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Após perder título, Paulo Sousa pede página virada no Flamengo para a Libertadores: “Queremos mais uma final”


O técnico Paulo Sousa reconheceu: o Fluminense foi campeão com méritos em cima do

Flamengo

. Depois de perder o Campeonato Carioca, o treinador elogiou o rival e pediu página virada na Gávea para a disputa da Libertadores.

– Teremos uma nova competição e queremos chegar a mais uma final. E de uma forma diferente das outras duas. Nessa final, merecemos mais do que conseguimos. Na Supercopa, estivemos superiores ao adversário, mas não conseguimos.

– Contra o Fluminense, no primeiro jogo, fomos superiores, com volume e qualidade. Hoje, não. Nosso adversário nos criou dificuldades e esteve muito bem. Temos oportunidade de virar a página já na terça-feira. Vamos buscar a vitória. A equipe está trabalhando bem e não merecia esse resultado, mas o futebol é assim. Temos uma direção, temos convicções, e vamos trabalhar.

Paulo Sousa, técnico do Flamengo — Foto: André Durão
1 de 2 Paulo Sousa, técnico do Flamengo — Foto: André Durão

Paulo Sousa, técnico do Flamengo — Foto: André Durão






Flamengo



me contratou sabendo da minha metodologia”

– É uma equipe campeã em 2019, que já tem alguns anos. O Marcos Braz e o Bruno Spindel me contrataram sabendo da minha metodologia, da minha liderança, acreditou em mim. O fato é que tenho as minhas convicções, as minhas ideias, o meu modo de trabalhar. Todos os resultados positivos fazem com que o processo seja mais rápido. Infelizmente, não foi assim nesses duas finais.

– Fomos superiores ao adversário, com exceção de hoje. Merecíamos pelo trabalho e pelo empenho. Mesmo que ganhássemos essa final, ainda há muita coisa a trabalhar. Infelizmente, nesse contexto, o tempo é sempre curto. Temos as competições pela frente para cimentar algo em que acreditamos.


Vê o grupo com dificuldades para assimilar seus conceitos?

– Tenho me adaptado a essas informações no Brasil. Por mais contatos que tenham, com relações diretas a A, B ou C, não é algo que não tem que me tirar do caminho. Tenho as minhas convicções, a minha metodologia e minha liderança. E isso leva tempo até alinharmos todos a um mesmo caminho. Estou fortemente convencido de que a qualidade de todo o grupo vai fazer com que nós estejamos no nosso melhor nas próximas competições que temos.


Paulo Sousa diz que time não pode ser vitorioso em um só ano, como aconteceu em 2019

– Estamos habituados a uma pré-temporada muito diferente, porque aqui temos um nível competitivo. Não vejo Campeonato Carioca como pré-temporada, mas nos ajuda a desenvolver dinâmicas. Começamos processos, a começar pela liderança, porque sou uma liderança diferente. Relações, conhecimentos… Tudo isso leva tempo, mas se requer pressa. Sobretudo quando falamos de uma equipe campeã no passado.

– Em um universo de 20 anos do

Flamengo

, não existe continuidade de vitórias. Por isso, os processos são importantes para consolidar um caminho. Não só um ano vitorioso, mas vários. Me contrataram porque acham que sou a pessoa certa para o trabalho. Mas temos um caminho grande pela frente.


Pretende mudar o modelo de jogo com uma primeira linha de quatro?

– Hoje já numa última parte do jogo acabamos por ter essa ideia de podemos ter mais um elemento como o Everton para podermos ser mais criativos e dominadores no nosso jogo com bola. Analisando mesmo profundamente penso que fomos bem dominantes na maioria dos jogos, criamos oportunidades suficientes para sairmos vitoriosos.

– Temos que criar mais porque assim os números nos dizem. Para fazermos os gols, temos que criar mais. Aquilo que eu e minha comissão podemos influenciar fortemente é nas dinâmicas, na compreensão do jogo, do tempo, do espaço, da ocupação e do entendimento das triangulações de forma que eles possam tomar melhores decisões.

– Depois o último passe e o cruzamento com precisão são coisas mais individuais e mais técnicos. Procuramos sempre refinar e trabalhar. Já tenho dito em várias coletivas que temos uma parte importante do treino dedicada ao último terço e a essas mesmas decisões para podermos ser mais predominantes com vitórias e gols.


Necessidade de consolidar o atual sistema para depois ter variações

– Primeiro temos que consolidar processos. Normalmente minhas equipes não têm só um sistema, mas primeiro temos que consolidar.


“Modelo de jogo está claro”

– Fundamentalmente o modelo de jogo está claro. Seja com o sistema e com os jogadores, ele está claro. Sempre vos falei e sempre defini com os jogadores. Uma equipe sem bola tem que pressionar constantemente. Para ela fazer pressão, toda a equipe tem que estar presente. Não podemos distinguir os vários momentos do jogo. Sejam a nossa organização ofensiva e defensiva, as duas transições e bolas paradas. Está bem claro o nosso modelo, sabemos o que queremos, trabalhamos para sermos cada vez mais consistentes.

– Por vezes temos jogadores em melhor forma ou com melhores decisões do que outros. E temos a complexidade dos adversários. E hoje ficou patente que nosso adversário nos criou complexidade grande. Fomos alterando, tomando decisões durante o jogo.

– Tínhamos as nossas convicções. Sobretudo João e Andreas têm grande dinâmica com e sem bola. Nem sempre isso aconteceu, mas repito: quando estamos na transição defensiva e numa fase de organização defensiva, se não tivermos um bloco com todos a correr e a defender com a máxima intensidade, qualquer equipe sofre.

– E hoje sofremos com o Fluminense, que teve capacidade de segurar e ditar alguns momentos do jogo com triangulação e aproximação dos jogadores. Alternar com verticalidade, nos criou dificuldades no jogo aéreo. Esta que é a realidade.


Modelo de jogo “com certeza” será mantido

– Temos que continuar a trabalhar de forma que todos os momentos do jogo sejam mais convincentes. Comprometimento da parte de todos para termos os resultados que queremos. Com certeza mantendo esse mesmo modelo de jogo, esses princípios gerais importante que estive a falar em termos de agressividade sem bola, pressão constante, qualidade no controle, seja em largura e profundidade.

– Velocidade em triangulações, velocidade em profundidade, criar oportunidades de gols, atacar as zonas de campo. São coisas novas que precisam ser mais consolidados. Isso faz parte do processo até podemos adquiri-lo mais fortemente para que depois seja um padrão que vocês reconhecem cada vez mais. Depois passamos a outro sistema com certeza.


Qual conceito tático tem sido mais difícil para o elenco assimilar?

– Como falei, a liderança vai se fazendo, vai se ditando. Sou uma pessoa para o bem, seja como treinador ou como pessoa. Procuro liderar com o máximo de respeito pelos outros e por mim mesmo, pelo meu trabalho. Procuro ser o mais educado possível com todas as pessoas, não só com os jogadores. Com vocês, com todos, porque é o meu processo na vida.

– E procuro utilizar o futebol também para poder educar, olhando para mim mesmo podendo me autoeducar. E isso tem a ver com meu trabalho interior de forma a poder direcionar uma forma consistente e natural com vitória e derrota da mesma forma.


Desentendimento com Gabigol. Existe algum conflito mais agudo?

– E aquilo que aconteceu com o Gabi é natural, é calor do jogo, um rapaz que tem sempre ambição de ganhar. É muito difícil de comunicar com o nosso público porque ele empurra e está presente. Como eu disse, ele tem que entender porque inicialmente o fez com muito mais consistência. Durante alguns minutos o posicionamento dele não era o mais correto. E o fiz lembrar exatamente isso.


Em algum momento você e os jogadores chegaram a conversar sobre mudar o sistema?

– Temos fortes convicções, primeiro temos que consolidar e alinhar cada vez mais para depois passarmos a um outro sistema de jogo, mas com conceitos dentro do modelo de jogo iguais.


Existiu algum conflito entre Diego Alves, você e a comissão?

– Muito curta a última parte da pergunta. Não houve conflito nenhum. Se um dia existir com Diego ou outro qualquer jogador, tem o processo disciplinar. Não vai estar conosco porque assim não merece. Procuro ser o mais coerente com minhas decisões de forma educada com todos.


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– O campeonato foi positivo, começando pelo Fabio, que deu oportunidades a jogadores sub-20 em um nível mais elevado. Foi superpositivo. Depois, fomos estabelecendo dinâmicas jogo após jogo. Nossos conceitos, nossos modelos… Queremos ser cada vez mais consistentes. O resultado dá mais convicções. Tirando esse último jogo, fomos bem, criamos oportunidades para concretizar. Hoje, nosso adversário foi superior, foi melhor. No geral, fomos uma equipe positiva e queremos crescer nessa direção.


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