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Dorival dá vantagem competitiva a Abel, que aproveita e surfa no Brasileiro


Não dá para saber ainda quem prevalece no confronto entre os dos times melhores do país. Explica-se:

Palmeiras

e

Flamengo

não se enfrentaram em todas as suas potencialidades. Até porque, quando isso poderia ocorrer, o técnico rubro-negro, Dorival Jr., optou por mandar a campo uma formação reserva. Em jogo decisivo do campeonato mais importante do país, um treinador decidiu dar a outro uma vantagem competitiva relevante.

O confronto no Allianz Parque tinha um contexto: o time alviverde jogava com nove pontos de vantagem, a equipe rubro-negra tinha uma chance única de entrar na briga real pelo Brasileiro ao reduzir o buraco para seis pontos. Ao final, o Palmeiras manteve nove pontos, e tem oito sobre o vice-líder Fluminense.

Ao final do jogo, Dorival Jr. alegou que havia desgaste de atletas, que o gramado sintético piora a situação e que queria jogadores inteiros para a semifinal da Copa do Brasil, uma competição de menor importância. Em seu time, estavam Santos, David Luiz, Thiago Maia e João Gomes, de titulares. Poupou todas as suas estrelas ofensivas.

De início, com sua formação principal, o Palmeiras foi melhor e pressionava o Flamengo com uma marcação alta no campo rival. Não chegou a criar grandes chances, esbarrou em uma bem montada defesa rival. O time carioca equilibrou a partir dos 15/20min, embora também sem grandes oportunidades.

Em um primeiro tempo fechado, uma bela jogada de Ayrton Lucas (o melhor rubro-negro) achou um cruzamento precioso para Victor Hugo abrir o placar. A partir daí, o jogo foi mais palmeirense, embora com um problema de poucas variações ofensivas, insistências em bolas altas até em laterais.

A volta do intervalo teve um Palmeiras bem mais dominante e eficaz. Insinuante, Dudu superava os defensores rubro-negros dos dois lados e achava espaços, Scarpa explorava o canto direito com dribles e cruzamentos. Até demorou para o time paulista fazer o gol com belíssima conclusão de Raphael Veiga, que não vinha bem até ali. Tanto que a equipe alviverde já fizera um tento impedido. Do lado rubro-negro, uma bola nos pés de Lázaro foi a melhor oportunidade de gol.

Dorival olhou a sua planilha e decidiu botar os titulares do Flamengo, paulatinamente, a partir dos 70min do jogo. Repetiu exatamente o que fizera em outros jogos contra rivais inferiores. Estava claro pela sua opção que deixou de lado o Brasileiro. Entraram Pedro e Everton Ribeiro. Só depois colocou Arrascaeta,

Gabigol

e Vidal.

Mas aí já era outro jogo. O Palmeiras tinha o resultado que queria, recuou para explorar contra-ataques e os titulares rubro-negros ainda se acomodavam em campo. Passaram a ter o domínio da bola, mas também não criaram lá chances de impressionar.

Sejamos sinceros, foi um jogo inferior ao do primeiro turno, em que os dois times tiveram muitas chances de gol e mais desempenho. De saldo, o Palmeiras sempre esteve mais perto da vitória. Não por acaso acabou com 20 conclusões a gol contra 11 dos rubro-negros. Teve mais posse de bola, mais passes certos, mais escanteios, menos faltas cometidas. Jogou melhor. E levou o resultado que lhe interessava na tabela. Poderia ter ganhado se um pouco de sorte o ajudasse.

É justo dizer que Dorival Jr. não é o principal responsável pelo Flamengo estar muito longe do Brasileiro. O desempenho da equipe com Paulo Sousa o deixou obrigado a uma campanha de recuperação difícil. Dito isso, ele tinha nas mãos a chance de voltar para o jogo e decidiu entrar meio de lado, como quem não faz questão desta taça. Abel Ferreira agradece por ter essa ajuda para triunfar em mais um confronto estratégico diante do Flamengo.

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