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com proposta ousada, Flamengo vence Goiás sem brilho


Após uma sequência de quatro tropeços, enfim o Flamengo voltou a vencer pelo Brasileirão. O Mais Querido derrotou o Goiás e deu fôlego ao trabalho de Paulo Sousa. Apesar da vitória, a equipe apresentou problemas recorrentes em 2022.

Não deixe de ler a análise anterior: Análise: qual foi o impacto de Paulo Sousa na vitória do Flamengo sobre a Católica?

Com Pedro, Flamengo inicia jogo com uma proposta ousada

Enfrentando um adversário que venceu seus últimos dois jogos com uma média de 27% de posse de bola, Paulo Sousa abdicou de um volante com maior poder de enfrentamento nos duelos defensivos para ter mais uma opção de profundidade: Pedro.

Iniciando a construção com Arrascaeta mais recuado, a ideia inicial do Mister era a de conseguir pesar a última linha defensiva do Goiás com o centroavante e BH. O meia uruguaio tinha liberdade para atuar próximo dos atacantes, enquanto Everton Ribeiro recuava para auxiliar Arão.

Ayrton Lucas iniciou a partida com bastante liberdade para avançar pelo corredor lateral esquerdo. Com isso, Bruno Henrique centralizava e se tornava um segundo atacante, ao lado de Pedro.

Apesar disso, a equipe passou os 15 minutos iniciais sem agredir com contudência o Goiás. A equipe buscava iniciar o jogo do centro para os lados sem ritmo e velocidade suficiente para atacar a última linha defensiva adversária em superioridade qualitativa ou numérica.

Então, aos 16 minutos, o Flamengo abriu o placar. Após Gabi e Matheuzinho tentarem uma inflitração pelo direita sem êxito, a volta passou para esquerda com Ayrton Lucas. Apesar de não ter tomado a decisão mais verticial, Arão induziu uma nova variação para o corredor direito.

Buscando jogo mais próximo dos meias, Gabi gerou apoio pelo corredor lateral e rapidamente acionou Matheuzinho em profundidade. O lateral-direito encontrou Pedro livre na pequena área para completar para o gol. 1×0.

Mesmo com o resultado adverso, o Goiás continuou em bloco baixo buscando transições ofensivas. Porém, o esmeraldino passou a ter um mais de posse. Em duas oportunidades, o Flamengo conseguiu rapidamente recuperar a bola e criar chances de finalização com Arão e Gabi.

O Mengão também foi contra-atacado. Após Hugo afastar mal o lançamento de Pedro Raul, Danilo Barcelos acionou Dadá Belmonte, que passou para o próprio centroavante finalizar dentro da grande área.

No fim da primeira etapa, o Fla viveu seu melhor momento no jogo. O time conseguiu de fato empurrar o adversário para próximo do gol com muitos jogadores na área. Movimentos de apoio e profundidade que condicionaram entradas no último terço com perigo.

No fim da primeira etapa, o Fla viveu seu melhor momento no jogo. O time conseguiu de fato empurrar o adversário para próximo do gol com muitos jogadores na área. Movimentos de apoio e profundidade que condicionaram entradas no último terço com perigo.

Ainda assim, a primeira etapa terminou com a sensação de que a equipe não produziu o suficiente para ampliar o marcador. Na maior parte do tempo, o Flamengo não conseguiu manter o nível de assertividade no passe e agredir com mais frequência e maior perigo o gol do Goiás.

Fla faz segundo tempo morno e volta a flertar com o tropeço no fim

O segundo tempo começou com mudança de Jair Ventura. O técnico sacou o zagueiro Da Silva para a entrada do volante Matheus Sales. Com isso, o clube goiano mudou do 5-4-1 para o 4-1-4-1. Sales entrou para vigiar Gabi, realizando perseguições quando o atacante buscava jogo no meio.

Todavia, o panorama do jogo nos primeiros 10 minutos da segunda etapa seguiu o mesmo em relação à maior parte do primeiro tempo. O Flamengo continuou com pouca efetividade em ser incisivo para construir chances reais de gol, mas conseguia controlar a partida.

Com o passar do tempo, o Flamengo foi perdendo fisicamente a capacidade de recuperar rapidamente a bola e começou a marcar num bloco médio. Isso se traduziu numa queda da posse durante a segunda de 69 para 59%. (Dados: SofaScore).

Mas esse maior tempo com a bola do Goiás era pouquíssimo efetivo. Passes laterais na linha defensiva que muitas vezes culminavam em lançamentos de Tadeu buscando o setor ofensivo. Arrasca recompunha o meio de campo como volante, próximo a Gabi e Pedro.

Com a clara queda de ritmo, Paulo Sousa e Jair Ventura trocaram algumas peças no meio da segunda etapa para manter a competitividade das equipes. Andreas, João Gomes e Lázaro entraram pelo lado do Flamengo. Felipe Bastos e Nicolas pelo lado do Goiás.

Andreas e Lázaro substituíram Everton Ribeiro e Bruno Henrique em suas posições. Arrascaeta passou a atuar ao lado de Pedro, enquanto João Gomes formou a dupla de zaga com Arão. Ayrton Lucas passou a avançar menos pelo corredor lateral.

Tanto antes e depois das mudanças, o Flamengo não conseguiu chegar próximo de finalizar nos últimos minutos da partida. Mais uma vez na temporada, a equipe não conseguia criar volume ofensivo no fim das partidas.

E aos 44 minutos sofreu um grande susto. Em rápido contra-ataque, o Goiás quase empatou a partida. Livre na grande área, Apodi perdeu a maior chance de gol alviverde no jogo.

Thiago Maia entrou no fim, substituindo Arrascaeta, mas isso pouco acrescentou até o apito final.
Flamengo venceu sendo superior ao seu adversário, porém, novamente flertou com um tropeço após uma queda brusca de desempenho na segunda etapa.

Vitória dá fôlego para Paulo Sousa buscar soluções

Diferentemente dos tropeços contra Botafogo e Palmeiras, a equipe não produziu tantas chances de gol para sair do Maracanã com um resultado superior a 1×0. Ao menos defensivamente não sofreu maiores sustos além da chance de Apodi no fim da partida.

Considerando o adversário fechado e a maior dificuldade de produzir ofensivamente, a proposta ousada de Paulo Sousa não surtiu o efeito esperado. Mesmo com a qualidade de Arrascaeta e Everton Ribeiro mais próximos da construção, a equipe não consegue ter fluidez com bola.

Os jogadores também são responsáveis pela má execução, mas o técnico também precisa agregar mais valor em resolver este problema. Eventualmente realizando trabalhos mais específicos e individualizados com os atletas, visando evoluir gestos técnicos e tomadas de decisão.

De qualquer maneira, para o prosseguimento mais tranquilo do trabalho, a vitória era o mais importante para Paulo Sousa. O treinador ganha fôlego para buscar soluções e, com o retorno dos lesionados, conseguir resolver muitos dos problemas recorrentes da equipe na temporada.

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Link do Artigo do MundoRubroNegro

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