João Gomes se firmou como titular do Flamengo e vive grande fase
João Gomes
é um dos principais destaques na atual temporada do
Flamengo
, que enfrentará fora de casa o
Fortaleza
, nesta quarta-feira, pelo
Campeonato Brasileiro
. Especulado em clubes como
Real Madrid
,
Atlético de Madrid
e
Liverpool
, o volante pode em breve ir para a
Europa
.
Lançado por Rogério Ceni, mas esquecido por Renato Gaúcho, o meio-campista ganhou protagonismo sob o comando de Paulo Sousa. Quem viu esse crescimento de perto foi Maurício Souza, que trabalhou com o jovem na base e no profissional do clube rubro-negro.
Segundo o ex-auxiliar do time carioca, o volante tem totais condições de brilhar nos principais times do “Velho Continente”. E explicou a razão para João Gomes, a quem chama de trator, ter o estilo ideal para a Europa.
“Ele se encaixaria em todas as maiores ligas da Europa. Não teria dificuldades em nenhuma para se adaptar. Por exemplo: o Atlético de Madrid quer a sua contratação. É um jogo mais reativo e de marcação. Ele vai se sobressair com certeza porque tem capacidade de defesa. No Flamengo, é o oposto do Atlético, jogo todo propositivo, quer a bola e a marcação é feita em bloco alto. Ele é o destaque no Brasil. Não vejo ele com dificuldade porque ele tanto defende quanto ataca”, disse ao
ESPN.com.br
.
Torcedor rubro-negro desde a infância, o volante costumava frequentar o Maracanã ao lado do avô, Seu Valdomiro, que foi seu maior incentivador na carreira de jogador. Após começar no futsal do
Vasco
, ele entrou na base do Flamengo, aos dez anos.
“Comecei a ver o João desde cedo e sabia o que ele poderia dar. Lembro que dei uma entrevista no começo do ano dizendo que se pudesse levar um jogador seria o João Gomes pela capacidade de impor seu jogo. Os números estão dizendo a capacidade que tem de desarmar sem fazer falta, não perde a bola e tem uma leitura tática de jogo muito grande”.
Campeão de muitos torneios na base, ele jogou algumas vezes na mesma equipe de Vinicius Jr., mesmo sendo um ano mais novo que o astro do
Real Madrid
.
“Em alguns jogos ele abaixava com 15 ou 20 minutos. Eu achava que ele não ia aguentar o ritmo e falava: ‘Perdi o João. O que aconteceu, está cansado?’ Ele sumia por um minuto e depois acabava o jogo numa performance absurda, mas era algo dele. Acho que precisava de um tempinho para se recuperar, mas era de uma saúde incrível. Toda hora ele me assustava nisso. Não era algo físico, parecia que estava recebendo uma energia e terminava o jogo muito bem”, revelou Maurício.
O volante estreou nos profissionais em outubro de 2020, na vaga de Willian Arão, na vitória em casa por 3 a 1 sobre o Junior Barranquilla, pela Libertadores. Bastante aproveitado por Rogério Ceni, ele acabou sendo deixado de lado por Renato Gaúcho no ano passado.
“Personalidade muito forte, ele escuta, mas se impõe. Quando tem razão vai para o duelo, mas não quando está certo ele escuta. Tem uma capacidade de absorver os conselhos muito grande. Me surpreendia pela humildade e a capacidade de escutar. Ele sempre buscava a titularidade e escutava os mais velhos como David, Filipe e Diego. É um moleque de coração muito grande. Ele tinha o avô como porto seguro que levava para todos os lugares, mas perdeu o avô. Foi um trauma naquela época. Tenho uma grande admiração”, recordou.
Em 2022, a situação do jovem mudou com a chegada de Paulo Sousa. Depois, ele se consolidou ainda mais com Dorival Júnior.
“João estará em breve na seleção porque é um jogador completo. Chuta muito bem, tem força para chegar na área, marca, muito bem, bom passe e técnica. Não me assusta e nem é novidade esse sucesso todo ele. Um moleque trabalhador. Quer treinar o tempo todo: muito forte, não se machuca, é um trator!”, disse Maurício.
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