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Análise Tática Flamengo 2 x 2 Athletico: Segundo tempo pavoroso


(Foto: Reprodução/Alexandre Vidal/Flamengo)

O Flamengo empatou com o Athletico por 2 a 2, nesta terça-feira (02/11), na Arena da Baixada, pela partida atrasada da 4ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido começou bem o confronto e abriu 2 a 0 na primeira etapa. Entretanto, a equipe teve uma queda enorme de rendimento no segundo tempo. O rubro-negro carioca recuou, sofreu pressão, não conseguiu sair jogando e nem manter a posse, sendo punido com o empate nos minutos finais, o que deixou as chances do tricampeonato nacional muito baixas.

A equipe entrou em campo bem desfalcada, sem sete jogadores importantes, cinco deles titulares. David Luiz, Rodrigo Caio, Filipe Luís, Arrascaeta, Diego e Pedro, lesionados, e Bruno Henrique, suspenso, não atuaram. Assim, Renato Gaúcho optou por colocar uma espécie de 4-2-3-1, que variava para o 4-4-2. O time titular foi bem parecido com o que atuou contra o Atlético-MG. Na zaga, Gustavo Henrique e Léo Pereira começaram, com o jovem Ramon na lateral-esquerda. Andreas Pereira jogou novamente de 2º volante, ao lado de Willian Arão. Na frente deles, Michael atuou aberto na esquerda, Everton Ribeiro na direita e Vitinho ganhou a vaga de BH, tendo Gabigol de centroavante.

A variação de formação dependia da movimentação de Vitinho. O camisa 11 as vezes centralizava, como um meia-armador, no 4-2-3-1. Em outros momentos, ele avançava para formar dupla de ataque ao lado de Gabigol. Em ambas, o jogador tinha a tendência de cair pela esquerda, enquanto o camisa 9 abria para a direita. No meio, Andreas Pereira era o responsável por fazer a transição da defesa para o ataque, acionando Michael e dando dinâmica ao time. Na direita, Everton Ribeiro centralizava e Isla avançava pelo corredor. A maioria das jogadas, entretanto, eram na esquerda.

A partida começou com o Athletico pressionando. A partir dos 10, o Flamengo conseguiu controlar o jogo. Então, aos 16, Andreas Pereira abriu para Ramon, que tocou em Michael aberto. O ponta driblou a marcação e o lateral foi ao fundo, puxando a marcação. O atacante, então, tocou no meio, na direção de Vitinho, que estava na entrada da área. O camisa 11 deu um corta-luz em busca de Gabigol, a bola bateu na perna do zagueiro adversário e sobrou para o próprio Vitinho, de frente para o gol, que chutou e Santos defendeu. No rebote, Gabi chutou de primeira, de direita, abrindo o placar para o Mais Querido.

O rubro-negro carioca melhorou após o gol. Além de ter a bola, a equipe marcava a saída do Athletico, sem deixar o Furacão sair jogando. O Flamengo ficou próximo de marcar com Andreas de falta e, então, aos 29, conseguiu ampliar. O Furacão estava com a bola pela direita, próximo do meio de campo. O Mais Querido pressionou, obrigando o time paranaense a recuar no Santos. Michael marcou o jogador e Gabigol tirou a principal opção de passe. Então, o goleiro tentou uma bola longa, que Isla antecipou, já acionando o camisa 9 na área, que tocou de primeira, de cobertura, fazendo um verdadeiro golaço.

Depois do gol, o jogo esquentou. Pilhado, o Athletico passou a entrar duro e Kayzer chegou a ser expulso, por agredir Léo Pereira sem bola. O lance provavelmente teria definido a partida, já que o Flamengo ficaria com um jogador a mais e vencendo por 2 a 0. Entretanto, o VAR chamou equivocadamente o árbitro, que revisou a jogada e trocou a cor do cartão para amarelo. Ainda assim, o confronto foi para o intervalo com o Mais Querido tendo feito um primeiro tempo bem superior ao adversário e a vitória parecia bem encaminhada.

Mas, a segunda etapa foi pavorosa. A equipe voltou totalmente recuada, enquanto o Athletico jogou em cima, marcando pressão. Com Arão em um dia bem ruim, o Flamengo não tinha saída de bola, limitando-se a chutões para frente, em busca de uma bola longa e contra-ataque, o que não aconteceu. Então, o Mais Querido não conseguia sair jogando e nem manter a posse na frente, enquanto o adversário ficou no campo de ataque, buscando o empate, finalizando de longe e, principalmente, cruzando constantemente na área. Ainda assim, o Furacão não conseguia criar chance clara.

Então, aos 16, Vitinho, que fez ótimo primeiro tempo e era uma esperança no contra-ataque, sentiu a perna e foi substituído por Thiago Maia. Dessa forma, Andreas Pereira passou a atuar centralizado, mais adiantado, com Maia de segundo volante e o Flamengo de 4-2-3-1. Dois minutos depois, o Athletico descontou. Thiago Heleno lançou Abner na esquerda, que levou a melhor contra Isla, foi ao fundo e cruzou rasteiro para Nikão, livre na área. O ponta bateu de primeira, Diego Alves espalmou e Kayzer, que deveria ter sido expulso, aproveitou o rebote e marcou.

Na saída de bola, Arão errou o passe, a bola chegou no lado esquerdo e, após cruzamento na área, Terans cabeceou e empatou. Por sorte do Flamengo, o jogador estava impedido e o gol foi anulado. A partir dos 22, o Athletico perdeu um pouco o gás e não conseguia mais pressionar tanto ou criar grandes chances, enquanto o Mais Querido começou a ter um pouco a bola, só que também sem construir oportunidades. Aos 37, Renato Gaúcho fez duas mudanças, tirando Andreas Pereira e Isla, que não estavam bem, e colocando Matheuzinho na lateral e Rodinei na ponta direita, centralizando Everton Ribeiro.

O rubro-negro não melhorou. O Athletico, por sua vez, voltou a ter uma grande chance aos 42, quase que por acaso. Era o Flamengo quem tinha a bola na área ofensiva, segurando e gastando tempo. Entretanto, Arão errou o passe e Abner ficou com ela na esquerda. Michael quase recuperou a posse próximo do gol, mas o lateral driblou o atacante e deu um lindo lançamento. O time carioca estava com as linhas altas, com os zagueiros quase no círculo central. Kayzer ganhou de Gustavo Henrique na velocidade e Diego Alves saiu da área para tentar antecipar, mas o centroavante foi mais rápido e deu um toque de cobertura, que tirou tinta da trave.

Depois desse lance, o Athletico passou a pressionar, com o Flamengo cada vez mais recuado e sem conseguir segurar a posse na frente. Aos 47, Terans fez bela jogada individual pela esquerda, driblou Thiago Maia e entrou de frente para o gol, parando em Diego Alves. No minuto seguinte, Renato Gaúcho tirou Michael e Everton Ribeiro, que teve péssima atuação, para colocar Bruno Viana e João Gomes. Assim, o time ficou com três zagueiros, três laterais de ofício e três volantes, posicionados em um 5-4-1, com Gabigol isolado.

Mesmo com tantos jogadores de defesa, aos 49 Bissoli recebeu livre na entrada da área pela direita e deu belo chute, no ângulo, parando em defesa incrível de Diego Alves. Dez segundos depois, o Athletico bateu rapidamente o escanteio e o goleiro, que tinha tudo para ser o herói do jogo, acabou saindo errado e a bola sobrou para o próprio Bissoli, que marcou o gol do empate. O Flamengo ainda teve uma chance em escanteio no último minuto, que Gustavo Henrique cabeceou no travessão e a partida terminou 2 a 2.

O jogo, então, foi bem decepcionante, devido ao segundo tempo pavoroso do Flamengo. O rubro-negro costumava amassar os adversários, buscando sempre mais gols, mas o que se viu no segundo tempo foi uma equipe toda recuada, que não conseguia sair jogando e nem acertar os contra-ataques. Diego Alves passou a só bater tiro de meta com chutão para frente, que não dava em nada. Time não conseguiu segurar a posse e o empate foi justo pelo que o rubro-negro desempenhou na segunda etapa. É preciso melhorar bastante o desempenho nas próximas partidas, principalmente visando a grande final da Libertadores.

Link do Artigo do DiariodoFla.com.br

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