O Maracanã foi placo de uma das noites mais constrangedoras desta edição do Campeonato Brasileiro. No primeiro tempo de Flamengo x Bahia, o árbitro Vinicius Gonçalves Dias Araújo marcou um pênalti para o Rubro-Negro que não resistiria a um único replay.

Só a divulgação do áudio do VAR poderá (?) explicar porque o árbitro insistiu no erro claro mesmo depois de rever as imagens na cabine. Pelo que a TV mostrou, um delírio total do árbitro convocado na véspera, após a pressão da diretoria rubro-negra sobre a CBF surtir efeito.

O Flamengo foi muito prejudicado contra a Chapecoense, mas não se pode embarcar na teoria da compensação. Não foi nem um lance interpretativo ou polêmico. O juiz simplesmente abraçou o erro por uma convicção injustificável.

Leonardo Gaciba, presidente da Comissão de Arbitragem, já estava por um fio e dificilmente permanecerá no cargo com tantos absurdos sob sua gestão, privilegiada por ter o auxílio da tecnologia para reduzir ao máximo erros inequívocos.

A CBF, por sua vez, precisa vir a público para anunciar mudanças, mas vive em seu particular mundo de desmandos, racha político e escândalos. E deve-se incluir nesta conta os próprios clubes, que apenas carregam suas indignações quando são os prejudicados na rodada.

Não é um fenômeno novo, mas a desmoralização do futebol brasileiro chegou a um nível ainda mais alarmante. Há muitos culpados e poucos decididos a transformar o caos em decência.

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(Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

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