O imbróglio sobre a utilização do Maracanã segue movimentando os bastidores do futebol carioca. Após ter negado o pedido de jogar no estádio contra o Sport, em dois de julho, o Vasco entrou na justiça exigindo a liberação. O Flamengo, um dos concessionários do Maracanã, divulgou nota nesta segunda-feira (27) fazendo a sua defesa no caso.

O documento não poupa palavras para classificar a reclamação do cruz-maltino: “O que se tem é uma tese, baseada em lógica de discussão de torcedor, que comumente ocorrem nos botequins da cidade. À evidência, não pode o Flamengo basear suas decisões, dentro do âmbito da discricionariedade de uma administração profissional, em lógica de conversa de botequim.”

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A defesa lembra mais uma vez que o motivo da não liberação é a condição do gramado, que seria castigado com dois jogos seguidos, Vasco x Sport (2/7) e Flu x Corinthians (3/7): “Não haveria qualquer problema em se pretender ganhar mais, desde que a maximização dos lucros não prejudique a preservação do gramado do Estádio do Maracanã e, assim, não coloque em risco a saúde dos jogadores de futebol e afete a qualidade do espetáculo futebolístico oferecido ao público.”

Governo do Estado ameaçou Flamengo e Fluminense

Depois do pedido do Vasco ser negado, o Governo do Estado do Rio de Janeiro emitiu uma notificação ao Flamengo e ao Fluminense fazendo ameaças. Em documento assinado pela Casa Civil, o Governo do Rio, que é o proprietário do Maracanã, afirmou que caso o estádio não seja cedido ao Vasco, haverá sanções.

As punições podem ir desde multa até o cancelamento do contrato de concessão. Flamengo e Fluminense ainda não responderam à notificação do Governo. Ao mesmo tempo, o Flamengo teve conversas com a prefeitura do Rio sobre um possível acordo para utilização do parque olímpico da Barra para construção do seu estádio próprio.

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