MUNDO RUBRO-NEGRO: Por Ivan Trindade

A derrota do Flamengo por 1 a 0 para o Independiente Del Valle, no jogo de ida da Recopa Sul-Americana, aumentou ainda mais a pressão sobre o técnico Vitor Pereira. O treinador português ainda não conseguiu dar um padrão de jogo ao time.

Durante todo o dia nesta quarta-feira (22), analistas avaliaram qual será o futuro de Vitor Pereira no Flamengo. A maioria concordou que o título da Recopa, a ser conquistado na próxima terça-feira (28), é fundamental para uma maior tranquilidade na sequência do trabalho.

No UOL, Arnaldo Ribeiro fez uma declaração surpreendente ao classificar o nível de pressão que o atual técnico do Flamengo sofre. O jornalista, que é são-paulino declarado, afirmou que treinar o Flamengo é mais difícil do que treinar a Seleção Brasileira.

“Desde o Jorge Jesus, o treinador do Flamengo tem que agradar os torcedores da internet e da arquibancada, mas também os jogadores e agradar a crítica especializada”, disse.

“Para mim, é mais difícil hoje ser técnico do Flamengo do que da Seleção Brasileira. A pressão é menor. Até porque o técnico do Brasil pode escolher quem quiser”, completou.



Na opinião dele, a passagem de Jorge Jesus pelo cargo deixou um misto de legado e vazio no coração do torcedor rubro-negro. Arnaldo deu o exemplo da saída de Dorival Júnior para dimensionar a dificuldade de treinar o Flamengo.

“Esse processo de desmame é muito grande, aconteceu no Corinthians do Tite, no São Paulo do Telê, a curiosidade do Flamengo do Jesus é que foram cinco meses e foi tão marcante que conseguiu satisfazer a Magnética toda. Ou volta o Jesus para reformular o time ou quebrar a cara, ou vai ser difícil para qualquer um se estabelecer no Flamengo. O recado da diretoria, ao trocar técnico após a conquista da Libertadores e da Copa do Brasil, é que era insuficiente. É bem difícil ser técnico do Flamengo.”

Flamengo já teve seis técnicos desde a saída de Jorge Jesus
A rotatividade no cargo de técnico do Flamengo tem sido enorme. Desde a saída de Jorge Jesus, que se transferiu para o Benfica em agosto de 2020, o Rubro-Negro já teve seis treinadores. O português Vitor Pereira é a mais nova tentativa.

A média de permanênciados treinadores não passa de seis meses. A pressão é tão grande que nem a conquista de títulos garante a permanência. Rogério Ceni perdeu o emprego em 2021 após vencer o Campeonato Brasileiro 2020, A Supercopa 2021 e o Carioca 2021.

Da mesma forma, Dorival Júnior chegou em junho de 2022, mas em seis meses arrumou o time, que embalou para as conquistas da Copa do brasil e da Libertadores. Mesmo com as duas taças no bolso, Dorival não teve o contrato renovado, pois viu Vitor Pereira substitui-lo. O português, co dois meses de trabalho, sente a pressão.