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Ex-Flamengo jogou Mundial pela seleção e superou desemprego antes de recomeçar na Ásia


Ex-Flamengo, Hugo Gomes superou um período difícil na carreira até chegar ao Madura United, da Indonésia

Revelado no


Flamengo


,

Hugo Gomes

está reconstruindo a carreira na primeira divisão da Indonésia, após passar mais de um ano sem clube. Natural da Baixada Fluminense, o meia chegou ao clube da Gávea aos 11 anos. Destaque das categorias de base, ele foi chamado algumas vezes para a


seleção brasileira


sub-20 e disputou o Mundial de 2015.

Colega de nomes como Gabriel Jesus, Andreas Pereira, Jorge e Léo Pereira, o jogador começou a competição no banco de reservas, mas ganhou a posição ainda na primeira fase. Depois, não saiu mais do time, que foi vice-campeão no torneio realizado na Nova Zelândia.

“Fiz grandes amigos por lá, e você está jogando contra os melhores da tua idade. Vejo muitos jogadores daquela época hoje em grandes clubes. Foi uma ótima experiência, valeu muito a pena. Infelizmente só faltou o título, porque o nosso grupo era bom e ficaríamos marcados”, disse ao

ESPN.com.br

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Assim que voltou do torneio, Hugo Gomes foi efetivado entre os profissionais, mas fez apenas oito jogos pela equipe.

“Não tive tantas oportunidades no Flamengo, mas os jogos mais marcantes foram contra o Grêmio, porque fui titular, e contra o Palmeiras, que tinha o Zé Roberto. É um exemplo de jogador e ser humano”, afirmou.

Ao contrário da atual fase vencedora, a equipe da Gávea vivia à época um jejum de títulos importantes e sofria com muitas cobranças aos garotos que subiam da base.

Sem muitas chances no Flamengo, Hugo foi emprestado em 2016 para o Avaí, pelo qual marcou seu primeiro gol como profissional.

“Tive uma sequência muito boa com o treinador Silas, que é um cara super do bem e me ajudou. Fiz alguns jogos bons por lá. Torço para que o clube suba e se mantenha na Série A do Brasileiro, porque merece”, disse.

Em seguida, passou rapidamente pelo Tombense-MG e pelo Vila Nova-GO.

“Foi uma experiência boa porque, quando você vem de time grande, eles esperam muito de você. Então, você precisa ser um espelho e jogar bem. Tentei fazer o melhor para o time, e gostei muito de morar em Goiânia”.

Ida para Europa

Em 2018, o meia foi cedido para o Kalmar, da Suécia.

“É um país de primeiro mundo. Aprendi muito coletivamente e taticamente, eles têm paciência para ensinar. Queria ter jogado mais vezes. O campo de treino todo tinha câmera e tinha um aplicativo para você rever o treino. Eles me mostravam o que deveria fazer nos treinos e o que precisava melhorar porque tinha qualidade. Para eles, a parte tática vem antes do individual”, explicou.

Após o encerramento do empréstimo, o clube sueco não chegou a um acordo com o Flamengo e Hugo voltou ao Brasil. Ele ficou treinando na Gávea até o fim vínculo, quando voltou rapidamente no fim da temporada para o Kalmar. Depois disso, ficou mais de um ano sem clube em meio à pandemia de COVID-19.

“Passava períodos treinando, mas em outros eu desanimava e parava, principalmente quando parecia que iria acontecer alguma coisa e não dava certo. Sou um sonhador e muito jovem, não poderia perder a esperança. Seria muito injusto parar depois de tudo que já fiz. Precisei aguentar”.

“Foi o período mais difícil da minha vida. Quando as portas se fecham, qualquer pessoa fica chateada. Você pensa em várias possibilidades, em parar de jogar e o que vai fazer. Mas, graças a Deus, tive pessoas que me ajudaram muito. Precisei manter viva a esperança de jogar e dar a volta por cima, foi um processo que passei e aprendi muito.

Recomeço na Indonésia

A grande chance veio em 2021 por meio de Carlos Brasil, ex-diretor do Flamengo, que entrou em contato com o empresário de Hugo Gomes e levou o jogador para a Indonésia.

“Tirei informações com os brasileiros que estão aqui e resolvei aceitar. É um clube muito correto e que se preocupa com a situação do jogador fora do campo também. Cheguei no meio da pandemia e joguei um torneio de quatro jogos e depois veríamos se iriamos renovar. Era um contrato de risco, mas consegui mostrar que poderia ajudar e fiquei”, afirmou.

O brasileiro diz que foi muito bem recebido pela população na Indonésia e tem gostado de jogar no futebol local.

“As coisas têm acontecido. O time está crescendo e amadurecendo. Não é um campeonato fácil de se jogar porque tem vários estrangeiros. Precisa ter atenção e responsabilidade. Estou muito feliz e encontrei a felicidade. Estou mais maduro do que antes porque cada um tem o seu tempo. Aos 26 anos olho para trás e não me arrependo porque pude tirar uma boa experiência”, garantiu.

Em 11 jogos, ele marcou três gols e deu duas assistências, sendo eleito para a seleção da rodada do campeonato três vezes e também do mês de setembro.

“É um recomeço para mim. O que importa é daqui para frente é conseguir dar sequência em fazer um bom papel e evoluir. Ainda tenho muitas coisas para fazer na carreira. Como as portas se abriram, estou fazendo valer a pena e quem sabe eu possa voltar para um cenário maior depois”, finalizou.

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