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Dorival completa três meses de revolução no Flamengo; confira os principais atos – Flamengo Com Vc, Mengo


Por Redação em 11/09/2022 às 12:08:11 Treinador põe fim em desentendimento com Diego Alves, dá solidez defensiva ao time, efetiva Pedro no ataque e sai em defesa de atletas perseguidos pela torcida Em 11 de junho, quando Dorival Júnior estreou à frente do Flamengo, o cenário era de terra arrasada. Três meses se completam neste domingo, quando o time encara o Goiás, na Serrinha, às 19h, e o que se viu foi uma revolução comandada pelo treinador de 60 anos. A solidez defensiva, o bom trato com os jogadores e a efetivação de Pedro como titular foram algumas de suas principais realizações.

Como era o Flamengo antes de Dorival

O time ocupava a 14º colocação, com apenas um ponto em relação ao Cuiabá, que abria a zona de rebaixamento, e praticava um futebol inconsistente. Raramente vencia grandes adversários, vinha de dois vices (Supercopa do Brasil e estadual), e os jogadores estavam desconfortáveis com as ideias e o sistema de Paulo Sousa.

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O português não conseguiu fazer dar certo a saída de três com Filipe Luís na linha de zaga. Insistiu bastante até que desistiu na reta final de sua passagem. Improvisou Everton Ribeiro e Marinho na esquerda. O último, aliás, jogou como ala na primeira partida da decisão estadual, contra o Fluminense.

Dorival Júnior, técnico do Flamengo, em jogo pela Copa do Brasil

Marcos Ribolli

Não bastassem as decisões táticas, Paulo perdeu o grupo por expor seus atletas frequentemente com críticas públicas. Marinho, Pedro e especialmente Diego Alves, com quem sua comissão técnica nunca teve relação amigável, foram alguns dos alvos.

Sua última semana, em Atibaia, foi marcada por constrangimento, já que todos sabiam que a demissão era questão de dias. Saiu com 19 vitórias, sete empates e seis derrotas. Apesar dos números não tão ruins, vale lembrar que, no período, enfrentou várias equipes pequenas do Rio e o Altos, do Piauí, na Copa do Brasil.

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Nos clássicos, penou para vencer as semifinais contra um enfraquecido Vasco e não conseguiu vencer o Fluminense no Carioca. Com o Botafogo, ficou no empate, com uma vitória para cada lado.

Primeiro ato de Dorival: paz com Diego Alves

Conhecido por ser um profissional educado e pela fama de bom gestor de grupos, Dorival Júnior já chegou ao Flamengo apagando um velho incêndio. Tratou de por fim ao desentendimento que tivera com Diego Alves em 2018, em sua segunda passagem pelo clube, e o efetivou como titular do gol.

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Dorival tomou tal decisão mesmo sem ter comandado um treino sequer. O treinador foi anunciado no dia 10, chegou a Porto Alegre, local do jogo com o Internacional, nas últimas horas daquela sexta-feira e deu uma preleção na manhã de sábado. Lá, comunicou aos atletas que Diego Alves jogaria.

Além de apagar o problema vivido cerca de quatro anos atrás, Dorival deu espaço a uma das lideranças do grupo. Isso depois de um longo período encostado por Paulo Sousa. Diego foi titular nos quatro primeiros jogos, mas uma pubalgia o tirou de ação, e Santos tomou conta da posição nos compromissos seguintes.

Diego Alves com Dorival Júnior, neste sábado

Marcelo Cortes / Flamengo

Início irregular e primeiro percalço: BH

Sem tempo para passar suas ideias no início do trabalho, Dorival comandou cinco jogos em 14 dias. Perdeu para o Internacional em sua estreia e duas partidas para o Atlético-MG (uma pelo Brasileiro e outra pela Copa do Brasil). Nesse período, venceu Cuiabá (2 a 0) e América-MG (3 a 0)

No triunfo sobre os mato-grossenses, porém, Dorival perdeu um homem de confiança que já havia comandado no Santos. Bruno Henrique sofreu lesão multiligamentar no joelho direito durante o jogo no Maracanã, em 15 de junho. Exames foram realizados, e o departamento médico informou que Bruno não jogaria mais em 2022.

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Bruno Henrique, atacante do Flamengo

Reprodução

Três dias depois, o Flamengo anunciou Everton Cebolinha, que após a abertura da janela, seria o substituto imediato de Bruno Henrique. Esqueceram de avisar isso a Pedro.

Pedro, o 7 a 1 e a formação das equipes A e B do Flamengo

A dupla Pedro e Gabigol começou a se desenhar na vitória por 3 a 0 sobre o América-MG. Na ocasião, Gabriel abriu o placar após excelente passe do companheiro. A jogada nasceu de um bom lançamento com os pés de Santos para o centroavante. No jogo seguinte, ciente de que ainda havia pressão e irregularidade, Dorival fechou a casinha com três volantes diante do Tolima e desfez o ataque dos goleadores. Em sua despedida, Andreas garantiu o 1 a 0 com um golaço fora da área.

A partir daí, começou a estratégia de poupar no Brasileiro, e Dorival dividiu o Flamengo em equipes A e B. Àquela altura, Pedro ainda fazia parte da B, tanto que foi titular da equipe alternativa na vitória por 2 a 1 sobre o Santos. Jogou pouco mais de 20 minutos ao lado de Gabriel, no segundo tempo, e os dois marcaram os gols rubro-negros.

A boa atuação credenciou Pedro a titular do time principal. E ele não desperdiçou a oportunidade. Fez quatro gols nos 7 a 1 sobre o Tolima, deu assistência e passe de calcanhar para lance que terminou em gol contra.

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Assumia ali a artilharia da Libertadores e iniciava o melhor momento de sua carreira. Com Dorival, marcou o dobro do que havia feito com Paulo Sousa: 16 gols. Nos jogos em que foi titular, a média é de um gol por partida.

Da goleada em diante, o Flamengo venceu 14 vezes, empatou três e perdeu apenas um jogo, por 1 a 0 para o Corinthians com a equipe alternativa.

Defesa intransponível

Com a efetivação de Pedro, o ataque parecia resolvido. Afinal, naquele momento, eram 17 gols em oito partidas. Mas no mesmo recorte o Flamengo foi vazado em cinco de oito jogos – nove sofridos. Aos poucos, Dorival, com a ajuda de seu auxiliares, encontrou o quarteto ideal: Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís. Isso sem falar de Santos esbanjando segurança no gol.

Três meses depois, Rodinei, questionado pela torcida há anos, virou tema de coletiva de Tite. Léo Pereira, outro que ainda não havia engrenado com a camisa do Flamengo e vinha de uma final desastrosa contra o Fluminense, voltou a ser o jogador que despontou no Athletico-PR. David Luiz passou a viver seu melhor momento no clube, e Filipe Luís voltou a jogar em alto nível após a comissão técnica administrar de maneira correta seus minutos em campo.

O Flamengo de Dorival levou apenas 16 gols em 26 jogos – média de 0,6 por partida. E olha que se trata de uma equipe cuja a proposta é sempre atacar o adversário e que, em condições normais, também daria muitos espaços a adversários. Isso não acontece com o Flamengo de hoje.

Nas 26 partidas de Dorival, o Flamengo saiu com sua defesa invicta em 14.

Chances a Diego, consolidação de Ribeiro e apoio a jogadores criticados

Em relação a números, o Flamengo de Dorival é incontestável. São 19 vitórias, três empates e quatro derrotas. Essa campanha permitiu ao clube seguir na briga pelo título brasileiro, classificar-se para a final da Libertadores – a primeira do treinador na carreira e a terceira dos rubro-negros em quatro anos – e deixar sua situação bem encaminhada contra o São Paulo na semifinal da Copa do Brasil após vitória por 3 a 1 no Morumbi – a vaga é definida na próxima quarta-feira, no Maracanã.

Desde que estabeleceu um planejamento com duas equipes, Dorival conseguiu encaixar um dos líderes do elenco no time B. Diego voltou a ser utilizado, fez gols e realizou algumas boas partidas. É verdade que, aos 37 anos, oscilou e também recebeu críticas, mas voltou a ser útil depois de raríssimas chances com Paulo Sousa.

Everton Ribeiro, por sua vez, voltou a mostrar bom futebol. Com Dorival, saiu do corredor esquerdo, onde foi escalado em várias oportunidades por Paulo Sousa, para jogar como uma meia.

Ribeiro é quem faz o Flamengo andar. Além de atacar, fazer gols e dar assistências, segue fazendo o trabalho de marcação com muito eficácia. A sequência de grandes atuações o recolocou na Seleção e o fez sonhar de novo com a Copa do Catar.

Dorival também teve tato para posicionar Gabriel mais à direita. Acostumado a jogar centralizado, o atacante foi convencido pelo treinador a atuar de outra forma, movimentando-se frequentemente. Os gols diminuíram, mas a entrega e a criação de oportunidades cresceu.

A sequência de chances partidas trouxe críticas de parte da torcida, mas Gabriel mostrou-se comprometido com Dorival e com o restante do time.

Além de gerir egos, Dorival fez posicionamentos públicos. Manifestou-se para defender Vitinho, Willian Arão, Diego e outros jogadores que eventualmente receberam críticas no período.

Após a vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba, em Brasília, foi firme ao externar sua insatisfação com vaias a Vitinho.

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– Confio muito no grupo que tenho, nos jogadores que ali estão. Não desisto de jogar nenhum. O que aconteceu hoje com Vitinho é lamentável. Ele tem trabalhado, tem se dedicado e em algum momento vai encontrar sua melhor produção. E torço para que isso aconteça. Enquanto jogador não desistir dele próprio, pode ter certeza que nós, da comissão, e os diretores não o faremos.

Dois meses para solidificar a revolução

Dorival tem pela frente dois meses e muito provavelmente 17 jogos até o fim da temporada. São 13 pelo Brasileiro, a final da Libertadores e mais três caso avance à final da Copa do Brasil.

Com o grupo nas mãos, números a favor e apoio da torcida, o treinador em três meses transformou um time e próprio status. Se chegou a ser citado pejorativamente como técnico-tampão porque o Flamengo não iria ao mercado europeu novamente, agora ele está a poucos passos de gravar seu nome na história do clube.

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