Luís Castro há de ter dito a seus jogadores que se o São Paulo havia posto o Flamengo A em risco, no Morumbi, o Botafogo poderia fazer o mesmo com o Flamengo B, no Engenhão.
E o Glorioso começou disposto a pressionar, conseguiu, até que, aos poucos, o Flamengo foi equilibrando, equilibrando e, em fogo brando, equilibrou.
O segundo tempo seguia no mesmo diapasão quando, aos 11 minutos, Dorival Júnior resolveu botar Éverton Ribeiro e Pedro nos lugares de Victor Hugo e Lázaro.
Coincidência ou não, três minutos depois Matheuzinho cruzou na cabeça de Pedro e o artilheiro generoso deu nos pés de Arturo Vidal para o chileno fazer o primeiro gol com a camisa rubro-negra: 1 a 0.
Certamente não por coincidência a partir daí o Flamengo passou a levar perigo e Pedro quase fez um golaço, aos 18′.
Um minuto antes Matheuzinho havia tabelado com Éverton Ribeiro e só não ampliou porque Gatito Fernandez impediu.
Se Pedro é generoso, Dorival Júnior é maldoso porque, aos 28′, ainda pôs Dom Arrascaeta e João Gomes nos lugares de Gabigol e Vidal.
Nem por isso o Botafogo desistiu. Perdido por um, perdido por dois, o alvinegro se mandou.
O chileno Erick Pulgar estreou no lugar de Diego Ribas para dar mais força à defesa e evitar acidentes.
John Textor, que ontem viu o Crystal Palace dele fazer 2 a 0 no Manchester City e levar a virada para 4 a 2, via o seu Botafogo perder pela sexta vez seguida para o Flamengo no Nilton Santos. A vida é dura.
O Botafogo está só dois pontos acima da ZR.
A sensação era exatamente a de que o Flamengo ganhou o clássico quando resolveu ganhá-lo, confiante em sua superioridade indiscutível.
O Flamengo está de volta ao segundo lugar, a sete pontos do líder Palmeiras.
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