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Flamengo, enfim, vence sem irritar seu torcedor


Gabigol comemorando gol do Flamengo – Foto: Marcelo Cortes

BLOG DO RENATO MAURÍCIO PRADO: Faz tempo que a torcida do Flamengo não passava um jogo sem sofrer. Aconteceu, na vitória sobre o Cuiabá, por 2 a 0, no Maracanã. Foi uma grande exibição? Longe disso. Mas o gol de Ayrton Lucas (sem querer), nos minutos iniciais da partida, facilitou as coisas para o rubro-negro, que foi impulsionado o tempo todo por seus mais de 40 mil torcedores presentes ao estádio. Na etapa final, Gabigol fez o segundo, em passe preciso de Arrascaeta – responsável direto pela melhora de rendimento do meio-campo do time da Gávea.

Nem todas as notícias, porém, foram boas, no primeiro triunfo sob o comando de Dorival Júnior. Antes do intervalo, David Luiz e Bruno Henrique se contundiram, tiveram que ser substituídos, e dificilmente voltarão a jogar logo. O ponta-esquerda parece fadado a um bom tempo nas mãos do departamento médico de Márcio Tanure – o que se torna a situação mais preocupante. A entorse que sofreu no joelho (que já teve problemas anteriormente) o fez sair do gramado de maca e aos prantos.

Um desfalque e tanto, ainda mais quando se sabe que mesmo que seja confirmada a contratação de Éverton Cebolinha, ele só poderá ser regularizado a partir da abertura da janela de transferências internacionais, em julho. E Bruno Henrique seria peça das mais importantes para os próximos duelos contra o Atlético Mineiro – domingo, pelo Brasileiro, e quarta-feira, pela Copa do Brasil.

Na entrevista coletiva pós-jogo, Dorival foi extremamente político, chegando a falar de um “legado de Paulo Sousa”, algo que inexiste – o que ele tem pela frente é terra arrasada. Fez questão de dizer ainda que aposta na recuperação (técnica e física) de todos, deixando aberta uma janela de esperança para a turma da Geração 85. Deu um jeito até de elogiar Fabinho e Juan, dois dos componentes mais inexpressivos de um departamento de futebol caótico, comandado por Marcos Braz.

Enfim, é compreensível que não queria chegar chutando a porta. Mas se não tomar cuidado e tratar aos poucos de exigir mudanças, se cercando de profissionais realmente competentes, pode acabar tragado pela incompetência que campeia no Ninho do Urubu, como foram todos os que sucederam Jorge Jesus.

De positivo, no papo com a imprensa, a maneira franca de falar como quer ver a sua equipe atuar. Organizado na defesa e no meio-campo (num tradicional 4-3-3) e com grande liberdade para os atacantes criarem e concluírem, “no último terço do gramado”. Pensamento bem parecido com o de Jorge Jesus (que sempre se preocupou muito mais com os zagueiros do que com os “avançados”.

É muito cedo para dizer se Dorival Júnior terá sucesso no Flamengo. Ele não é exatamente um treinador moderno e inovador, mas sabe o que faz, é competente e trabalha com extrema seriedade. Isso já me parece o bastante para que se aposte que, com certeza, será muito melhor que seu antecessor.

Link do Artigo do FlaResenha

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