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Dorival culpa desgaste para poupar titulares contra o Palmeiras


Dorival Jr – Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

GLOBO ESPORTE: Por Cahê Mota

Ao fim do empate contra o Palmeiras, em 1 a 1, neste domingo, no Allianz Parque, o técnico Dorival Júnior justificou a escolha pela formação do Flamengo sem alguns dos seus principais jogadores, como Arrascaeta, Pedro e Gabigol. Segundo o treinador, o desgaste físico o obrigou a mandar a campo um time com quatro titulares (Santos, David Luiz, Thiago Maia e João Gomes). Com o resultado, o Flamengo continua em terceiro no Brasileirão, nove pontos atrás do líder Palmeiras. O Fluminense é o segundo.

Na última quarta, os atletas poupados participaram da vitória sobre o Athletico-PR que garantiu o Rubro-Negro na semifinal da Copa do Brasil. A partida foi disputada no gramado sintético da Arena da Baixada.

– As pessoas não têm ideia do que é jogar na Baixada no sintético e também aqui. Fatalmente amanhã teríamos os jogadores desgastados em relação a isso. Quando trabalhamos no Athletico-PR não podíamos fazer dois trabalhos seguidos no campo sintético quando tínhamos jogos. Os jogadores (do Flamengo) não são acostumados (com a grama sintética). Não sabia que reação teríamos na segunda-feira. A maior preocupação foi isso – explicou, para completar: – Segundo, confio no time que botei em campo. Não sofremos no primeiro tempo. Foi um jogo equilibrado. As duas equipes poderiam ter buscado o resultado. Foi um bom jogo, as duas equipes são parelhas, com suas características, mas com a mesma condição de estarem onde estão – concluiu.

Ao longo do segundo tempo, no entanto, com o crescimento do Palmeiras na partida, Dorival decidiu botar os medalhões em campo. Quando Pedro e Everton Ribeiro estavam na beira do gramado para entrar na partida, o time da casa fez o gol do empate. Questionado se poderia ter feito a mudança anteriormente, o técnico considerou que o Palmeiras não apresentava riscos que justificassem substituições:

– O Palmeiras teve duas oportunidades em jogadas por dentro. Em uma saiu o gol. Até aquele momento o jogo estava controlado. Quando iniciamos as nossas mudanças, acabamos sofrendo gol. Pedro e Ribeiro estavam prontos para entrar. Até então não tinha motivo para alteração. Quando fizemos mudança no nosso lado esquerdo, inibimos as jogadas (pelo lado). Mas na primeira troca de passes por dentro, foram felizes na jogada.

Apesar do resultado que tirou o Flamengo da vice-liderança o treinador continua vendo chances de sua equipe chegar ao título. Ele também culpou os pontos perdidos no início da competição, quando o português Paulo Sousa estava no comando da equipe, pela situação do time na tabela.

– Acho que neste momento a diferença é considerável. Mas temos que pensar rodada a rodada e fazer nossa parte. O que vai acontecer depois, não dá para saber. Há sessenta dias não tínhamos uma equipe confiável, hoje temos duas equipes repetindo atuações com características próprias. Isso acho que tem um valor maior. Temos uma sequência importante dos jogos que podem afastar ou aproximar do líder. Mas temos que continuar a buscar pontos importantes que foram deixados para trás no início da competição – analisou.

Veja outros tópicos da entrevista coletiva:

Desempenho do Victor Hugo
– A garotada vem chegando com muita força. Vem demonstrando a capacidade e buscando espaço na equipe. É assim com Lázaro, Victor, Matheus. O João é, praticamente, uma realidade. Tem outros garotos chegando. Fico feliz o crescimento (do Victor Hugo), é um jogador que tem característica boa, tem chegada. Ele é um meia mais agudo que entra na área e participa de definições. Isso é muito importante para nossa equipe.

Atuação do Ayrton Lucas
-É nítida (a evolução). O Ayrton é importante. Quando fala de reserva do Filipe, eu vejo os dois como titulares. A prova disso é que hoje botamos uma equipe que jogou de igual para igual. Praticamente no mesmo nível do que a do Palmeiras.

Elenco forte
-Nós estamos buscando o melhor pelo Flamengo. Os jogos têm mostrado coisas positivas. Mesmo assim estamos trabalhando para melhorar a capacidade das duas equipes, não temos mais lesões. Estou dirigindo uma equipe que está passando confiança, tem variedade de jogadas, infiltração, chegada de terceiro homem. É trabalho de treinamento.

Aplicação do grupo
– Estamos tentando trabalhar atacando as possibilidades. Propusemos uma situação, os jogadores entenderam, estão motivados. Todos são importantes. Quando foi colocado da titularidade, para mim, não existe. Tanto joga um quanto o outro. Não se importam de jogar no domingo ou na quarta. Todos estão engajados. Se continuarmos com essa postura, vamos chegar a resultados.

Link do Artigo do FlaResenha

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