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Brigas podem trazer modelo de torcida única ao Rio de Janeiro


As cenas violentas entre torcidas de Flamengo e Vasco foram bem feias antes do último clássico entre os dois clubes e ligou um alerta no Rio de Janeiro. Com a anistia das torcidas organizadas e o retorno delas aos estádios, as brigas voltaram a acontecer e já levou a nova suspensão delas nas arquibancadas. É o caso de Raça Rubro-Negra e Torcida Jovem do Flamengo, por exemplo, além da Força Jovem do Vasco. Contra o Fluminense, episódios de violência também aconteceram, embora em escala menor. Mas tudo isso faz com que se discuta a possibilidade da implementação da torcida única no Rio de Janeiro em clássicos regionais, como acontece em São Paulo.

É o que diz o promotor de Justiça Rodrigo Terra: “Essa medida é muito importante porque é um freio de arrumação para que não se repitam as cenas horríveis que temos visto recentemente. É preciso impedir que isso se repita”, disse Rodrigo, que continua: “O mais importante, porém, é pensar em médio e longo prazo”.

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Além disso, o mandatário entende que a implementação da torcida única não é o único caminho e diz que um sistema de biometria facilitaria: “A implantação da biometria nos estádios possibilitaria a identificação do agressor e o cumprimento da medida restritiva, o que diminuiria a sensação de impunidade que motiva os agressores não identificados”.

Torcida única é avaliada

No entanto, a medida extrema está sendo estudada e ainda pode ser solicitada e acatada na cidade. Mas isso é tratado como último caso e só deve acontecer com a continuidade das brigas. É bom frisar que dificilmente elas vão parar e a torcida única torna-se um caminho real. Ou seja, o torcedor comum é prejudicado pelos brigões travestidos de torcedores. Quem estuda fazer o requerimento à Justiça é a 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital.

Clubes são contra torcida única no Rio de Janeiro

Não são todos que se apegam a essa ideia. O Botafogo, por exemplo, manifestou sua opinião sobre o assunto e deixou claro que não apoia a chegada da torcida única no Rio de Janeiro

“Entendemos que torcida única não é a solução. É um problema de segurança pública. Esse movimento de violência vem de uma minoria restrita, que precisa ser punida severamente dentro da lei. Não podemos punir os demais torcedores, que vão aos estádios com amigos e familiares para torcerem por seus clubes. As torcidas do Rio fazem lindas festas e nos setores mistos não colecionamos episódios violentos. O Botafogo é contra a torcida única nos clássicos“, afirma o Botafogo.

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, deu sua opinião ao Lance após o clássico contra o Mengão e também desaprovou.

“Se a decisão vier a gente vai acatar, mas é punir o espetáculo. Foi bonito hoje com as duas torcidas. Eu fico preocupado porque com torcida única a briga pode acontecer fora do estádio. Eu acho que optar por torcida única é punir o espetáculo”, opina.

O técnico Maurício Barbieri, do Vasco, não conseguiu dar uma afirmação definitiva.

“Não tenho a pretensão de ter uma resposta definitiva porque é um tema difícil. Não me julgo com a competência para dizer se é certo ou errado. Acho que quando chegamos nesse ponto, todos nós como sociedade deixamos de fazer algo importante”, conclui.

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