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Landim se fragiliza na crise e vê oposição renascer das cinzas no Flamengo


Embalado por títulos em série e com a situação financeira mais do que consolidada,

Rodolfo Landim se reelegeu presidente

do

Flamengo

sem maiores sustos.

Com uma sólida base de apoio, o mandatário bateu Marco Aurélio Assef, Walter Monteiro e Ricardo Hinrichsen, e estendeu o poder de um grupo que parecia hegemônico no clube após destronar a ala capitaneada por Eduardo Bandeira de Mello, antigos aliados que se tornaram inimigos ferrenhos.

A vitória de Landim e seus pares gerou um movimento de oposição que andava adormecido na Gávea. Cientes de que um projeto hegemônico poderia fechar ainda mais o círculo de decisões, integrantes das chapas derrotadas começaram a dialogar para criar um debate mais amplo no clube.

O grupo de Landim conseguiu vencer as eleições para todos os conselhos do clube, mas não sem encontrar alguma resistência interna. As coisas caminhavam com certa tranquilidade. Até que dois movimentos minaram a fortaleza de Landim: 1) A crise em campo com questionamentos à gestão do

futebol

2) O abalo na imagem do presidente por conta de sua

fracassada ida para a Petrobras

.

A indicação ao Conselho de Administração da Petrobras é um episódio central para explicar a perda de crédito do dirigente. Quando o assunto começou a pipocar na Gávea, houve uma divisão clara entre aqueles que não viam problema no acúmulo de funções e nos que entendiam que não seriam compatíveis os dois papéis. Naquele momento ainda era possível fazer com mais clareza uma demarcação entre situacionistas e oposicionistas.

Até que a posse do cargo, que era dada como certa por Landim, deu para trás por problemas do próprio dirigente. Um relatório interno da Petrobras apontou problemas de conflito de interesse por conta de um processo criminal do qual ele é réu e pelo seu relacionamento com o empresário Carlos Suarez.

Na madrugada após a perda do título do Carioca, Landim emitiu nota oficial declinando do convite. Em reunião na segunda-feira, diante de sua diretoria, ele repetiu sua argumentação em participação virtual do exterior. A posição foi recebida com descrença pelos próprios aliados do dirigente. Boa parte dos membros do Conselho Diretor achou que ele usou o Flamengo como justificativa, quando o motivo real eram seus próprios problemas.

Pior. Depois da reunião, os dirigentes ficaram sabendo, por meio de nota de

O Globo

, que Landim participou da reunião da Espanha, onde estava visitando vinícolas com Carlos Suarez. A viagem foi considerada imprópria por aliados próximos. Houve quem classificasse o caso como escândalo que pode até afetar a credibilidade do Flamengo, a depender do desenrolar dos acontecimentos.

Ao mesmo tempo, a gestão do futebol em 2022 é questionada por aliados e oposicionistas. Há a avaliação de que a reformulação do elenco demorou a ser feita e há muitas discussões sobre a renovação de jogadores veteranos, como Diego e Diego Alves. Escolhido por Landim, o vice de futebol, Marcos Braz, também passou a ser questionado. Diante do Fluminense, foi a primeira vez na gestão Landim que o Flamengo

perdeu o Carioca

.

Com Landim e seu grupo fragilizados, um personagem central voltou à cena. Alvo de julgamento que poderia lhe render gancho de 90 dias no clube, Bandeira de Mello impôs aos adversários uma derrota acachapante no Conselho Deliberativo. Em sessão realizada na noite da última segunda (11), o

ex-presidente teve 281 votos contrários à punição

contra 135 favoráveis.

No clube, o resultado do julgamento foi visto por muitos como a maior derrota política do grupo de Landim até o momento. Além do mais, a goleada impressionou e recolocou Bandeira no jogo. Os conselheiros rubro-negros viam o julgamento como um termômetro importante para medir o prestígio da gestão e o resultado indica que há um grupo antagônico em franca ascensão.

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