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Análise Tática Flamengo 2 x 1 Fluminense: Virada, retranca e vitória


(Foto: Reprodução/Marcelo Cortes/Flamengo)

O Flamengo venceu o Fluminense neste sábado (29/05), no Maracanã, pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Mais Querido teve uma atuação diferente. Após conseguir a virada, o time se fechou inteiro no segundo tempo. A retranca teve efeito e o rubro-negro conseguiu a importante vitória. O jogo também foi o da redenção, pois teve grandes atuações do goleiro Hugo Souza e do volante Andreas Pereira.

Para a partida, o Mais Querido não tinha à disposição Santos, Diego Alves, Fabrício Bruno, Gustavo Henrique e Matheus França. Vitinho e Filipe Luís, por sua vez, voltaram a ser relacionados. O técnico Paulo Sousa fez uma mudança na formação, em relação ao que fez nos jogos anteriores. Tirou Pedro para colocar Andreas Pereira, saindo, assim, do 4-1-3-2, para o 4-2-3-1, que variava para o 4-1-4-1.

Com Hugo Souza no gol, a primeira linha foi formada com os zagueiros Rodrigo Caio, pela direita, e David Luiz, na esquerda, além dos jovens laterais Matheuzinho e Ayrton Lucas, ambos sempre com liberdade para avançarem pelos corredores. Willian Arão ficou como primeiro volante, tendo Andreas de segundo. Já Everton Ribeiro ficou na meia-direita, Arrascaeta centralizado e Bruno Henrique na esquerda, com Gabigol de referência.

A formação variava, devido aos avanços de Andreas Pereira. O jogador se movimentou pelo campo todo e aparecia constantemente no setor ofensivo, na mesma linha dos meias, normalmente caindo mais pela direita. Everton Ribeiro e Bruno Henrique caíam muito por dentro, deixando espaços para os laterais avançarem, enquanto Gabigol se mexia constantemente na frente.

O Mais Querido começou a partida tentando marcação pressão a saída de bola do Fluminense. Entretanto, as linhas estavam bem espaçadas. Ou seja, Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaseta, Everton Ribeiro e Andreas tentavam pressionar, só que os outros jogadores estavam mais recuados, com um buraco no meio, principalmente na esquerda. O tricolor conseguia sair triangulando e, então, encontravam espaço para atacar.

Foi assim que saiu o primeiro gol do adversário. Em mais uma saída de bola pela direita, o Fluminense conseguiu achar espaço para avançar e virou o jogo para a esquerda. O time fez o cruzamento na área na direção de Yago Felipe, mas Arão cortou para escanteio. Na batida, desvio na primeira trave e gol de Cano, com liberdade, na segunda, mal marcado por Ayrton Lucas.

Depois, o Flamengo passou a ter mais a bola, buscando o empate. O time rodava, mas encontrava pouco espaço pelo Fluminense. As principais jogadas eram buscando velocidade pelo lado e o cruzamento na área. Em uma delas, Arão lançou da defesa para infiltração de Matheuzinho pelo corredor. O lateral dominou, passou para Arrascaeta no meio, que abriu no ER. Ele cruzou de volta ao uruguaio, que cabeceou para fora.

Aos 32, após erro de passe do Fluminense na saída, a bola ficou com Bruno Henrique, que cruzou para Everton Ribeiro na segunda trave, livre, bater para fora. Mas, nem deu tempo de lamentar. No minuto seguinte, o gol. Gabigol, bem recuado, tocou para ER aberto na direita. Matheuzinho infiltrou pela direita da área e recebeu belo passe. Ele cruzou rasteiro para trás, na direção de Gabi, que estava na entrada para finalizar.

Entretanto, Arrascaeta no meio do caminho acabou desviando a bola, que saiu da direção de Gabigol. Tinha tudo para prejudicar o lance, mas acabou que ela ficou à feição de Andreas Pereira. O jogador vinha da intermediária e bateu da meia-lua, com força, no cantinho rasteiro, sem chances para o goleiro, empatando o jogo.

Logo depois, a chance da virada, novamente em bola de velocidade pelo lado. David Luiz deu belo lançamento para Bruno Henrique na esquerda. O atacante conseguiu chegar antes de Fábio, passou pelo goleiro e tocou para Arrascaeta, na pequena área, com liberdade. Mas, o uruguaio desperdiçou a chance incrível. Já Cano também teve grande oportunidade, após receber com liberdade na área, mas parou em bela defesa de Hugo.

Segundo tempo

Paulo Sousa voltou com o mesmo time para a segunda etapa. O time estava com a mesma postura de tentar marcar em cima o Fluminense. Então, aos 11, Manoel tentou o chutão para frente na direção de Cano, mas Rodrigo Caio tirou com tranquilidade de cabeça, já dando a bola para Willian Arão no meio. O volante tocou para Andreas pereira receber com liberdade no círculo central.

Andreas, então, acelerou a jogada. O belga-brasileiro avançou, tocou rasteiro para Gabigol na intermediária pela direita e infiltrou com velocidade, fazendo o facão. Gabi devolveu para o volante, que botou para a frente, entrando pela direita da área e puxando a marcação. O camisa 9, por sua vez, fez o movimento inverso, infiltrando pelo meio. Em seguida, recebeu de volta em belo passe e finalizou na saída de Fábio, virando o jogo.

Entretanto, após o gol, o jogo mudou. O Flamengo ficou todo recuado, apenas se defendendo, enquanto o Fluminense rodava bola no ataque, tentando encontrar espaços. O Mais Querido não ficava com a bola e, assim, a formação era uma espécie de 4-4-2, com Everton Ribeiro fechado a segunda linha pela direita, Bruno Henrique pela esquerda e, na frente, Gabigol e Arrascaeta.

A formação, porém, tinha problemas. Arrascaeta não estava conseguindo correr tanto na frente, enquanto Everton Ribeiro era um problema. Isso porque, o jogador é técnico, mas não tem tanta velocidade. Dessa forma, quando o Flamengo recuperava a bola, ele não conseguia acelerar para auxiliar no contra-ataque. Já quando ia para frente, deixava espaço na defesa e o rubro-negro sofria muito pelo setor direito.

Fernando Diniz percebeu esse problema e botou o ponta de velocidade Caio Paulista para jogar pelo setor aos 19. Dois minutos depois, ele já tinha criado com perigo por lá. Já Paulo Sousa fez a primeira mudança aos 22, tirando Arrascaeta para colocar Pedro. Assim como Arrasca, o centroavante não tem tanta velocidade. Mas, o objetivo da entrada dele era ter alguém para prender bola no campo ofensivo.

Mas, o Flamengo continuava sem conseguir reter a posse e sofrendo muito na defesa, principalmente pelo lado direito. Então, aos 33, Paulo Sousa corrigiu esse problema. O técnico tirou Matheuzinho, Everton Ribeiro e Bruno Henrique, para botar Isla, Vitinho e Pablo. Assim, sem a bola, o Mais Querido atuava em uma espécie de 5-4-1 e sem ela voltaria ao esquema de 3-4-2-1.

Na marcação, o time ficou na primeira linha com os dois laterais fechando os corredores, enquanto Pablo ficou de zagueiro pela direita – tirando o espaço de Caio Paulista – David Luiz central e Rodrigo Caio na esquerda. Depois, os zagueiros mudaram, com RC na direita e Pablo na esquerda. Já a segunda linha tinha Vitinho auxiliando pela esquerda, Andreas e Arão de volantes, com Gabigol fechando na direita, enquanto Pedro ficava na frente.

Já com a bola, a ideia seria os três zagueiros na primeira linha, tendo na segunda Isla e Ayrton Lucas como alas, com Arão e Andreas de volantes. Já no setor ofensivo, Pedro de referência, com Gabigol e Vitinho por trás dele, sendo o camisa 9 pela direita e o 11 na esquerda, ambos com a tendência de centralizar para dar espaço nos corredores aos alas de velocidade.

Porém, a equipe quase não ficava com a bola. Dessa forma, Gabigol, por mais que tentasse auxiliar, não tinha o mesmo poder de marcação na recomposição da segunda linha pela direita. Assim, aos 39, Paulo Sousa fez a última mudança. Tirou Gabi para colocar Lázaro, justamente para ter um jovem de velocidade, com gás novo, pelo setor, podendo auxiliar mais na defesa e com mais chances de iniciar um contra-ataque.

A equipe, ainda assim, não assustou mais na frente. Já na defesa, conseguiu se fechar bem. O Fluminense assustava apenas em chutes de longa distância e nas bolas paradas. Entretanto, Hugo Souza estava em uma noite mágica e conseguiu garantir a importante vitória do Flamengo. Mesmo sem uma grande atuação do time, principalmente no segundo tempo, devido à retranca montada por Paulo Sousa, conseguiram segurar os 3 pontos.

Link do Artigo do DiariodoFla.com.br

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