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Em alta, Fabrício Bruno se emociona ao falar de lesão no Flamengo: “Palavras ferem muito”


20/8/2022 08:49

Em alta, Fabrício Bruno se emociona ao falar de lesão no Flamengo: Palavras ferem muito

Fabrício Bruno, do Flamengo, em entrevista exclusiva ao ge — Foto: Fred Gomes

“Todos que não estão aqui gostariam de estar aqui”.

A convicção na declaração de Fabrício Bruno vem muito da trajetória cheia de obstáculos e vai na contramão das incertezas que viveu nos últimos anos. Desde os campinhos de Ibirité, na Grande BH, ao Flamengo. Aos 26 anos, o zagueiro é daqueles que podem fazer uso – sem se preocupar com o clichê – da expressão “nunca foi fácil”. Até por isso, tem sido mais saboroso.

Os elogios pelas atuações seguras, a performance quase intransponível no jogo aéreo e os gols de cabeça sobre o Athletico-PR são a parte boa de uma história que até pouco tempo era cercada por pontos de interrogações. O Flamengo dos milhões de investimentos foi buscar no Bragantino um reforço para uma das posições mais carentes. “Como assim?”, pensaram muitos torcedores.

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– Talvez as pessoas julguem o livro pela capa. Cheguei ao Bragantino sob desconfiança do rebaixamento e como refugo do Cruzeiro. Não gosto de estar toda hora na mídia, gosto de aparecer do jeito que estou, pelo meu futebol.

– Por que o Fabrício Bruno? Não cheguei aqui à toa. Tenho números, grandes jogos e grandes competições disputadas. A desconfiança é um processo natural que vai saindo conforme você vai dando resultado. Julgar sem conhecer talvez seja um ato de muita covardia. Meu pai disse: “Filho, vai e faz o que você sabe que as pessoas vão te conhecer de verdade”.

Contrariar probabilidades é algo recorrente na trajetória do defensor. De revelação sem espaço no Cruzeiro, se mandou para deixar seu nome na história da Chape. Da cara a tapa no rebaixamento cruzeirense em 2019, apostou no projeto do Bragantino. Em meio ao sonho com a Europa, foi no Flamengo onde deu o salto para mudança de patamar. E isso sem tirar os pés no chão, conforme a filosofia do próprio.

– A repercussão do Flamengo é muito grande, era um sonho meu e do meu pai estar aqui. No começo você fica meio assustado. Mas eu falei: cara, minha simplicidade e humildade me trouxeram aqui. Não vou fazer nada diferente do que faço.

– Porque às vezes a pessoa chega num gigante como o Flamengo e quer fazer diferente. Não, eu cheguei aqui fazendo o simples. Tem um cara com quem trabalhei no Bragantino que fala: “Olhos na lua, mas com os pés no chão”. É uma frase que carrego comigo.
A firmeza nas palavras vem de percalços que deixaram Fabrício calejado. Assim como aconteceu com uma lesão rara no pé esquerdo sofrida em seu início de Flamengo, o zagueiro teve problemas médicos que retardaram o sucesso em Chapecó e em Bragança Paulista. Isso sem falar das ameaças de morte quando deixou o Cruzeiro, clube pelo qual torcia quando criança, após litígio.

Tais desafios o fizeram buscar soluções para além dos problemas no corpo. Entrou em campo a psicóloga Camila Barros, com quem fala diariamente.

– O Thiago Scuro (executivo do Bragantino) chegou a ir na minha casa várias vezes em Bragança para entender o que estava acontecendo. E aí ele me liga e diz: “Você precisa de uma psicóloga para controlar suas emoções”.
– E ele (Scuro) me fala: juntamente a isso eu vou estender o contrato por mais dois anos, mas faça um controle emocional que você vai decolar na sua carreira. Falo com minha psicóloga coisas que talvez eu não tenha abertura nem para falar com meus pais e minha esposa. Hoje ela é um pilar para mim, não abro mão dela na minha carreira. A partir disso as coisas começam a caminhar para mim.

Em um mês e meio de Flamengo, atuações consistentes reservaram a ele vaga de titular absoluto. Com a cabeça no lugar, Fabrício esbanjava confiança em quase oito partidas completas. “No quase”, porém, é que nasce um novo e desconhecido problema. O camisa 15 sofre uma grave e rara lesão na primeira partida da final estadual, contra o Fluminense. Deixa o campo com dor aos 36 minutos da etapa final e, da beira do gramado, vê o rival fazer dois gols.

Àquela altura, Fabrício imaginava que se recuperaria rapidamente. Havia sido, inclusive, relacionado para a finalíssima. Subiu para o gramado, entretanto acabou descartado no aquecimento. As interrogações que pareciam estar distantes voltaram com tudo. E, acompanhadas delas, vieram duras palavras que magoaram o gigante de 1,90m.

– Depois de ter feito vários exames, teve um dia que eu fui num médico no Leblon e eu estava muito emotivo porque queria jogar. Não sou um cara de ficar parado. Aí você pega as redes sociais e escuta coisas que não existem, do tipo “Você veio para ficar no DM, vai se formar em Medicina”.

– Cara, eu não estou machucado porque eu quero. E as palavras ferem muito as pessoas. Eu chegava em casa muito chateado (olhos enchem de água) e precisava dar uma resposta – afirmou, emocionado.

Respostas foram dadas especialmente nos dois últimos jogos, com grandes atuações diante do Athletico-PR. Em alta entre os torcedores e nas redes sociais, onde até bem pouco tempo recebia críticas e lia o que não queria, Fabrício Bruno recebeu o GE para mais de uma hora de bate-papo no Ninho do Urubu.

Leia tudo abaixo:
Proposta do Flamengo no início de 2022: “Nem precisa me ligar”
– Vivia um grande momento, já estava com dois anos de Bragantino e disposto a vivenciar um novo desafio, talvez da altura que eu mereço, gigante. Viajei de férias, estava conversando muito com meu pai e eis que em janeiro, três dias depois da minha reapresentação, meu empresário me liga e fala: “Fabrício, oportunidade ir para o Flamengo. Vamos?”.

– Falei: “Cara, já responde por mim. Nem precisa você me ligar para falar sobre isso”.
Todos os jogadores querem o Flamengo, diz Fabrício
– Quando cheguei ao Flamengo, lembro direitinho do meu pai chegando em casa. Estávamos conversando, e ele falou: “E aí, filho?”. Disse: “Pai, chegamos no maior clube do Brasil, cara”. Meu pai é um cara muito emotivo. Viver o Flamengo diariamente é especial.
– Praticamente todos os jogadores que não estão aqui querem estar aqui. E é um momento especial que você tem que aproveitar a cada dia. São poucos que têm o privilégio de vestir esse manto.

Início complicado, assim como na Chape e no Bragantino: perda da Supercopa e lesão na final do Carioca

– Estreio, tudo caminhando bem, e a gente perde a Supercopa para o Atlético-MG. E aí fico meio pensativo: “Putz, venho para o clube e não consegui meu primeiro título”. Dou sequência, continuo jogando e fazendo grandes exibições até o momento da lesão.

– Todos os meus começos em clubes foram difíceis, quem acompanha minha carreira desde o começo sabe. Tenho um grande amigo que diz: “Seus começos nos clubes sempre têm alguma coisa que te trava, mas depois, quando você se solta, as coisas fluem”.

A lesão ligamentar no dedão do pé passo a passo
– Processo difícil, muito doloroso para mim. Quando eu vivia talvez um momento mágico no clube acontece (a lesão). Tento jogar o segundo jogo da final e não consigo. E aí faço várias tentativas e não consigo. Volto ao DM, fico cinco dias, mas não volto a jogar.

– Quando se chega num clube e está jogando, você não liga para dores. É você bater o dedo e destroncar. Puxa o dedo e vamos embora. Para mim, era isso. Depois do primeiro dia após o primeiro jogo da final, cheguei na fisioterapia e falei: “puxa meu dedo que ele destronca”.

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Exames nada indicam, e a incerteza cresce

– Só que ao mesmo tempo eu sabia que tinha algo. Mas você faz um exame e não pega (identifica), não tem muito o que falar. Fica muito mais na minha queixa clínica. E eu começo a pensar de novo: “Putz, não é possível”. Faço exame daqui, faço exame dali…

– Eu ligo para o doutor Sérgio Campolina, que foi meu médico no Cruzeiro e quem me operou o púbis. Ele diz: “Realmente você tem uma lesão séria e precisa tomar decisões”.

Cabeça em parafuso sem uma definição

– Eu achava estranho. Na lesão, eu não sentia dor embaixo. Faço ressonância para ver fratura e não tem. Minha cabeça começa a ficar meio problemática, e eu ligo para a minha psicóloga. O Tannure fala comigo e diz para eu ir para Belo Horizonte ver minha família. E eu digo: “Não, Tannure, não quero. Eu preciso voltar a jogar, não nasci com isso”.
Após conversas diárias, médica entra na jogada a pedido Tannure e ataca a dúvida

– Cheguei lá, e a doutora Verônica (Vianna) perguntou onde eu sentia dor. Falei: “sinto dor na parte de cima do dedo”. Ela respondeu: “Não faz sentido porque a dor (nesse tipo de lesão) é embaixo, precisa investigar um pouco mais”. Quero que você faça uma ressonância com esse médico, o doutor Luiz Fernando.

– Já tinha feito seis ressonâncias e nunca achava nada. E ele posicionou meu pé diferente e perguntou: “Tudo bem?”. Falei: cara, não tem nada bem, eu estou querendo ficar bem. E ele disse: “calma, que eu vou resolver”. Isso já eram umas sete da noite, e ele falou: “Fabrício, não vou te dar muitos detalhes, mas eu já vi uma coisa ali”.

Cirurgia definida

– O Tannure me ligou e falou: “O doutor Luiz Fernando conseguiu identificar uma fratura dentro da cápsula articular. Por isso que você não consegue dobrar o dedo e está doendo. E toda vez que você tenta correr o ossinho dá uma agulhada e incha. Vamos fazer uma cirurgia e tirar esse negócio.

Inchaço traz novas dúvidas
– Fizemos a cirurgia. Abre a cápsula articular e tira (o fragmento ósseo). Fico seis dias em casa fazendo fisioterapia e já noto uma melhora de movimento no meu dedo. Como rompi o tendão abaixo, automaticamente meu dedo tinha que ficar para cima, e ele não vinha.

– Depois de 15 dias, tirei os pontos e comecei a exercitar o dedo. Cheguei em casa, e o dedo estava inchado. Falei: “Nossa, não é possível, não pode estar acontecendo isso”. A doutora me disse: “Coloca gelo e deixa o pé para cima drenando”. Depois de 40 minutos, o dedo estava normal.
Lição com a lesão
– No final de tudo, quando a lesão foi cicatrizada, consegui voltar a treinar e ter a velocidade que eu tinha. Tannure, me chamou e conversou comigo: “Sei que você tem uma maturidade incrível para os seus 26 anos, mas isso é para você entender os limites do seu corpo”.

– “Eu te entendo, você chega num clube grande, é o contrato da sua vida e o clube da sua vida, e você quer jogar. Mas tem que entender o processo. Você tinha uma lesão séria, que desde o começo eu te disse que era séria, mas, no âmbito de querer ajudar, você queria jogar”. “Então pega isso como lição e aprendizado. Quando tiver uma dor, você para (Fabrício se emociona)… Não queira ser herói que isso pode acabar te prejudicando”.
Triste por críticas a Rodrigo Caio, que também sofre nas redes sociais
– Acima de tudo eu precisava calar a boca de muitas pessoas que falavam o que não deveria ser falado. E mostrar que eu conseguiria jogar em alto nível. Eu sofro pelo que falam em relação ao Rodrigo, para mim é uma das coisas mais bizarras que já vi no futebol o que falam dele. Passei por algo semelhante com o Dedé no Cruzeiro. A gente sabe que não está num departamento médico porque a gente quer, ainda mais no meu caso, num trauma.

– Quando as coisas não tiverem acontecendo da forma que eu acho que tem que acontecer, respeitando todas as decisões, eu prefiro sair. Não sou esse cara de sentar em cima de contrato. Gosto de trabalhar, independentemente de ser num time igual ao Flamengo (sinaliza com a mão o topo dos clubes) ou em outro time. Eu quero estar ajudando, nunca vim para ficar no DM ou ficar encostado. Eu precisava dar uma resposta e calar a boca de quem falava isso.

Pedido de reflexão aos usuários de redes sociais
– É difícil para nós. Como jogador, a gente sabe quando não vive um bom momento e sabe quando está num momento fantástico. Mas acima de tudo no momento de lesão é quando precisamos de apoio porque ninguém quer machucar.

– Rodrigo Caio infelizmente é um cara que convive com lesões. Não é porque ele quer, talvez Deus tenha um propósito na vida do cara, ninguém sabe. Bruno Henrique não machucou porque quis, acontece.

– A doutora Verônica falou uma frase: “Fabrício, o esporte que vocês praticam não é saudável”. Porque a todo instante você tem de estar na rotação máxima. Você vir de uma lesão, chegar a ficar três meses fora e ouvir coisas que não se deve ouvir machuca. Machuca porque você está impedido de fazer o que mais gosta.
Em vez de ir na rede social e criticar, devia ir lá apoiar e dar carinho. Senão chega num momento que nem o meu. Que éramos eu, minha esposa, meu filho, e a prima da minha esposa, que é a babá do nosso filho.

Homenageado no último domingo, Lucca, filho de Fabrício, e Anna Clara, a esposa, são citados como “fortalezas”

– Aprendi muito com essa lesão. Foi um momento de mais aproximação com meu filho. Ele e minha esposa foram as minhas maiores fortalezas.
– Chegava em casa, e a minha esposa perguntava: “Como está, amor?”. Eu falava que estava bem. Como minha casa tem dois andares, ela estava lá embaixo brincando com meu filho, e eu estava lá em cima tomando banho e chorando. Só que eu tenho que deixar transparecer que está bem. Meus pais me ligavam, e eu dizia que estava bem, só que não tinha nada bem. A verdade é essa.

O saudável crescimento de Lucca após início difícil

– Eu não consigo nem descrever o meu filho. Também foi um começo difícil. Lá em Bragança, minha esposa teve um sangramento, e a doutora que fazia o acompanhamento falou que era um princípio de aborto. Liguei para o meu empresário na minha época, e ele passou a médica dele, a doutora Flávia.
Ali foi a mão de Deus na nossa vida. Era cansativo, saíamos de Bragança e andávamos duas horas até o Morumbi. Tinha que acordar quatro da manhã para chegar na capital às seis, fazer a consulta às sete e depois voltar e treinar. Mas foi gostoso fazer o acompanhamento diário.

– Mês a mês a gente via o Lucca crescendo. Sempre foi um moleque muito forte, passava muito acima de todas as linhas de média talvez pelo meu biotipo e da minha esposa. Ela tem 1,70m. E em 17 de setembro ele veio ao mundo, o momento mais feliz da minha vida.

– Momento mágico viver isso, é mágico vê-lo crescendo e se desenvolvendo. Fez 11 meses quarta-feira, que foi um dia mais especial para mim com a classificação para a semifinal da Copa do Brasil.

Ligação emocionada do pai, Seu Joaquim
– Domingo, pelo que eu vivi no futebol até hoje, foi algo surreal. Nem nos meus melhores sonhos imaginava passar por isso. Meu pai me ligou às 10 horas da noite chorando porque ele lembra as dificuldades que passei para ser quem eu sou hoje.

– E fazer dois gols no Maracanã lotado com meu filho na arquibancada e o meu pai me assistindo de Belo Horizonte não tem preço. Nem para mim e nem para o meu pai. Sou grato a Deus pelo momento vivido, mas também sei que não para por aqui. Tenho que continuar trabalhando para alcançar coisas maiores.
Já tinha feito dois gols num espaço de tempo tão curto?

– Tenho sete gols na carreira e foram gols picados. Dois gols assim num único jogo, cara (risos). Se está difícil para os atacantes fazerem, imagine para um zagueiro (risos). Foi um momento especial, espero repetir esses momentos. Venho trabalhando forte no dia a dia porque sei da minha altura e da minha força física. Bola parada não é só tamanho, tem imposição física e gesto técnico. Venho trabalhando no dia a dia para me aprimorar nesse quesito para ter mais dias e tardes felizes.

Filipe Luís diz a Fabrício: “Bonita a sua história, está aqui porque merece”

– Eu sempre soube que jogaria em grandes clubes. Filipe Luís é um cara por quem tenho enorme carinho e respeito. Teve um dia em que eu estava machucado, e ele estava machucado na panturrilha. Ele virou para mim e falou: “Fabrício, conta a sua história”.

– Falei para ele: comecei no Cruzeiro, depois fiz dois anos de Chapecoense, depois dois anos de Bragantino e estou aqui. Ele falou: “Cara, bonita a sua história. Se você está aqui é porque merece”.
– Quando eu estava no Cruzeiro, outras pessoas recebiam propostas de times menores e não queriam. Por quê? Talvez você dá um passo atrás para dar dois para frente. Sempre encarei todos os desafios na minha vida, foi assim na Chapecoense. Tenho uma história muito bonita na cidade. O Bragantino do mesmo jeito. Quando saí do Cruzeiro, fui tachado de louco por sair do Cruzeiro para o Bragantino.

Desejo de fazer bonito no Flamengo
– Talvez se não tivesse dado os passos que dei na minha carreira, eu não estaria aqui hoje. Então me sinto um privilegiado de estar aqui e viver esse momento especial no clube. Tenho um carinho enorme pelo Flamengo, espero conquistar títulos e que a minha história aqui seja cada dia mais feliz e bonita.

Elogios a David Luiz, “que dispensa comentários”
– Quando cheguei aqui, o David foi o cara que mais me acolheu. No primeiro bobinho, ele falou: “Irmão, se solta, vai ser feliz”. Não esqueço uma frase que ele falou comigo na final da Supercopa: “Desfrute, eu estou aqui para te ajudar a chegar no seu mais alto nível”.
– Gratificante receber uma mensagem de um cara como ele. Já passei por elencos onde havia uma vaidade absurda, e aqui não tem isso.

– Aqui é um clube gigante, onde todo mundo poderia ser egoísta para aparecer mais do que o outro, e não tem isso. Filtro bastante o que ele fala porque ele sabe o que está falando. Não faz média com ninguém. Está aqui com o único desejo de ajudar tanto o Flamengo quanto a rapaziada mais nova que está surgindo.

Efeito Dorival Júnior
– Ele chegou e implementou o básico. E fazer o simples no futebol é muito difícil. Abraçou a todos da mesma forma, e eu lembro que a primeira coisa que ele me perguntou era se eu estava preparado para jogar, mas eu só tinha dois dias de preparação física. Eu não me sentia preparado. Se não estou pronto para executar, prefiro ser sincero do que ir e fazer pela metade. Não sou cara de fazer as coisas pela metade. E precisei de treinos até pegar a filosofia de trabalho dele porque eu vinha de uma filosofia, do treinador anterior, que era diferente.

Rodízio que dá certo

– Ele preza muito pela segurança. Tem jogo que você vai conseguir jogar em outros não, vide que o nosso sistema defensivo teve uma crescente. É fruto do trabalho que ele vem fazendo. Acho importante o rodízio, estamos performando tanto nas copas quanto no Brasileiro.

– Está todo mundo satisfeito e jogando. Se perguntarem “Fabrício, você quer jogar contra o Palmeiras e contra o São Paulo?”. Claro que eu quero jogar, mas talvez a musculatura não aguente. O futebol de maneira global é muito intenso hoje em dia. Nosso departamento não tem ninguém com lesão muscular. O rodízio vem contribuindo com isso também.

Acolhimento de Dorival

– Já peguei treinadores que trabalhavam com os 11, e está tudo certo. E em ex-clubes, o pessoal reclamava: “pô, quando a gente entra em campo não sabe o que fazer”. Isso é muito ruim para o jogador. O que define o Dorival é o acolhimento que ele deu para todos. No primeiro treino dele aqui, ele disse: “Se preparem porque todos vão jogar”. Muda a formação, mas está tudo encaixadinho e dando certo.

Defesa em alta

– Todas as linhas que treinam trabalham de forma semelhante. Seja a com David Luiz, Léo Pereira, Filipe Luís e Rodinei, ou a comigo, Pablo, Matheuzinho e Ayrton Lucas. Hoje a gente fez um 10-0, e do outro lado também se trabalhou a mesma situação.

Frase inspiradora da mãe para vencer obstáculos

– Aprendi uma frase com a minha mãe: “Filho, o que não é seu não nasceu com você. Você vai morrer sem isso”. Me apego muito a isso e dizia para todo mundo: “Não vou ter dor crônica, não vou ter problema crônico, vou conseguir voltar a jogar bola em alto nível”.

Fabrício Bruno, emociona, Flamengo


225 visitas – Fonte: globoesporte



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