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Análise Tática Flamengo 1 X 2 Fortaleza: Atuação catastrófica individual e coletivamente


(Foto: Reprodução/Paula Reis/Flamengo)

O Flamengo perdeu para o Fortaleza por 2 a 1 neste domingo (05/06), pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo com mais de 60 mil rubro-negros no estádio apoiando o time no Maracanã, o Mais Querido teve uma péssima atuação. Individualmente, vários jogadores estiveram em um dia terrível. Coletivamente, o time foi de novo um deserto de ideias, com problemas graves defensivos.

Para a partida, o Flamengo teve seis desfalques, sendo três titulares: Santos, Arrascaeta e Gabigol, além de Rodinei, Fabrício Bruno, Matheus França. Para o gol, Hugo Souza permaneceu no time principal. Pedro assumiu, naturalmente, a vaga de Gabi. Já para o lugar do uruguaio, Paulo Sousa optou por adiantar Andreas Pereira, que vinha de uma grande atuação como segundo volante.

Dessa forma, o Flamengo entrou em campo em uma espécie de 4-2-3-1, com Rodrigo Caio na zaga pela direita e Pablo na esquerda, tendo os jovens Matheuzinho e Ayrton Lucas nas laterais. A dupla de volantes foi formada por Willian Arão e João Gomes. Já na frente deles, Everton Ribeiro ficou na meia-direita, com Andreas Pereira de armador, centralizado e se movimentando, com Bruno Henrique aberto na esquerda e Pedro de referência.

A ideia era ter Andreas se movimentando bastante, fazendo a função que Arrascaeta costuma. Já Everton Ribeiro cairia bastante por dentro para auxiliar na armação, com Bruno Henrique no corredor e entrando na área. Ambos, então, abririam espaço nos corredores para os avanços dos laterais, já que os dois têm características de atacar em velocidade, indo para linha de fundo para o cruzamento.

Entretanto, o time não funcionou. A equipe ficou espaçada, com as linhas distantes, sem aproximações. No ataque, um deserto de ideias, com muitos cruzamentos e sem funcionamento do meio de campo. Andreas, fora de posição, não conseguiu participar tanto, enquanto João Gomes não estava tão bem na criação e Willian Arão teve uma atuação tenebrosa, totalmente desligado.

Já na defesa, time ficou exposto, principalmente pelos corredores. O Fortaleza explorava isso e sempre que recuperava a posse já jogava uma bola longa na direção dos atacantes de velocidade pelos buracos no sistema defensivo rubro-negro. Com o Flamengo falhando muito individualmente na defesa, o adversário teve várias oportunidades logo no começo do jogo, cara a cara com o goleiro, mas acabou errando.

Então, aos 27, finalmente o Fortaleza soube aproveitar os erros do Flamengo. Willian Arão errou mais um passe bobo no meio de campo – já tinha feito dois lances iguais anteriormente -, Jussa avançou e tocou em profundidade para Robson, na cara de Hugo. O atacante, que tinha desperdiçado um lance muito parecido antes, mas que teve erro de Pablo, dessa vez foi frio e encobriu o goleiro rubro-negro.

O Flamengo não conseguia criar nada e não marcava com intensidade. O Fortaleza chegou a fazer algumas trocas de passe com qualidade, deixando o rubro-negro na roda. O gol do Mais Querido foi quase um achado. No último lance do primeiro tempo, Everton Ribeiro se movimentou por dentro e recebeu passe na entrada da área. Com Bruno Henrique dentro esperando o cruzamento, o corredor ficou livre para Ayrton Lucas avançar. ER acionou o lateral, que cruzou rasteiro de volta para o camisa 7 marcar.

Segundo tempo

Após a primeira etapa pavorosa, o Flamengo voltou para o segundo tempo com três alterações. Paulo Sousa tirou Pablo e Willian Arão, que estavam tendo atuações pavorosas, além de João Gomes, para colocar David Luiz, Thiago Maia e Vitinho. O camisa 11 entrou para jogar por dentro, de meia-armador, caindo bastante pela esquerda, recuando Andreas para a função de segundo volante.

Logo aos 50 segundos, o Mais Querido teve a chance de virar. Everton Ribeiro cruzou da direita para Pedro na área, que, em um dos raros lances que tocou na bola, conseguiu fazer o domínio e foi derrubado. O árbitro consultou o VAR e marcou o pênalti. Entretanto, na cobrança, o centroavante jogou na trave. Mas, quem achava que seria o começo de um segundo tempo intenso do Flamengo, se enganou.

O rubro-negro simplesmente não conseguia criar jogadas. Andreas Pereira era o único que tentava. Atuando de segundo volante, mesma posição em que teve grande atuação contra o Fluminense, ele participou bastante, tentando dar ritmo ao jogo. Mas, ninguém estava bem e o único repertório coletivo do time de Paulo Sousa era cruzar bola na área, o que não deu certo. Raríssimas chances foram criadas.

Fortaleza, por sua vez, mesmo ficando mais recuado na segunda etapa, teve chances maiores que o Flamengo. O leão conseguia criar em contra-ataques e quase marcou algumas vezes. Em uma dessas jogadas, aos 25, Ayrton Lucas tirou em cima da linha. No minuto seguinte, o lateral, que apesar desse lance e da assistência não estava tão bem na partida, saiu para a entrada de Filipe Luís.

Com o experiente lateral-esquerdo, o Flamengo não tinha a mesma explosão física para ir no corredor, mas tentava criar com mais lucidez no ataque pela esquerda. Já aos 37, Lázaro entrou na vaga de Everton Ribeiro pela direita. Entretanto, o time não conseguia fazer lances de perigo e continuava apelando para o chuveirinho. Então, aos 46, veio o gol do Fortaleza.

A jogada começou justamente com um erro de Filipe Luís. Próximo da área ofensiva, o lateral tentou o passe para o meio, mas deu nos pés do jogador adversário. O Fortaleza, então, buscou a bola longa no Romero pela esquerda. Ainda assim, o rubro-negro conseguiu fazer boa recomposição e tinha vantagem numérica. Mas, o ponta do leão passou com facilidade pelo Matheuzinho, chutou e Hugo fez defesa. Mas, no rebote, a defesa rubro-negra dormiu, Hercules aproveitou e marcou.

A partida, então, terminou em 2 a 1 para o Fortaleza. Mas, pior do que o resultado foi a atuação do Flamengo. Individualmente, apenas Rodrigo Caio, como de costume, e Andreas Pereira se salvaram. Já coletivamente, o time de Paulo Sousa mostrou problemas graves defensivos, falta de compactação, de intensidade e um repertório incrivelmente limitado de jogadas ofensivas, ainda mais depois de 6 meses de trabalho.

Link do Artigo do DiariodoFla.com.br

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