A 50 dias da final da Libertadores, data mais importante do calendário rubro-negro em 2022, torcedores têm se mobilizado para viajar a Guayaquil. Mas muitos esbarram no alto valor –
pacotes oferecidos superam R$ 20 mil
– e na dificuldade para conseguir hospedagem. Presidente do Conselho de Administração do
Flamengo
e ex-vice de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, questionou a realização da decisão no Equador.
De olho em futuras finais, sugeriu Estados Unidos e Europa como potenciais sedes.
– Por que não levar a final da Libertadores para cidades como Miami, Orlando, Dallas, Lisboa ou Madrid, por exemplo, onde há estádios maiores, abundância de voos e hotéis? Para os torcedores seria mais barato pelo volume de ofertas e para o produto a visibilidade seria muito maior – postou.
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Em contato com o
ge
, Bap afirmou que não se trata de crítica à cidade que abriga os tradicionais Emelec e Barcelona,
mas sim uma priorização à internacionalização da competição mais importante do continente.
Dirigente do
Flamengo
desde 2013, garante que sempre foi bem tratado por lá, onde os rubro-negros atuaram quatro vezes entre 2018 e 2021.
– Existe na nossa região (América do Sul) uma clara limitação de cidades com condições de receberem torcedores com boa infraestrutura hoteleira e opções de voos diversas. A exceção é o Brasil, mas não faria sentido algum a final ser sempre aqui, o que acabaria com a esperada neutralidade do local, face ao momento de nossos clubes. Então acaba ficando tudo caríssimo nestes lugares.
– Veja aí as opções para se chegar em Guayaquil e preços. Em relação a hotéis, não há mais disponibilidade nenhuma a preços razoáveis. Voos então, um pesadelo. Então ou a cidade que recebe a final tem estrutura hoteleira e malha aérea vasta ou você acaba punindo o torcedor dos clubes – afirmou, citando também que a economia equatoriana é dolarizada.
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Luiz Eduardo Baptista é presidente do Conselho de Administração do Flamengo — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
Luiz Eduardo Baptista é presidente do Conselho de Administração do Flamengo — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
Nesta sexta-feira, o jornal espanhol “As” publicou que a Fifa estuda levar o Mundial de Clubes de 2022 para os Estados Unidos, com realização prevista para 2023.
À parte das dificuldades encontradas por torcedores para o jogo com o Athletico-PR, em 29 de outubro, em Guayaquil, Bap afirma que a melhor fórmula para próximas decisões da Libertadores é tirá-la do continente sul-americano. Desta forma, clubes e a própria competição teriam mais visibilidade.
– Independentemente dessa decisão, acredito que a Libertadores deveria se internacionalizar mesmo. O mundo veria a final do maior torneio do continente! A atratividade do produto seria muito maior. O futebol sul-americano sendo levado para todo o mundo.
Por fim, Bap destacou que cidades com malha aérea mais acessível e rede hoteleira mais diversificada permitiria que torcedores comuns gastassem menos e, consequentemente, tivessem maior acesso à final mais importante da América do Sul.
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Luiz Eduardo Baptista é presidente do Conselho de Administração do Flamengo — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
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