Nesta quinta-feira (29), Raphael Paçó, advogado especializado em direito desportivo, foi entrevistado pelo portal iG Esporte e falou sobre o movimento de diversos clubes do futebol brasileiro optando pela SAF. Ou seja, Sociedade Anônima do Futebol. No entanto, Paçó salientou que o modelo não é garantia de sucesso e citou o Flamengo como exemplo.
”Falando de clubes de massa, com quadro de associados muito grandes, conselho deliberativo e etc, o processo de aprovação da criação de uma SAF é muito burocrático e demorado. Por essa razão é que, dos times ditos ‘grandes’, poucos foram os que já seguiram no modelo. E esses são somente aqueles que não tinham mais condição financeira nenhuma de manter suas atividades, ou seja, os que estavam com a ‘corda no pescoço’. Esse fato facilita muito a aprovação desse modelo diante da burocracia imposta pela estrutura interna destes clubes”, disse o advogado.
Em seguida, Raphael elogiou a saúde financeira do Flamengo. Para ele, o Rubro-Negro não necessita de uma mudança desta magnitude em seu estatuto.
“Em relação ao Flamengo, trata-se de um caso especial. Hoje em dia o Flamengo não precisa de uma SAF. O clube está com as contas em dia, dívida equacionada e tem dinheiro para investimentos esportivos. Tudo isso por causa da mudança de mentalidade na gestão do clube”, explica o doutor.
Outro que concorda com a visão do advogado é Thiago Scuro, CEO do Red Bull Bragantino. Conforme dito pelo executivo, comprar o Mais Querido é inviável atualmente: ”Não dá para comprar o Flamengo”, cravou ao Flow Sports Club.
Após elogiar o Flamengo, Raphael Paçó faz alerta sobre SAF
Por fim, o advogado deixou claro que a SAF não é a salvação de clubes brasileiros. Na visão do especialista, a organização é chave para o crescimento econômico e esportivo das instituições, independente do modelo.
”Precisamos entender que o modelo de SAF não é a “bala de prata” para todos os problemas do futebol brasileiro. O que já está mais do que comprovado que o que muda o patamar de um time, além de investimentos, é a organização da gestão sob todos os aspectos”, concluiu.
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Link do Artigo do MundoRubroNegro