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Ao TJD-RJ, Gabigol confirma ter ouvido grito de ‘macaco’ em clássico entre Flamengo e Fluminense


O atacante Gabigol compareceu de forma remota ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) e confirmou ter ouvido o grito de “macaco” vindo da torcida do Fluminense no clássico diante do Flamengo, no último dia 6. Porém, afirmou que não conseguiu identificar o torcedor na arquibancada. A declaração entrará no inquérito que investiga as ofensas de cunho racistas contra o jogador.


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O atleta não compareceu presencialmente porque está concentrado em Cuiabá para enfrentar o Atlético-MG, no próximo domingo, pela Supercopa do Brasil. O Fluminense foi representado pelos seus advogados. A convocação a Gabigol foi feita pelo relator do caso, Rafael Lira, após o Flamengo enviar material de vídeo e um laudo pericial que comprovava que o atleta foi chamado de “macaco”.

Mais cedo, Gabigol usou as suas redes sociais e publicou uma imagem de cunho antirracista.

No inquérito, O departamento jurídico do Flamengo anexou laudo do perito Ricardo Molina e um vídeo ao inquérito aberto no Tribunal de Justiça Desportiva para comprovar que o atacante Gabigol foi alvo de ofensa racista no clássico Fla-Flu no Nilton Santos. O clube juntou o material na petição requerida pelo Fluminense,

que prometeu ajudar na investigação e identificação do torcedor

.

De acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, a pena para a ofensa racista comprovada é, no caso de um torcedor, de 120 a 360 dias de suspensão em jogos, além de multa de R$ 100 a R$ 100 mil. No caso de atleta ou membro de comissão técnica, suspensão de cinco a dez partidas mais a multa.


Relembre o caso

O atacante Gabigol, do Flamengo, teria sido vítima de insultos racistas de ao menos um torcedor enquanto se dirigia ao vestiário do Estádio Nilton Santos durante clássico diante do Fluminense, neste domingo. Em um vídeo publicado nas redes sociais, gritos dão a entender a palavra “macaco” direcionados ao jogador. Em nota, o Fluminense classificou qualquer atitude de racismo como “intolerável” e diz que irá ajudar na apuração do caso. Por outro lado, torcedores tricolores reclamam cantos homofóbicos por parte dos rubro-negros no clássico.

“O Fluminense informa que está apurando o episódio em que um torcedor supostamente teria dirigido palavras racistas ao atacante Gabriel Barbosa, ao final da partida deste domingo. O próprio autor da divulgação do vídeo diz que teve a impressão, sem certeza, de ter ouvido as supostas ofensas e, neste sentido, o Fluminense informa que está buscando as imagens do estádio a fim de auxiliar na apuração da existência ou não do fato e na identificação de eventual autoria. O clube reitera que considera intolerável qualquer tipo de preconceito e se orgulha de manter como lema o “Time de Todos”, de respeito ao próximo, independentemente de raça, gênero, credo ou orientação sexual”, escreveu o clube.

O Flamengo se manifestou por meio das suas redes sociais em solidariedade ao atleta. O clube classificou o episódio como “lamentável”. Na saída para o vestiário, o jogador foi provocado pela torcida tricolor e respondeu com gestos para que falassem mais alto.

“O Clube de Regatas do Flamengo repudia veementemente o episódio lamentável ocorrido na partida deste domingo com o atleta Gabigol, que foi vítima de racismo. O clube presta total solidariedade ao nosso atacante. Estaremos sempre ao seu lado, Gabi. Racismo é crime”, disse o Flamengo em post no Twitter.

O atacante compartilhou a publicação do clube em seguida e afirmou que é “inadmissível que passemos por isso”.

“Até quando? Até quando isso vai acontecer sem punição? Jamais vou me calar, é inadmissível que passemos por isso!! Orgulho da minha raça, orgulho da minha cor!!”, escreveu.

Cantos homofóbicos

O clássico também foi marcado por cantos homofóbicos por parte da torcida do Flamengo contra a do Fluminense. Durante a partida, foi possível ouvir o canto de “time de vead*” e outras canções. Até o momento, o rubro-negro não se pronunciou.

Em novembro de 2021, a Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, de forma unânime, punir o Flamengo em R$ 50 mil por cantos homofóbicos da torcida no jogo contra o Grêmio, na volta das quartas de final da Copa do Brasil.

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