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Carro que Zico ganhou pela atuação no Mundial de 81 motivou criação de lei


Eleito o melhor jogador em campo na vitória do

Flamengo

por 3 a 0 sobre o Liverpool na conquista do título mundial de 1981, Zico foi premiado com um Toyota Celica, carro dado pela patrocinadora do confronto entre o campeão sul-americano e o europeu a partir, justamente, daquela edição. O Galinho de Quintino fez questão de trazer o carro ao Brasil, o que rendeu até lei.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa


Dividida


, do

Canal UOL

, Dudu Monsanto conta as histórias presentes no podcast 81, sobre os 40 anos do título mundial do Flamengo, e explica como uma lei foi criada a partir do prêmio recebido pelo camisa 10 da Gávea, que o guarda até hoje.

“Aqui, no Brasil, não existia a possibilidade de você importar esse carro, então olha que loucura, olha o quanto que o Zico fez para poder guardar essa recordação. Ele procurou o Carlos Langoni, um grande rubro-negro, foi presidente do Banco Central e ele falou ‘vai no Francisco Dorneles, que é o ministro da Fazenda, pede uma autorização temporária e aí vem com o carro dessa maneira. E como o Marcio Braga está lá na câmara, vê se ele aprova uma lei para que as pessoas possam trazer do exterior os seus prêmios conquistados em feitos esportivos, enfim, que haja pelo menos uma exceção para quem representa o Brasil e conquista algo do tipo'”, conta Dudu.

“Por causa desse carro até lei foi feita e o Zico conta que muita gente deu de migué. ‘Ah esse prêmio aqui eu ganhei na Arábia Saudita’, começaram a trazer um monte de coisas graças a essa lei”, completa.

Dudu Monsanto também destaca a forma como Zico avaliou o valor do carro e dividiu entre os jogadores campeões mundiais com o Flamengo. O jornalista conta a emoção de ter andado no carro durante o período em que realizou pesquisas para o livro, documentário e agora o podcast a respeito do título rubro-negro.

“Das grandes emoções que eu tive durante esse momento de pesquisar, fazer o livro, foi a chance de ir na casa do Zico, dar uma volta no Toyota Celica 82 que é o prêmio que o Zico recebeu por ter sido o melhor jogador na final do Mundial de Tóquio. É até com ele que eu abro tanto o podcast quanto o livro, que eu chamo esse carro aqui de máquina do tempo, ele parece muito aquele carro do Marty McFly do ‘De volta para o Futuro'”, conta Dudu.

“Aquele carro significa muita coisa e ele representa muitos dos valores que vêm com o Zico, porque o Zico podia ser simplesmente um grande jogador de

futebol

, como tem centenas aqui no Brasil, mas ele é um cara que também nos valores passa muitas coisas positivas, muitas mensagens importantes, uma delas: esse carro, na época, valia US$ 8 ou 9 mil. O Zico pegou o valor correspondente, dividiu todo esse valor —e na época não tinha isso, não se fazia isso, nunca ouvi ninguém fazer isso antes dessa história. Ele pega o valor do carro, divide, dá a parte em dólar correspondente a cada um dos atletas do Flamengo”, conclui.

O

Dividida

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