O Flamengo segue com 100% de aproveitamento na Libertadores 2022. Lidera o Grupo H com folga após a vitória por 3×2 sobre a Universidad Católica. A boa notícia é a quantidade de oportunidades criadas e o encaixe do sistema ofensivo. A má é a incapacidade de passar um jogo sem tomar sufoco na defesa. Paulo Sousa fez mexidas bem questionáveis e o time perdeu totalmente o controle da partida no 2º tempo.
Comandada pelo técnico interino Rodrigo Valenzuela, a Universidad Católica entrou em campo com Galani no miolo de zaga. Gutierrez e Leiva formaram a dupla de volantes em uma escalação bem ofensiva. No Flamengo, Paulo Sousa usou sua força máxima disponível. Santos foi o escolhido no rodízio promovido na meta e Willian Arão atuou como zagueiro de novo.
Como Católica e Flamengo iniciaram a partida
Imagem: Rodrigo Coutinho
Sem perder fora de casa na Libertadores há dez jogos, o Flamengo começou a partida da mesma maneira que vem fazendo em sua história recente na competição. Tranquilo e confortável. Buscando a bola para se instalar no campo de ataque e dominar as ações desta forma. Bem posicionado, se mexendo com inteligência e de forma organizada, não demorou para abrir o placar.
Bruno Henrique aproveitou uma roubada de bola de Thiago Maia no campo de ataque, tabelou com João Gomes, e acelerou pela esquerda.
Gabigol
fez uma diagonal perfeita entre os zagueiros e recebeu em profundidade para marcar. O rubro-negro mostrava um bom posicionamento para marcar em bloco médio ou alto e anular as opções de passe do time chileno, mas sofria num cenário diferente.
Quando a Católica superava essa pressão inicial, encontrava muitos espaços nas proximidades da área carioca. O time demorava a se reposicionar, e a abordagem de marcação não era intensa. Do outro lado, jogadores como Leiva e Gutierrez iniciavam bem os ataques. Fuenzalida e Cuevas eram ativos pelos lados, e Orellana lia com inteligência e mobilidade as lacunas. O empate não demorou a acontecer.
O experiente Orellana encontrou Zampedri em condições de marcar com um lindo passe de calcanhar. O centroavante foi desarmado por Isla, atrasado no lance, mas a bola morreu no fundo da rede de Santos. Os 15 minutos iniciais resumiram perfeitamente a partida. O Flamengo iludia com a bola, funcionava, mas sem ela era muito irregular.
Isla mais uma vez teve uma atuação insegura defensivamente
Imagem: Gilvan De Souza / Flamengo
Como possui mais qualidade, o primeiro cenário beneficiou o Mais Querido, e algumas chances foram produzidas a partir de lances bem trabalhados coletivamente, mas sempre com a participação brilhante de Arrascaeta. Foi assim no segundo gol, quando sustentou bem a pressão de Rebolledo e acertou um lançamento primoroso para Bruno Henrique servir Gabigol mais uma vez.
O uruguaio ainda iniciaria dois lances que terminaram com finalizações imprecisas do camisa 9 rubro-negro. Bruno Henrique também protagonizou dois lances de perigo. A Católica por sua vez, mais nervosa e errando bastante a esta altura, seguia agressiva com a bola, e chegou perto de empatar com Cuevas aos 44′. Novamente Orellana participou de maneira decisiva.
Gabigol segue empilhando recordes com o Manto Sagrado
Imagem: Staff Images / CONMEBOL
A sensação é que mesmo jogando melhor o Flamengo não tinha o total controle das ações pelas oscilações defensivas. Isla e Willian Arão erravam bastante o posicionamento e o tempo de resposta em algumas jogadas na última linha. A solução trazida por Paulo Sousa no intervalo foi a entrada de Andreas Pereira no lugar de João Gomes.
Nitidamente o time perdeu ainda mais força de marcação, mas talvez a opção tenha sido por alguém com o passe mais preciso. A Catolica passou a explorar ainda mais o lado direito de defesa do Flamengo no 2º tempo. Rondava perigosamente a área, mas errava no momento do último passe. Fuenzalida chegou a acertar a trave aos 17′. A posse de bola chilena passou a ser bem superior.
Os espaços, em contrapartida, aumentaram para o Flamengo contra-atacar. Bruno Henrique, em ótima atuação, fez grande jogada e Gabigol bateu na rede pelo lado de fora. Na sequência, Everton Ribeiro, em noite apagada, se precipitou ao servir o centroavante em jogada simples. Paulo Sousa sacou Arrascaeta, Bruno Henrique e Everton Ribeiro na sequência. Diego, Marinho e Lázaro foram a campo.
O time da casa seguiu pressionando. mas sem precisão. Reclamou bastante com o árbitro José Argote. Pediu pênalti em lance com o ótimo Orellana quando o jogo ainda estava 2×1, e falta no zagueiro Galani na origem do gol marcado por Lázaro, aos 38 minutos. Marinho e Pedro participaram da construção do gol que deu tranquilidade aos rubro-negros. Buonanotte ainda descontaria nos acréscimos, dando números mais reais ao placar da partida.
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