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Flamengo ficou com apenas 41% da receita de bilheteria no ano


Torcida do Flamengo – Foto: Marcelo Cortes

BLOG DO RODRIGO MATTOS: O Flamengo fica com menos da metade das receitas ganhas no Maracanã. É o que revelam os números de borderôs e o balanço do clube referentes ao primeiro semestre de 2022. As despesas altas de operação de jogo e manutenção do estádio são responsáveis por reduzir o ganho líquido do clube.

Para fazer essa conta, o blog considerou bilheteria de jogos do Brasileiro e da Libertadores, além das rendas de venda de camarotes, comidas e bebidas e patrocínios do estádio. Não foram incluídos os jogos finais do Carioca, nem outras partidas em outros estádios. Não houve partidas da Copa do Brasil no estádio no 1º semestre.

Em dez partidas no estádio, do campeonato nacional e continental, o clube acumulou uma renda bruta de R$ 18,7 milhões. Foi excluída da conta a receita no jogo em Brasília diante do Botafogo. No total, as despesas nos jogos foram de R$ 11,1 milhões.

Assim, o Flamengo ficou com 41% da renda dos jogos: R$ 7,6 milhões. Na Libertadores, esse percentual foi ainda menor (37%) porque as operações de segurança exigidas pela Polícia Militar são maiores. Para efeito de comparação, estádios mais baratos costumam entregar dois terços da renda para seus donos.

Em média, o Maracanã consome pouco mais de R$ 600 mil em despesas operacionais e de contas de consumo.

Não é a única receita obtida no estádio. No balanço, o Flamengo registrou R$ 12 milhões em renda com estádio no primeiro semestre. O valor é compatível com metade da receita de seis meses do Maracanã — a outra metade fica com o Fluminense. Anualmente, portanto, o estádio pode gerar R$ 48 milhões com vendas de camarotes, bebidas, comidas e patrocínios. Os camarotes, em torno de 100, são a maior renda.

Mas as despesas para manutenção mensal do estádio atingiram R$ 2 milhões, isto é, R$ 24 milhões por ano, incluindo outorga para o Estado do Rio. Além disso, o Consórcio Maracanã, dividido por Flamengo e Fluminense, tem que fazer consertos no estádio como o investimento feito no gramado. Na prática, os dois ficam com menos da metade da receita gerada pelo estádio.

Esses números devem ser levados em conta na análise sobre a necessidade de o Flamengo construir um estádio próprio. Lembremos, há um início de projeto em curso para fazer uma arena na região central do Rio de Janeiro, no terreno do Gasômetro.

Se conseguirem a concessão em definitivo, Flamengo e Fluminense terão a vantagem de não terem de investir na construção do estádio. Ao mesmo tempo, será difícil aumentar receitas e reduzir o valor das despesas por causa da estrutura do Maracanã e pelas limitações de exploração da arena.

Link do Artigo do FlaResenha

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