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Conselheiras do Flamengo formalizam pedido por maior participação feminina no clube


Documento busca oficializar a bancada feminina no Conselho Deliberativo e outras quatro metas


Na tentativa de oficializar a ‘bancada feminina’ no Conselho Deliberativo do Flamengo, o grupo de sócias do clube fez, nesta terça-feira (08), um pedido formal a todos os poderes do Rubro-Negro, com cinco metas propostas. Entre os pedidos, estão a criação de um canal de denúncias contra assédio e discriminação, maior participação das mulheres dentro da instituição e a desvinculação do futebol feminino da vice-presidência da base.

No documento, o grupo traz, também, dados levantados no clube para sustentar a tese de que há pouca participação feminina no Flamengo. De acordo com a bancada, há apenas 10%  de mulheres votantes no quadro social e nenhuma mulher na mesa de dirigentes no Conselho Deliberativo. Além disso, somente 2% no Conselho de Administração e 4% como conselheiras. A informalão foi divulgada inicialmente pelo GE, e confirmada pela reportagem do Coluna do Fla.

A atual conjuntura é desanimadora, porém reversível, com a adoção de algumas medidas simples, pouco ou nada onerosas, sistemáticas, inovadoras e transformadoras. Afinal, como o Flamengo evidenciou nos últimos anos, nada é impossível, ao revolucionar não somente o Clube, mas o Futebol Brasileiro como um todo, tornando-se um modelo de referência no país e fora dele”, diz trecho do documento.


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VEJA PEDIDOS DO GRUPO DE SÓCIAS:


  1. Criação formal da Bancada Feminina na Gávea
  2. Destinar às mulheres metade das vagas (50%) para novas associações ao clube.

“Ocupar espaços é fundamental para uma mudança gradual de mentalidades, e os espaços de poder constituem uma peça-chave nesse cenário”, escrevem no manifesto.

A ideia é dar prioridade às mulheres num prazo determinado. “E, somente se não houver o número suficiente de mulheres para ocupar metade das associações, as vagas poderão ser ocupadas por homens”.

  1. Criação de um canal de denúncias contra assédio e preconceito contra funcionárias, sócias e torcedoras que ocorram dentro do clube e em dias de jogos do Flamengo.

“Atento aos desafios na luta contra qualquer discriminação e no combate à violência, o Clube lançaria um canal de denúncias no próprio site. Ao clicar nesse ícone, imediatamente o denunciante seria direcionado para um número de WhatsApp, que receberia a mensagem e encaminharia para os responsáveis, conforme a ocorrência relatada.

No caso de denúncia de assédio ou discriminação ocorrida no ambiente do estádio, o conteúdo iria para os responsáveis pela segurança e atendimento no local, com informação do setor do estádio em que houve a ocorrência para que o atendimento seja mais ágil e eficaz”, detalham.

  1. Participação maior de mulheres em postos de liderança nos Conselhos e Comissões do Clube.

“Vinte por cento (20%) de todas as áreas do Clube (dos funcionários aos dirigentes) sejam ocupadas por mulheres com formação e capacidade para os cargos. E, somente se não houver o número suficiente de mulheres para ocupar as vagas, essas seriam ocupadas por homens.

Através de mudança do estatuto, seria oferecido às mulheres rubro-negras e com capacidade para exercer o ofício, a oportunidade de participar do Conselho Diretor, Conselho Deliberativo e suas Comissões, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Assembleia Geral”.

  1. Desvinculação do Futebol Feminino da Vice-Presidência do Futebol de Base.

“O apoio, a divulgação e a valorização dos esportes na modalidade / categoria feminina precisam também serem constantes e reiterados. O esforço do Flamengo, nos últimos anos e, nesse sentido, é louvável.

Em particular no futebol feminino onde, mesmo atrelado à Marinha, se constata uma vontade inegável de aprimoramento. A criação de uma base bem consistente e de um cargo exclusivamente voltado para a modalidade, a chegada de um patrocínio Master, uma maior divulgação pela FlaTV, e uma visibilidade ampliada nas redes sociais são avanços incontestáveis.

No entanto, manter o Futebol Feminino na Vice-Presidência do Futebol de Base significa infantilizar, inferiorizar atletas e mulheres.

A criação de uma Vice-Presidência de Futebol Feminino ou a integração da modalidade feminina à Vice-Presidência de Futebol seria um grande avanço na mudança de mentalidade e de medidas, ao mesmo tempo, concretas e simbólicas que mudam drasticamente uma conjuntura e, no caso, um Clube”.

Assinam o manifesto, as sócias:

Adriana Costa dos Santos, Ana Cláudia Cotta da Silva Monteiro, Anna Beatriz dos Santos Oliveira Tomé, Anna Luiza dos Santos Oliveira Tomé, Eduarda Martins Lima de Sousa, Bruna Meireles Severo, Cláudia Simas do Couto, Cristiana da Silveira Lobo, Elizabeth Fernandes, Fernanda de Souza Lima, Juliane Garcez Musacchio, Loralaine, Fernanda Stanescon Batuli de Siqueira, Manuella Petra de Mello Cotta Monteiro, Marcia Regina Freire Telles Costa, Maria Eduarda Cotta da Silva Monteiro Marques, Marion Konczyk Kaplan, Mirian Stanescon Batuli de Siqueira, Nicole Mitchell e Nívea Richa.



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