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Andreas em #TBT: lapidado pelo PSV e aposta da Bélgica, destaque do Flamengo era comparado a Zidane


Belga com origens brasileiras, formado nas categorias de base de um clube holandês e com escalas na Inglaterra, Espanha e Itália em sua trajetória no futebol.

Andreas Pereira é o novo queridinho da torcida do Flamengo. Encanta pela técnica, pela adaptação imediata e pelo fim do jejum em gols de falta. E, em dia de #TBT, o ge volta ao passado para mostrar que já acompanhava o jovem há uma década, em reportagem que mostrava a rotina daquele filho de paranaenses que era a sensação no Sub-15 do PSV Eindhoven.

Mantivemos o texto original, com leves adaptações necessárias pelo tempo, para que o leitor saiba um pouco mais da origem do garoto que está nas graças da torcida principalmente por sua capacidade técnica. Confira abaixo a íntegra e fotos raras de um Andreas bem novinho:

Texto publicado em 3 de maio de 2011

Que o Brasil é um celeiro de craques, todo mundo já sabe. Mas nem sempre esse celeiro é em solo verde e amarelo. Filho de brasileiros, mas natural da Bélgica, Andreas Pereira já foi um dos destaques das divisões de base do PSV Eindhoven, clube no qual dois dos maiores ídolos brilharam na seleção canarinho: Romário e Ronaldo.

Andreas Pereira era destaque e capitão no Sub-15 do PSV — Foto: Arquivo pessoal
1 de 5 Andreas Pereira era destaque e capitão no Sub-15 do PSV — Foto: Arquivo pessoal

Andreas Pereira era destaque e capitão no Sub-15 do PSV — Foto: Arquivo pessoal

Andreas, no entanto, caminhava para uma direção diferente das duas lendas. Capitão do sub-15 da equipe holandesa, o menino defendia a Bélgica em competições internacionais da categoria no início da década passada. A dúvida pairou pela cabeça do jovem, que anos depois decidiu: buscaria por um lugar na seleção brasileira.

Ex-jogador de futebol e funcionário do Genk-BEL, Marcos Pereira, pai do garoto, que atua iniciou a carreira como meia-atacante e se tornou segundo volante, explicava a opção na época em que Andreas era mais um da “promissora geração belga”.

Andreas em ação com a camisa 16 da Bélgica — Foto: Arquivo Pessoal
2 de 5 Andreas em ação com a camisa 16 da Bélgica — Foto: Arquivo Pessoal

Andreas em ação com a camisa 16 da Bélgica — Foto: Arquivo Pessoal

– Não foi escolha, se pudesse escolher, lógico que seria a Seleção brasileira. A distância também atrapalha um pouco e por aqui ele é bastante conhecido e jogar pela seleção belga pode deixar ele ainda mais conhecido, e talvez destacar interesse do treinador do Brasil no futuro. (Andréas) tem orgulho de ser brasileiro. Apesar de morarmos aqui há muito tempo, nós somos brasileiríssimos e adoramos nosso país. O Andreas também, principalmente por causa do futebol – disse Marcos na entrevista em 2011.

Andreas, que nasceu em 1º de janeiro de 1996, foi levado ao PSV depois de encantar olheiros com nove anos de idade quando defendia o modesto KVSK United, clube da pequena cidade belga de Lommel, de 30 mil habitantes, onde residia com os pais. Mas como ele morava em um país e joga em outro?

Consegue reconhecer Andreas em foto do Sub-15 da Bélgica em 2011? — Foto: Arquivo Pessoal
3 de 5 Consegue reconhecer Andreas em foto do Sub-15 da Bélgica em 2011? — Foto: Arquivo Pessoal

Consegue reconhecer Andreas em foto do Sub-15 da Bélgica em 2011? — Foto: Arquivo Pessoal

– Lommel fica próxima da fronteira da Bélgica com a Holanda, a apenas 35 quilômetros de Eindhoven. O Andreas também estudava na Holanda, escola que tem convênio com o PSV e facilita os horários para os treinos. Mas o dia era bem corrido – salientou Marcos, explicando que um ônibus do PSV pegava o filho às 7h e o levava de volta às 18h30.

Apesar da maratona, Andreas, que fala quatro idiomas (holandês, inglês, português e francês), não reclamava nem um pouco.

– É muito importante ter um diploma caso venha a precisar. O futebol não é para sempre – disse o garoto, apontou na época seus grandes ídolos no futebol.

– Kaká e o Ronaldo Fenômeno são os melhores que já vi jogar, com grandes técnica e velocidade. Tem também o Sneijder. Ele chuta bem demais com a direita e a esquerda. É impressionante. Ele é um fantástico número 10 – observou Andreas, que era capitão do PSV e batedor oficial de pênaltis do time.

O pai, no entanto, não acredita que o futebol do filho lembre o dos ídolos citados.

– Todos dizem que ele tem estilo de jogo parecido com o Kaká, mas eu acho que o estilo de jogar do Andreas é parecido com o do Zidane. Mas eu sou pai, é difícil dar opinião…

Se prefere se abster na hora de adjetivar a cria, Marcos sempre esteve atento à carreira do filho e evita jogar pressão sobre os ombros de Andréas.

Andreas em ação pelo Sub-15 do PSV Eidhoven — Foto: Arquivo pessoal
4 de 5 Andreas em ação pelo Sub-15 do PSV Eidhoven — Foto: Arquivo pessoal

Andreas em ação pelo Sub-15 do PSV Eidhoven — Foto: Arquivo pessoal

– Ele tem todos as qualidades para ser um grande jogador. Mas, infelizmente, hoje em dia só qualidade não é suficiente para se tornar um grande jogador. Existem vários fatores que vão influenciar no desenvolvimento profissional. Além disso, ele também ainda é muito jovem – salientou o pai coruja, paranaense de Ivaiporã.

Dez anos depois, o sonho de pai e filho se realizou. Se o vermelho e preto da Bélgica deu espaço ao desejo de vestir verde e amarelo pelo Brasil, seguiu como cores que emolduram a passagem de sucesso pelo Flamengo.

Desde a base do PSV, Andreas se destacava em cobranças de falta — Foto: Arquivo pessoal
5 de 5 Desde a base do PSV, Andreas se destacava em cobranças de falta — Foto: Arquivo pessoal

Desde a base do PSV, Andreas se destacava em cobranças de falta — Foto: Arquivo pessoal

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