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Flamengo fará reencontros de Dorival com ex-santistas e será difícil diretoria se reencontrar com o respeito


O Flamengo é muito maior do que quem passa pela Gávea, o que ajuda a explicar que aqui não se tratará do clube, mas de quem promoveu o vexame internacional da demissão de Paulo Sousa, da maneira como ocorreu. Marcos Braz tinha todo o direito de trocar o comando do futebol pela quarta vez, de obrigar o Flamengo a pagar R$ 7,7 milhões de multa ao treinador português, depois de pagar R$ 11,4 milhões pela rescisão de Domenec Torrent e R$ 3 milhões para dispensar Rogério Ceni.

Só Renato saiu sem multa e o erro não é de quem recebeu o dinheiro previsto em contrato. É de quem assinou os documentos em nome do Clube de Regatas do Flamengo. São R$ 22 milhões em três rescisões de contratos, aproximadamente o valor pago como indenização para as dez famílias vítimas do incêndio no Ninho do Urubu.

A vergonha internacional da semana, ou pelo menos o vexame daqui até Portugal, evidentemente não é demitir um técnico, mas a maneira constrangedora como aconteceu. Todos os jornais e sites publicaram na quarta-feira à noite, depois da derrota em Bragança Paulista, que Paulo Sousa seria demitido em Atibaia. Mas, se não houvesse outra alternativa, Paulo Sousa iria até Porto Alegre, dirigir a equipe contra o Internacional.

Ou orientar o treino em Atibaia. E não é que dirigiu? Mesmo sabendo que seria demitido, ou pelo menos lendo isto em todos os textos mais verossímeis da imprensa esportiva do Brasil? Tão verossímeis que as informações confirmaram-se verdadeiras.

Não é que a diretoria rubro-negra tenha mentido. Falou a verdade para todos os jornalistas com os quais decidiu conversar. Todo o direito. Só faltou dizer a verdade para uma pessoa: Paulo Sousa.

No futebol internacional, apenas uma história lembra esta vergonha. Em 2001, o turco Fatih Terim era técnico do Milan e dava palestra em seu país. Falava do respeito com que os italianos tratavam os treinadores, diferente do que se passava na Turquia. No intervalo para o café, um jornalista aproximou-se de Terim e informou: “O Milan acabou de divulgar que você está demitido.”

Carlo Ancelotti foi seu sucessor. O técnico tetracampeão da Champions League participou indiretamente daquela farsa.

Dorival Júnior reencontrará Gabigol, Gustavo Henrique e Thiago Maia, campeões paulistas de 2016, vice-campeões da Copa do Brasil de 2015. Também dirigiu Bruno Henrique em 2017, sempre no Santos. Pode ser um ponto favorável para Dorival Júnior realizar seu melhor trabalho, das três passagens da Gávea.

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