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Flamengo cede e Nova Liga terá divisão de TV mais igualitária


Time do Flamengo entrando em campo contra o Avaí, na Ressacada – Foto: Gilvan de Souza

MUNDO RUBRO-NEGRO: Por Lucas Tinôco

Após muitas negociações, a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) parece ter chegado a um denominador comum capaz de se unir aos times da Liga Forte Futebol (LFF). Isso porque, com aval do Flamengo, a Libra vai votar uma nova divisão de receita de TV para o Campeonato Brasileiro com redução da diferença entre o time que mais arrecada para o que menos arrecada.

Esse era o principal entrave entre Libra e LFF, pois o Forte Futebol quer usar um critério de divisão no qual 45% são divididos igualmente, 30% por colocação final e 25% por engajamento (audiência). A Liga do Futebol Brasileiro, em contrapartida, pretendia dividir no modelo 40-30-30, além de que a para de engajamento não levaria em conta a audiência, mas o tamanho da torcida.

As divergências, inicialmente, pareciam grande. A proposta feita pela LFF aos clubes do grupo preveem uma diferença de 3,5 vezes entre o clube com maior e menor arrecadação. A da Libra, por sua vez, poderia chegar a até 5 vezes. Essa distância, contudo, acabou. De acordo com Rodrigo Mattos, Flamengo e Corinthians toparam ceder em alguns critérios que os privilegiavam, como tamanho de torcida, por exemplo.

Com isso, na nova proposta, a Libra iguala uma diferença de 3,5 vezes entre os extremos de arrecadação com divisão de TV da LFF. As principais mudanças na fórmula da Liga do Futebol Brasileiro são: 1) inclusão de audiência de TV no critério de engajamento, como quer a LFF; 2) distribuição de 45% igualitária, 30% de engajamento e 25% para premiação; 3) alterar critério da premiação visando aumentar arrecadação dos quatro últimos colocados.

O que levou o Flamengo a ceder posição em relação à divisão dos direitos de TV
Tanto Flamengo, quanto Corinthians, em tese, têm muito a perder com a nova proposta. Isso porque, dentro dos critérios anteriores, a força das duas maiores torcidas do país impulsionaria a arrecadação de ambos. Agora isso vai diminuir, apesar de ainda ter um impacto considerável.

Mas o que fez os dois clubes cederem essa posição vantajosa? De acordo com as informações de Mattos, a nova fórmula garante que Flamengo e Corinthians não tenham perdas das atuais receitas. Ambos, portanto, seguirão arrecadando, no mínimo, valores próximos ao que ganham atualmente com o Campeonato Brasileiro.

A tendência é que a nova assembleia aprove a fórmula. Em seguida, uma nova planilha será apresentada aos clubes da LFF e, diante das mudanças, espera-se que os clubes aceitem o modelo e se unam à Libra. Do contrário, haverá uma ruptura total na negociação.

A união é importante para negociações com fundos de investimento. A Libra tem proposta de R$ 5 bi do fundo Mubadala Capital, que exige ao menos 20 equipes no contrato, enquanto a Liga tem apenas 15 clubes. Já a LFF aprovou proposta do fundo Serengeti, que propôs um aporte maior do que do Mubadala, segundo dirigentes dos clubes da Liga Forte Futebol.

A ideia geral é de que aja uma união dos 40 clubes das séries A e B do Brasileirão para a criação de uma nova Liga de Clubes do Brasil. Por isso é importante que todos os lados se entendam.

Link do Artigo do FlaResenha

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