhando muito bem, está muito focada naquilo que o Dorival vem passando para gente.

– Tenho bastante confiança nesse grupo e que até o final do ano vamos conquistar todos os títulos pela frente. Claro que sabemos de todas as dificuldades da Libertadores, do Brasileiro e da Copa do Brasil. Mas quando o

Flamengo

entra em campo é para vencer e ser campeão.


Apelido de Caju e Castanha ao lado de Matheus França

– Cara, isso aí foi o David. Na época, eu estava careca. Pintei o cabelo, fui inventar de passar outra mão no cabelo. Não era para passar, e o cabelo caiu. Voltei careca. Novo ano, voltei o novo Lázaro.

– Estávamos na academia, eu e França estávamos fazendo um trabalho, aí o David do nada vira e diz. Mano, vocês estão juntos toda hora. Vocês fazem lanche juntos. Olhei para o David e para o Matheus e falei: mano, ele vai falar alguma m… Ele falou: vocês parecem aquela dupla Caju e Castanha.

– A gente falou que não tinha nada a ver, mas aí Andreas ficou falando, Rodi ficou falando, Ribeiro já estava falando e uma porrada de gente. Falei: esquece, não tem o que fazer. Se ficar p… é pior (risos). Graças a Deus eles pararam com essa história.


Em 2013, o



Flamengo



passou pelo Cruzeiro, mas levou um golaço do teu companheiro Everton Ribeiro. Sonha em ser campeão agora com um novo golaço dele? É um cara que te inspira?

– Ribeiro é um cara por quem tenho um carinho enorme. Vejo a facilidade que ele tem para jogar futebol e para driblar o adversário. É um cara fenômeno. Na próxima fase, seja nas quartas de final ou semifinal, que ele possa fazer um gol igual ao que ele fez contra nós na época em que estava no Cruzeiro (risos).

– Que ele faça gol de chapéu, cabeça, bicicleta, voleio ou de bico, que seja. Que ele nos ajude para que possamos ser campeões. Sempre que treino e vejo os jogos procuro olhar bem o que ele faz em campo para botar em prática. Gosto de elogiá-lo bastante porque joga muito.


E o Everton Cebolinha: é mais um ponta que é referência para você? Joga pelo mesmo lado esquerdo que o seu.

– Desde a época do Grêmio sempre gostei de assistir ao Cebolinha por sua forma de jogar e da característica de ir para cima e sempre arriscar. Estou bastante feliz com ele no

Flamengo

. Claro que vai jogar ali pelo meu lado, mas sou um cara muito tranquilo. Se veio para ajudar, é isso que vale.

Everton Cebolinha no Flamengo — Foto: Fred Gomes / ge
4 de 6 Everton Cebolinha no Flamengo — Foto: Fred Gomes / ge

Everton Cebolinha no Flamengo — Foto: Fred Gomes / ge

– Cada um vai ter seu momento de jogo. Uma hora ele vai jogar muito bem, uma hora eu vou jogar muito bem, uma hora o Vitinho vai jogar muito bem. Se todo mundo tiver ajudando a equipe, isso que vale. Estou bastante feliz pelo Cebolinha, é um cara de quem estou me tornando mais próximo no clube. Cara muito gente boa, resenha para caramba e tem tudo para ajudar a nossa nação.


E a expectativa de jogar com o Vidal, um cara que certamente você já controlou no videogame e é uma figuraça?

– Falando do Vidal, eu jogava bastante com ele no videogame (risos). Sabemos muito bem da qualidade dele. Tem tudo para se identificar muito com o

Flamengo

pela forma que joga e pela raça. Ele põe a alma dentro de campo. E é aquilo: quando o

Flamengo

chega é complicado.


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