Torcida do Atlético-MG contra o Cuiabá, no Mineirão (Imagem: Alessandra Torres/AGIF)
O Flamengo cumpriu a determinação do STJD e enviou hoje (29) e enviou ao tribunal uma explicação a respeito do pedido do Atlético-MG para receber uma carga de 10% dos ingressos para torcida visitante no jogo de amanhã (30), no Maracanã. O Fla abriu a venda sem previsão de bilhetes para os atleticanos. No contato com o presidente da corte, Otávio Noronha, a diretoria rubro-negra expressou uma preocupação com segurança e operação do jogo.
O UOL Esporte apurou que o Flamengo, de início, entende que a volta da torcida visitante deveria ter sido objeto de debate entre CBF e clubes. Mas como já foi permitida a presença de duas torcidas nos estádios, a discussão sobre o jogo contra o Atlético-MG, na visão do Fla, passa por um desenvolvimento de um plano para receber o comboio de atleticanos no Rio.
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O rubro-negro considera que, pelo que está exigido para entrada no estádio, os torcedores que vierem de outro estado em algum momento precisarão fazer a troca do voucher pela pulseira necessária para ingressar no Maracanã. Há também a verificação de comprovante de vacina ou checagem de teste de covid-19.
Esse procedimento, na leitura do Flamengo, leva tempo e demanda organização de uma estrutura para recebimento do bloco de torcedores, sem que isso signifique, ao mesmo tempo, uma ameaça à segurança deles — sobretudo em um momento de rivalidade acirrada com a torcida do Fla. O clube explicou ao STJD que está verificando como montar essa operação.
No ofício que enviou ao Flamengo em 21 de outubro, o Atlético-MG solicitou a conta do Flamengo para fazer depósito e comprar a carga de ingressos referente à parcela dos visitantes — como era feito antes da pandemia. A diretoria rubro-negra, como norma geral, entende que esse não pode ser mais o procedimento, diante das demandas documentais e sanitárias para cada torcedor.
Cumprir esse ritual para quem é mandante no Rio, em tese, é mais fácil, já que a fila fica diluída por quase três dias para o processo de troca dos vouchers pelas pulseiras.
A questão diante disso é tempo. O jogo já será às 19h de amanhã e a janela para colocar qualquer plano em prática está curtíssima. Por isso que o Atlético-MG ingressou no STJD em busca de uma liminar para resolver a situação com máxima urgência. A bola agora está com o presidente da corte, Otávio Noronha.
Independentemente da decisão liminar, o Atlético-MG defende que o Flamengo seja punido com multa por descumprir o Regulamento Geral de Competições, já que não disponibilizou a carga para os visitantes.
Na peça inicial enviada ao STJD, o Atlético citou que o Flamengo “vem conduzindo o processo de forma ardilosa e equivocada, sem respeitar as regras que regem o procedimento, em atitude contrária ao fair play esportivo, objetivando causar dificuldades”.
Rivalidade nos bastidores
Esse é mais um capítulo em uma disputa nos bastidores entre Fla e Atlético-MG. Eles estiveram em lados opostos na discussão da volta do público, na discussão com a CBF sobre o adiamento de jogos de clubes que cederam jogadores à seleção brasileira e no debate sobre decisões da arbitragem. O Atlético-MG lidera o Brasileirão com 13 pontos de vantagem sobre o Fla, que tem dois jogos a menos.
Flamengo, STJD, preocupação, operação
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